Quando estamos preparando uma apresentação corporativa, seja em uma reunião, para mostrar uma solução nova a um cliente ou vender, é essencial cuidar do conteúdo e da forma como as informações serão passadas.
Quando estamos preparando uma apresentação corporativa, seja em uma reunião, para mostrar uma solução nova a um cliente ou vender, é essencial cuidar do conteúdo e da forma como as informações serão passadas.
Nesse ponto, muitas pessoas acham que devem elaborar textos extremamente sérios para parecerem profissionais.
Na verdade, para atrair a atenção do público e garantir que sua mensagem seja absorvida, é importante também investir em recursos que vão tornar o conteúdo interessante, rico e de qualidade, mas sem ser maçante. Uma forma de fazer isso é usando figuras de linguagem.
Apresentadores podem usar diferentes tipos de linguagens em suas apresentações, e essas figuras são grandes aliadas na hora de variar e dar um tom diferente a forma como o conteúdo é transmitido.
Neste post, vamos mostrar para você algumas figuras de linguagem e como elas podem ser usadas para incrementar suas apresentações. Confira!
Figuras de linguagem são usadas por comunicadores na construção de seus conteúdos com o intuito de enriquecer o texto e criar expressões e significados diferentes com as mesmas palavras.
Ou seja, essas ferramentas da nossa língua nos ajudam a se expressar de forma não literal, e, assim, podemos dar um sentido diferente ao que é falado.
Esse assunto pode parecer complexo, mas figuras de linguagem fazem parte do dia a dia. Quando falamos, por exemplo, que alguém está “morrendo de fome”, essa pessoa não está, de fato, falecendo.
Trata-se de uma hipérbole, uma figura de linguagem que propõe uma brincadeira com as palavras de modo a criar uma expressão totalmente diferente do verbo literal “morrer”.
Dessa maneira, as figuras de linguagem ajudam a comunicação no nosso idioma se tornar mais plural e rica de significados. No mais, elas são importantes na hora de concretizar ideias e aproximar conhecimentos e noções da audiência.
Elas impõem mais dinamismo e vivacidade ao nosso discurso. O bom uso dessas figuras ajudam comunicadores a descomplicar termos, reforçar conceitos e passar informações de forma mais simples e acessível.
A língua portuguesa possui muitas figuras de linguagem que nos ajudam a nos comunicarmos de uma forma não literal. Conheça, a seguir, algumas que você pode usar para abrilhantar seu discurso e torná-lo mais interessante.
A metáfora é uma figura de linguagem amplamente conhecida e usada no nosso dia a dia. Trata-se do ato de usar uma palavra que significa uma coisa no lugar de outra característica. Um exemplo simples disso são frases como: “Clarice é um anjo” ou “A notícia foi uma bomba para eles”.
Na primeira frase, entendemos que Clarice não é literalmente um ser espiritual. A palavra ‘anjo’ é usada como símbolo de bondade e pureza. Já na segunda, podemos interpretar que a notícia foi catastrófica e avassaladora para as pessoas, por meio do uso da palavra ‘bomba’.
A metáfora ajuda a tornar os textos mais dinâmicos e flexíveis, uma vez que ela convida o ouvinte a fazer comparações e interpretar. Assim, o comunicador pode construir argumentos mais elaborados.
O único cuidado é não usar palavras ou termos que levem o público a interpretar sua ideia por um viés não desejado. Para isso, ao usar a metáfora, é importante que sua linha de raciocínio seja bem clara e construída.
A analogia é uma figura de linguagem que consiste no uso de termos análogos para esclarecer ou explicar um conceito. Análogo significa semelhante, logo, a analogia é feita ao estabelecer comparações e relações de semelhança.
Esse recurso se aproxima do storytelling quando usado para reformar um conceito ou criar uma ilustração que explique melhor como algo funciona.
A analogia é muito útil em apresentações quando estamos lidando com ideias complexas. Nesses casos, fica muito mais fácil simplificar a ideia por meio de uma história com exemplos comparativos.
A sinestesia propõe fazer um jogo de palavras que resulta em uma mistura de sentidos humanos, resultando na intensificação de sentimentos e sensações.
Expressões como “Paulo tem uma risada gostosa” ou “Ela me deu uma resposta seca” apresentam uma mistura de sensações. Na primeira frase, temos a experiência do som (risada) com o paladar (gostosa). Na segunda, vemos novamente a audição (resposta) com o tato (seca).
Dessa forma, a sinestesia ultrapassa os limites da audição e da palavra e convida a audiência a experimentar o conteúdo mobilizando outros sentidos, o que pode ser um recurso muito interessante para o engajamento.
“Esperar uma eternidade”, “morrer de rir” e mandar “um milhão de beijos” são expressões muito usuais no dia a dia. Elas não significam, certamente, o que está sendo literalmente dito. Trata-se da hipérbole, uma figura de linguagem que tem a função de exagerar ideias.
Logo, seu objeto em uma apresentação é exaltar conceitos, trazendo mais entusiasmo e deixando o discurso mais impactante. Se sua intenção é chamar atenção da audiência em um determinado momento, a hipérbole é uma aliada.
Em um discurso, a função da antítese é justamente causar impacto ao criar um contraste. Expressões como “o paraíso no inferno” ou “a luz em meio a escuridão” criam esse contraponto entre ideias opostas que podem ser muito úteis para esclarecer um ponto de vista.
Ao enfatizar o contraste, o conceito que você está tentando explicar pode ser tornar mais palpável. A divergência entre as ideias apresentadas pode, inclusive, impactar a atenção da audiência e ajudá-la a lembrar da mensagem no futuro.
A prosopopeia, ou personificação, acontece quando atribuímos atitudes e características humanas a objetos ou seres irracionais.
Em sentenças como “a natureza pede socorro” ou “a folha de papel está dançando no vento” transmitem ideias de que os elementos ‘natureza’ e ‘folha de papel’ conseguem realizar ações tipicamente humanas.
Por mais que possa parecer não usual, essa figura de linguagem ajuda a tornar uma apresentação mais interessante e viva. Ao falar coisas como “os dados não mentem”, transmitimos sentimentos e isso pode aproximar sua plateia da sua mensagem.
A alusão é um recurso linguístico muito usado quando queremos ilustrar um ponto a partir de uma referência ou outra ideia.
Um exemplo disso é a frase “Ela tem um sorriso de Monalisa”. Aqui, existe a intenção de qualificar o sorriso da pessoa ao criar uma referência e citar a obra de Leonardo Da Vinci.
Da mesma forma, a frase “Eles se amam como Romeu e Julieta” também inclui uma referência à obra literária de Shakespeare.
Como podemos ver, o uso da alusão pode deixar seu discurso muito mais interessante e variado em termos de repertório, além de ajudar no entendimento de uma ideia de modo mais concreto.
Figuras de linguagem são amplamente usadas por poetas, escritores, compositores e diversos artistas para incrementar o uso das palavras.
Da mesma maneira, você pode e deve usá-las nas suas apresentações para torná-las mais atraentes, interessantes e intrigantes. Com elas, seu discurso pode ficar ainda mais notável e surpreender sua audiência, tornando-se inesquecível!
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