Um famoso estudo do jornal Sunday questionou os britânicos sobre o medo de falar em público — que ficou à frente da morte, das doenças e dos problemas financeiros.
Um famoso estudo do jornal Sunday questionou os britânicos sobre o medo de falar em público — que ficou à frente da morte, das doenças e dos problemas financeiros. Com esse dado curioso, percebemos quão natural é ter dificuldades nessa área e porque precisamos de dicas de oratória, não é mesmo?
A boa notícia é que, ao longo dos anos, foram desenvolvidas inúmeras técnicas de oratória para falar em público. Há uma verdadeira caixa de ferramentas para a pessoa melhorar a preparação, controle emocional, gestos, clareza e outros atributos do discurso.
Neste conteúdo, contextualizamos o que é oratória e quais são os principais desafios de falar em público. Reunimos 11 dicas de oratória para você entender como se tornar um orador mais eficaz. Não deixe de conferir!
O dicionário de Cambridge define a oratória como “a capacidade de se expressar bem na fala e de compreender a linguagem falada”. Em um contexto profissional, somos testados nesse sentido de diversas formas, você já parou para pensar nisso?
Por vezes, nossa audiência são colegas de trabalho, líderes ou clientes em uma reunião. Nelas, precisamos apresentar dados e relatórios com clareza, propor soluções, defender medidas, delegar tarefas, entre outras atividades. Há outras tantas situações em que somos confrontados com uma plateia.
Isso acontece quando somos convidados a fazer um painel para investidores, palestramos dentro ou fora da empresa, ou, até mesmo, fazemos as honras na confraternização da equipe.
A verdade é que, no contexto empresarial, o peso da comunicação é bastante significativo, situando-se entre as soft skills mais desejadas. Assim, os profissionais precisam superar suas dificuldades e evoluírem na arte de falar em público.
Como as pessoas são diferentes entre si, cada uma precisa entender quais dicas de oratória devem ser priorizadas. Não à toa, o autoconhecimento é o ponto de partida para falar bem em público. Afinal, os desafios são os mais variados:
O papel das técnicas de oratória é ajudar você a lidar com essas dificuldades que prejudicam a capacidade de expressão e a superar ruídos de comunicação. Nesse sentido, atingir o objetivo do discurso sempre que necessário e ser entendido.
Imagine, por exemplo, que você precisa dar um feedback sobre uma tarefa mal executada por um colega de trabalho. Aqui, não apenas é preciso que o receptor entenda que cometeu erro, mas o efeito esperado é a mobilização em prol da mudança.
Por isso mesmo, uma comunicação meramente agressiva será inadequada, pois causaremos um conflito, em vez de engajamento.
O aprendizado da oratória exige a combinação entre teoria e prática. Por isso, após consultar as dicas de oratória abaixo e identificar quais delas fazem mais sentido para você, pratique em diferentes contextos sociais, até que construir as suas habilidades.
Os exercícios de respiração complementam muito bem as técnicas de discurso, melhorando nosso controle emocional. Antes de participar de uma reunião, palestra, aula ou algo assim, utiliza-se dessas ferramentas para manter o equilíbrio.
Uma sugestão é fazer inspirações lentas e profundas, liberando o ar na sequência. Para isso, siga os passos abaixo:
Durante o processo, mantenha o foco na respiração, com o auxílio das contagens. Repita algumas vezes até ficar mais calmo e confortável.
A dedicação antes da hora H é outro diferencial de uma boa apresentação. O planejamento traz confiança e contribui para que o objetivo da fala seja alcançado, tanto na transmissão da mensagem como no impacto causado no ouvinte.
Para melhorar a preparação, entenda qual é a sua audiência, determinando as expectativas dos ouvintes e a melhor abordagem para apresentação. Além disso, a linguagem precisa estar adequada em diferentes níveis.
O primeiro nível é fazer referências corretas. Uma informação equivocada pode nos colocar em situações constrangedoras, bem como prejudicar a nossa credibilidade — ainda que passado despercebido num primeiro momento.
Outro cuidado é saber se a pessoa realmente conhece o significado das palavras que utilizamos. Por exemplo, se você trabalha no marketing e precisa passar uma instrução para outro setor, talvez seja melhor explicar o que é CAC, KPI, taxa de conversão, etc.
A compatibilidade com o contexto é igualmente relevante. Existem locais em que gírias, informalidades, senso de humor e quebra de expectativas são bem-vindas, mas em outros tantos, precisam ser formais e cuidadosos.
Saber qual é o ponto de partida, o caminho e a linha de chegada são detalhes que contam muito para um excelente resultado. Até porque, tudo o que não queremos é ficar de frente para uma plateia sem saber o que fazer, não é mesmo?
O primeiro passo é saber como se apresentar às pessoas diante de um contexto que exige essa formalidade. A combinação de nome, cargo e objetivo é bastante clara, na maioria das situações. Além disso, agradecer o tempo disponibilizado pelos ouvintes é visto como algo educado.
A introdução ou ato 1, consiste em colocar o assunto, indicando sobre o que será a apresentação, deve trazer o conceito de sua proposta e é responsável por despertar o interesse de sua audiência. Você também pode temperar as coisas com dados ou questionamentos que despertem a curiosidade dos ouvintes.
O desenvolvimento ou ato 2, é onde ocorre a sustentação da sua mensagem. Depende bastante do objetivo da comunicação: apresentar dados, transmitir um conteúdo, fazer um comunicado, expor um projeto, vender um produto e propor a solução de um problema são exemplos. Existem alguns modelos de exposição de ideias que você pode se inspirar e usar no contexto empresarial. Confira três exemplos:
A conclusão ou ato 3, consiste em deduzir algo da narrativa apresentada, propor uma solução, uma ação ou deixar uma reflexão para a audiência. Desse modo, o objetivo dessa etapa da comunicação é dar o tom do encerramento.
Uma forma inteligente de introduzir ou desenvolver um tema é o storytelling. Nele, falamos sobre experiências pessoais, casos de sucesso, analogias com situações do cotidiano e outros recursos para ilustrar os conceitos.
A primeira vantagem da abordagem é tornar a apresentação menos abstrata. Uma boa história faz as pessoas enxergarem as ideias que estão sendo transmitidas com mais clareza.
Outro benefício é manter a atenção do público. O storytelling gera expectativa na audiência — que deseja saber o final da narrativa ou os conceitos por trás da história. Logo, é mais fácil prender os olhos do público.
Por fim, o recurso pode ser usado para gerar identificação. É comum, por exemplo, iniciar a apresentação com uma situação que reflita as dores, desejos ou necessidades do ouvinte, despertando o interesse pelo conteúdo.
Uma das principais dicas de oratória é a argumentação. No ambiente empresarial, dados e resultados são um tema recorrente das apresentações. Uma boa apresentação de RH explica quais foram as melhorias na rotatividade de pessoas, já uma excelente também conecta o tema ao impacto financeiro.
Os recursos visuais, como gráficos e tabelas, são úteis para fazer essas demonstrações. Além disso, é importante que você tenha fácil acesso aos números, até mesmo, para não ser surpreendido em uma reunião e saber argumentar com base em informações reais.
No guarda-chuva das dicas de oratórias, também se encontram os cuidados com a expressão verbal e corporal durante o discurso. Em uma fala em público, dificuldades recorrentes são as seguintes:
A postura corporal correta demonstra para a plateia que o apresentador está confiante e acredita no que está falando. Para isso, os apresentadores não precisam ser belos modelos de capas de revista.
Portanto, a postura corporal não é a beleza física do apresentador. E sim, a maneira de se portar dentro da audiência. Seja sentado, em pé ou em movimento. Por exemplo, devem ser evitados movimentos bruscos, ombros caídos.
Alguns de nossos treinamentos oferecem exercícios que ajudam os apresentadores a desenvolverem posturas corporais mais adequadas.
As expressões faciais são componentes das boas apresentações empresariais, mas como tudo na vida não podem ser feitas de modo exagerado ou falso. É comum vermos memes nas redes sociais de pessoas com fisionomias incompatíveis com o momento.
Imagine a apresentação de uma solução inovadora em que o apresentador mantenha uma expressão triste ou tediosa. Se quem representa o produto no momento está sem entusiasmo, certamente, o público não terá credibilidade no produto.
Com isso, fique atento com as expressões faciais, pois elas tanto podem engrandecer uma apresentação quanto arruinar e prejudicar o foco da empresa contratante.
As pausas são pequenos intervalos entre as falas do apresentador, elas dão tempo para a plateia assimilar o que foi falado. Mas cuidado, isso não quer dizer que a apresentação deva ser feita em câmera lenta.
Sabendo disso, é importante perceber se está falando muito acelerado ou devagar demais. Por isso, os treinamentos e a preparação das apresentações são tão eficientes para todos os apresentadores.
Por exemplo, faça pausas após contar uma piada, deixe as pessoas rirem ou baterem palmas. Ao apresentar um novo produto, serviço ou solução inovadora dê tempo para a plateia entender a novidade.
Manter o contato visual nas apresentações quer dizer que o apresentador deve olhar para as pessoas. No entanto, isso deve ser feito com leveza, do contrário o participante pode pensar que está sendo encarado.
O ato de encarar acontece quando um apresentador mantém o olhar em alguém de maneira fixa e até mesmo desafiante. Isso faz com que tanto essa pessoa quanto os indivíduos da plateia sintam-se desconfortáveis.
Então, dê uma passada de olho nos participantes nem tão rápido ou muito devagar. Essa é uma técnica essencial para observar o nível de interesse na apresentação. Você conseguirá observar se estão apáticos, distraídos ou atentos e envolvidos.
Muitas pessoas não suportam ficar muito tempo sentadas apenas ouvindo outras falando. Portanto, interaja com o público. Faça com que a sua plateia participe, faça perguntas, peça que levantem as mãos em caso de dúvidas entre outros.
Lembre-se que as apresentações empresariais não devem ser feitas em forma de monólogos, onde somente o apresentador é o falante. No entanto, interaja de maneira que sua apresentação não se transforme em uma bagunça e perca o foco.
Dessa maneira, a interação com o público faz com que as pessoas se movimentam nas cadeiras e poltronas mesmo sem levantar. Isso evita a sonolência, a distração, as cãibras entre outros incômodos que possam atrapalhar a atenção.
O trabalho desses pontos começa com a observação. Apresentar-se para a câmera ajuda nessa visibilidade e pode ser um excelente treinamento. Faça uma lista com os desafios identificados e pratique uma melhoria por vez.
Uma segunda dica é assistir palestras dos profissionais que você admira, anotando comportamentos que podem ser incorporados ao seu estilo. Depois, utilize a rotina de treinamentos filmados para desenvolver as habilidades.
Fique atento também às dificuldades que não estão ligadas apenas ao discurso, mas a questões físicas ou emocionais. Fonoaudiólogos e Psicólogos são dois excelentes exemplos de especialistas que podem ajudar você a falar melhor em público.
Lembre-se, por fim, de que as técnicas apresentadas são apenas o começo, e há muito mais o que aprender sobre o tema. Hoje, existem cursos e treinamentos completos para oratória e apresentação em público.
Afinal, como dito lá no começo, é natural as pessoas terem dificuldades nessa área. Sendo assim, aplique as dicas de oratória e aprofunde-se com as qualificações profissionais.
O processo de aprendizagem é como aprender a andar de bicicleta ou a dirigir. Em primeiro lugar, tomamos consciência do que precisa ser feito e, depois, praticamos vários dias para automatizar os novos comportamentos.
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