O que é oratória e por que essa habilidade é essencial no mercado em 2025?
Desde a Grécia antiga a oratória é valorizada como habilidade indispensável para líderes, políticos, filósofos etc, e hoje não é diferente. Certa vez, Neil Mercer, então diretor do centro de Oratória de Cambridge, disse que “aprender a falar em público deve ter o mesmo peso do que aprender matemática nas escolas”.
Especialmente em 2025, com o avanço das tecnologias e da comunicação digital, dominar essa habilidade é ainda mais fácil devido ao acesso de informações sobre o tema. Aqui neste artigo mesmo você aprenderá dicas práticas para se tornar um orador melhor.
E não subestime o aprendizado, pois a oratória pode ser a chance para te diferenciar no mercado e abrir oportunidades únicas, apenas por saber se comunicar bem.
Questões como nervosismo e dicção ruim podem ser superadas com as técnicas certas. Assim como outras competências, falar em público é algo que pode ser aprendido. Com boas ferramentas e capacitação, você pode desenvolver uma excelente comunicação.
A seguir, explicamos o que é oratória e reunimos algumas dicas para praticar a habilidade de falar em público. Quer se manter calmo, falar com clareza e persuadir a sua audiência? Não deixe de conferir!
Oratória é a arte de falar em público de maneira eficaz e persuasiva. Envolve o desenvolvimento de habilidades de comunicação verbal, principalmente, para transmitir uma mensagem de forma clara e convincente.
Os principais elementos da oratória incluem:
O objetivo final é influenciar, inspirar, motivar ou informar a audiência de maneira impactante.
Aqueles que desenvolvem a oratória, geralmente são capazes de se destacar em suas interações sociais e profissionais.
Empresas estão priorizando candidatos com habilidades de comunicação bem desenvolvidas, reconhecendo que conhecimentos técnicos podem ser adquiridos, mas a capacidade de interagir e liderar eficazmente é fundamental. Alguns dados que justificam isso:
Além disso, a oratória eficaz contribui para a construção de confiança e credibilidade, melhora a capacidade de persuasão e fortalece relacionamentos profissionais. Essas habilidades fazem toda diferença ao liderar equipes, conduzir negociações e representar a empresa em diversos contextos, por exemplo.
A oratória é comumente atribuída como uma arte “inventada” pelos gregos antigos. Mas a verdade é que também há registros de que os egípcios valorizavam essa habilidade.
O fato, contudo, é que o primeiro manual de oratória de que se tem registro foi escrito por Tísias e Córax, ambos gregos. Por isso, diz-se que a oratória surgiu enquanto tema de estudo no período dos gregos antigos.
Autores como Aristóteles dedicaram boa parte de seus estudos ao desenvolvimento e aprimoramento dessa habilidade, visto que ela é o que possibilita a comunicação, transmissão de conhecimento e convencimento acerca de uma ideia.
Já nessa época, o objetivo da oratória era encantar o público por meio de um discurso de alto impacto.
Destacava-se quem conseguia contar uma narrativa mais envolvente, capaz de instigar a imaginação, favorecer a compreensão, despertar paixão e influenciar a determinação.
Ao longo dos últimos séculos, o que aprendemos com os grandes oradores da história é que a eficácia da comunicação vai além das palavras: reside na capacidade de mobilizar emoções, estabelecer conexão com a audiência e adaptar o discurso ao contexto.
De Cícero, absorvemos a importância da estrutura lógica e da retórica persuasiva. De Martin Luther King Jr., aprendemos a força da entonação e do apelo emocional para inspirar transformações sociais. E com figuras como Winston Churchill, fica evidente que a clareza, a convicção e a escolha estratégica de palavras podem influenciar decisões em momentos críticos.
Ao observar esses exemplos, torna-se claro que a oratória é uma ferramenta poderosa de liderança, capaz de transformar ideias em ação e discursos em legados duradouros.
1. Clareza na comunicação de ideias
A oratória bem desenvolvida permite estruturar pensamentos de forma lógica e transmitir mensagens com objetividade, eliminando ambiguidades.
Essa clareza é especialmente valorizada em ambientes corporativos, onde reuniões improdutivas e briefings mal compreendidos comprometem as entregas.
Profissionais que dominam essa habilidade conseguem fazer com que seus pontos sejam rapidamente compreendidos e considerados, o que acelera tomadas de decisão e reduz retrabalho.
2. Maior poder de convencimento
A capacidade de construir argumentos persuasivos, utilizando não apenas lógica, mas também emoção e credibilidade, torna a oratória uma ferramenta poderosa para influenciar decisões.
É o caso de apresentações de projetos, em que uma narrativa bem construída pode ser o diferencial entre aprovações e recusas.
Steve Jobs, por exemplo, revolucionou a forma de comunicar produtos ao público ao transformar dados técnicos em histórias com significado e impacto emocional.
Um exemplo clássico é a apresentação do primeiro iPhone em 2007, durante a Macworld.
3. Fortalecimento da liderança
Liderar não é apenas tomar decisões, mas comunicar visões, engajar pessoas e inspirar ação. Líderes com oratória desenvolvida transmitem segurança, articulam diretrizes com clareza e são percebidos como referências dentro da organização.
Estudos da McKinsey mostram que colaboradores tendem a confiar mais em líderes que se comunicam bem — e essa confiança reflete diretamente no engajamento das equipes e nos resultados do negócio.
4. Melhoria na performance em apresentações e reuniões
Profissionais que praticam oratória controlam melhor a entonação, o ritmo e o uso de pausas, além de saberem adaptar o conteúdo ao tempo disponível.
Isso os torna mais eficientes em apresentações estratégicas, como reuniões com investidores ou painéis técnicos. Em contextos de exposição pública, como eventos ou fóruns, essa competência aumenta a capacidade de gerar impacto e credibilidade.
5. Desenvolvimento da autoconfiança
Ao dominar as técnicas de oratória, o profissional reduz a insegurança associada à exposição, pois sabe o que dizer, como dizer e quando dizer. Essa autoconfiança cresce de forma consistente à medida que a performance melhora.
Segundo dados do LinkedIn Learning, profissionais que treinam comunicação verbal reportam não apenas maior segurança ao falar, mas também maior satisfação com sua imagem profissional.
6. Redução da ansiedade ao falar em público
Ao contrário do que muitos imaginam, o medo de falar em público não desaparece com talento, mas com preparo.
A prática constante de oratória oferece estrutura e familiaridade, reduzindo significativamente o desconforto de se expor.
Em treinamentos corporativos, como os realizados pela SOAP, mais de 70% dos participantes relatam diminuição do nervosismo já nas primeiras semanas, após aplicar técnicas simples como roteirização e uso de pausas.
7. Melhoria na comunicação interpessoal
A prática da oratória reflete também nas interações do dia a dia. Conversas se tornam mais objetivas, escuta ativa é favorecida e conflitos são prevenidos por meio de uma comunicação mais empática.
Em processos como feedback, negociação ou resolução de problemas, essa habilidade permite articular pensamentos com respeito e precisão, promovendo relações mais saudáveis e produtivas.
Desenvolver uma boa oratória requer prática consistente e atenção a aspectos específicos da comunicação verbal e não verbal. A seguir, estão três frentes fundamentais que podem ser trabalhadas por quem deseja evoluir nessa habilidade.
A clareza da fala começa pela dicção. Exercícios de leitura em voz alta, o uso de trava-línguas e a articulação exagerada de palavras auxiliam na consciência fonética e melhoram a compreensão da audiência.
Use trava-línguas diariamente: dedique 5 minutos por dia para repetir frases como “O rato roeu a roupa do rei de Roma”. Pronuncie lentamente, depois aumente a velocidade sem perder a clareza.
Grave sua fala: leia um texto em voz alta e grave com o celular. Depois, escute atentamente e observe se há palavras “engolidas”, ritmo apressado ou sons mal articulados.
Alongue a musculatura da fala: abra bem a boca ao falar, exagere nas articulações durante os treinos e trabalhe os movimentos da língua. Isso aumenta a consciência muscular e melhora a precisão.
Além disso, controlar o nervosismo é essencial para que o conteúdo seja transmitido com naturalidade. Técnicas como simulação de apresentação em ambientes controlados, uso de roteiros estruturados e preparação prévia do conteúdo reduzem significativamente a ansiedade.
Para controlar o nervosismo:
Treinamentos de oratória modernos também incorporam práticas de mentalização e análise de gravações em vídeo, o que permite ajustes progressivos na performance.
A respiração adequada impacta diretamente na projeção vocal e na cadência do discurso. Técnicas integradas de respiração diafragmática têm sido muito utilizadas em treinamentos corporativos, pois ajudam o orador a manter o controle emocional e a evitar lapsos por falta de ar.
Praticar a inspiração profunda, segurar o ar por alguns segundos e expirar de forma consciente é uma forma eficaz de preparar o corpo para a fala.
Respiração diafragmática em 3 passos:
Dica: antes de entrar em uma reunião importante, reserve dois minutos para fazer esse exercício. Ele reduz a frequência cardíaca e estabiliza a voz.
Melhore a postura
A postura corporal também exerce influência: manter o tronco ereto, com ombros relaxados, transmite segurança e facilita a emissão vocal.
Além disso, movimentar-se com propósito no palco ou sala de reunião ajuda a sustentar a atenção do público.
Na dúvida, mantenha-se no que é chamado de postura de base neutra:
Incorporar histórias ao discurso é uma técnica consagrada por grandes oradores. O storytelling conecta informações racionais com emoções, tornando a mensagem mais envolvente e memorável.
Basicamente, é estruturar as narrativas com início, meio e fim, associando situações reais a aprendizados relevantes para o tema da apresentação.
Em vez de apenas apresentar dados, um bom orador mostra o impacto desses dados por meio de histórias que humanizam o conteúdo.
Casos reais de empresas, experiências pessoais ou metáforas bem escolhidas ampliam a capacidade de engajamento da audiência.
Leia mais: 10 formas de usar storytelling na sua palestra e no seu evento
A entonação da voz é uma ferramenta poderosa que transmite variadas emoções e ajuda a determinar o tom de um discurso ou apresentação. Um bom orador sabe intensificar e aliviar a voz nas horas certas.
A voz é uma das principais ferramentas para quebrar a monotonia de discursos. É por meio da voz que o público se conecta à história. Por isso, explorar o volume da fala entre as frases, bem como a intensidade da voz, são ações estratégicas.
Evite os vícios de linguagem para não distrair o público e crie ênfase no final das frases para tornar o ritmo dinâmico. A dicção também deve ser bem trabalhada para que tudo seja claramente entendido pelos espectadores.
Saiba mais: Tipos de entonação e extensão de voz: como usar em apresentações profissionais?
Entenda e utilize as pausas a seu favor. Nenhuma plateia consegue assimilar muitas informações de uma só vez.
Por isso, faça pequenos intervalos entre um tópico e outro do discurso, tanto para manter a respiração sob controle, quanto para permitir que a audiência absorva a mensagem.
O bom orador sabe transmitir sua mensagem de diferentes maneiras conforme a audiência que está ouvindo. Para isso, a apresentação é antecedida de um processo de investigação.
Podemos falar com os organizadores do evento, verificar o perfil das pessoas que frequentam um ambiente, observar o comportamento dos colegas de trabalho, entre outras medidas.
O ponto é usar os canais disponíveis para entender quem estará ouvindo.
Um dos segredos para minimizar os desconfortos causados pelas apresentações em público é a preparação. Em geral, quanto mais você reduzir a incerteza sobre o que vai fazer, menor será o nervosismo, ansiedade e medo na hora H. E parte disso é conhecer a audiência.
Ajustar a linguagem para a audiência é um ponto fundamental. Não apenas a compreensão, mas a maneira de persuadir pode variar de acordo com as características da audiência.
A primeira variável é decidir entre ser mais formal ou informal. Em ambas, avalie o custo-benefício de palavras que possam parecer rebuscadas, pois esses termos podem criar ruídos na comunicação.
Em geral, vale a pena eliminar expressões que não sejam bem recebidas pelo público, como termos em que haja polêmicas a respeito, gírias e vícios de linguagem, além de jargões.
Outro cuidado é questionar o grau de conhecimento da audiência sobre o tema. Exemplos e storytelling em apresentações são curingas para moldar a linguagem ao público. Afinal, permitem explicar conceitos complexos de forma mais simples.
Podemos usar a postura e movimentos corporais para criar uma condição de conforto durante a fala em público. Uma boa prática de oratória, nesse sentido, é usar a respiração.
Uma boa respiração vai começar com uma postura ereta. Aliás, as costas eretas também ajudam a falar com mais clareza e em um volume mais elevado, devido a passagem livre do ar.
Outro ponto importante é o ritmo. Durante a apresentação, utilize as pausas para respirar um pouco, assegurando que não vai parecer ofegante diante do público.
E, antes dela, você pode fazer exercícios. Um exemplo é inspirar profundamente por alguns segundos, prender o ar por mais alguns poucos segundos e expirar rapidamente.
Ser objetivo também é uma excelente maneira de melhorar a oratória. O formato de introdução, desenvolvimento e conclusão do roteiro pode ajudar.
Nele, o orador coloca uma questão na introdução. Em seguida, apresenta argumentos conectados a ela no desenvolvimento. E, por fim, conclui com a resposta ao problema ou uma reflexão sobre o tema.
Já em relação ao nervosismo, a objetividade deixa o orador mais próximo daquilo que foi planejado. Você estará em uma zona de mais conforto em comparação com a necessidade de improvisar.
É fato que boa parte de um discurso ou apresentação é formado pela linguagem oral/verbal. Porém, também há os elementos visuais que servem de apoio para o que é falado, ajudando a destacar informações.
Quando esses elementos são mal utilizados, podem se tornar um problema para a imersão e engajamento do público.
Os tiques repetitivos do corpo, por exemplo, precisam ser eliminados. Repetir uma mesma postura ou movimento por diversas vezes vai impedir que a plateia se conecte com o conteúdo.
Um bom orador também não pode ter uma linguagem corporal retraída e insegura, isso demonstra medo de falar em público e pode prejudicar o objetivo do discurso.
Um ponto importante é que, em um curso de oratória, é possível aprender essa habilidade na prática. Se você está procurando uma solução para a sua empresa, conheça o treinamento SOAP Apresentador.
Descubra como o seu time pode aprender a se comunicar de forma mais segura e assertiva nas reuniões e apresentações profissionais.
Mesmo oradores experientes estão sujeitos a falhas que comprometem a clareza e o impacto da mensagem. Identificar e corrigir esses erros é essencial para aprimorar a performance em qualquer contexto de fala pública.
A seguir, destacamos os deslizes mais recorrentes — e as estratégias práticas para evitá-los.
1. Vícios de linguagem
Expressões como “né?”, “tipo assim”, “então…”, “tá?”, entre outras, enfraquecem a autoridade do discurso e desviam a atenção do conteúdo. Esses vícios são muitas vezes utilizados de forma inconsciente como “muletas” para preencher silêncios.
Como evitar: grave suas apresentações ou ensaios e faça uma escuta crítica, identificando padrões repetitivos. Substitua esses vícios por pausas estratégicas, que trazem ritmo e reforçam a ênfase.
2. Improviso mal estruturado
Improvisar sem domínio do tema ou sem uma linha lógica definida pode levar a discursos desorganizados, repetitivos e com perda de foco.
Como evitar: mesmo quando há espaço para improviso, é recomendável preparar uma estrutura mínima — com introdução, desenvolvimento e conclusão. Use tópicos-chaves para guiar a fala e treine cenários alternativos com antecedência. A previsibilidade da estrutura reduz o risco de se perder no meio do discurso.
3. Falta de objetividade
Discursos longos, com excesso de informações secundárias ou desvios frequentes de tema, tendem a cansar o público e dificultam a retenção da mensagem principal.
Como evitar: antes de falar, defina com clareza qual é o objetivo da sua comunicação e que ideia central você quer que a audiência leve consigo.
Pratique a técnica da “pirâmide invertida”, começando com o ponto principal e desenvolvendo os argumentos depois. Utilize exemplos pontuais e evite repetir ideias com diferentes palavras.
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O treinamento trabalha desde os fundamentos da expressão verbal e não verbal até a construção de narrativas autênticas e envolventes.
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