Conhecer os processos adequados para observar com eficiência a capacidade de comunicação ao contratar uma pessoa é um dos grandes desafios dos recrutares.
Conhecer os processos adequados para observar com eficiência a capacidade de comunicação ao contratar uma pessoa é um dos grandes desafios dos recrutares.
Pois, atualmente, ter funcionários que saibam se comunicar, mesmo não sendo das áreas de atendimento direto ao cliente, é uma vantagem competitiva para os empreendimentos.
A comunicação empresarial é uma estratégia que mostra ser um diferencial para os negócios. Pois, ela traz vantagens para o empreendimento tanto no âmbito interno quanto no externo.
Os empresários de sucesso já perceberam que o ato de comunicar é tão importante quanto ter máquinas e equipamentos com tecnologia de ponta.
Neste artigo, vamos demonstrar a importância da capacidade de comunicação ao contratar uma pessoa e daremos dicas para você observar essas habilidades nos candidatos. Além disso, indicaremos sugestões de treinamento para os novos e os antigos funcionários. Confira!
A maneira de comunicar do candidato no processo seletivo diz muito sobre como ele se comportará com seus líderes e seus liderados.
Para explicar qual a importância de contratar pessoas na empresa que tenham a capacidade de comunicação, conversamos com Teresa Campos Salles. Ela é sócia da TECS Consultoria e ex-gestora de RH do Pão de Açúcar.
Veja o que a Teresa nos contou:
“a comunicação é normalmente uma competência solicitada pelas empresas, e a capacidade de criar bons relacionamentos interpessoais é válida para qualquer cargo ou nível”.
Além do que a Teresa nos disse, há também o custo financeiro. De acordo com uma pesquisa realizada em 2013 pela consultoria Gi Group, contratar profissionais “errados” pode custar, anualmente, até três vezes o salário da pessoa.
O gasto inicia com o processo de seleção, afinal, é desperdiçado um tempo de trabalho considerável da equipe de RH. Após a contratação, o novo funcionário precisa ser treinado para suas novas funções.
Todo esse processo requer dedicação da empresa. Fora isso, há os encargos pagos após a demissão e o salário pago ao profissional pelo tempo que ele trabalhou.
Para evitar essa despesa, é importante que você saiba utilizar o processo seletivo para encontrar profissionais realmente adequados ao que se espera deles.
Especificamente quando se trata de comunicação, o que observar nos candidatos? Para o RH e os entrevistadores, como avaliar a capacidade de comunicação? Veremos as respostas a esses questionamentos a seguir.
Existem algumas maneiras de identificar as habilidades de comunicação do candidato. Acompanhe as dicas que preparamos.
Para encontrar algo, é básico saber o que se está buscando. Que características teria o profissional ideal para essa vaga? Para traçar esse perfil, faça um mapeamento das necessidades da empresa. Feito isso, defina como deve agir um profissional nesse contexto.
Para algumas posições, a comunicação precisa ser um ponto forte. “Se você vai contratar alguém para a área comercial ou para a recepção, por exemplo, os selecionados precisam se comunicar bem”.
Além disso, precisa ter capacidade “de gerar empatia com o público e de articular as informações”, afirma Carol Martins, nossa recrutadora e responsável por um dos nossos cursos de comunicação corporativa. “Já para uma vaga de bibliotecária, por exemplo, a pessoa não precisa ser muito comunicativa.”
A partir dessa definição, selecione os currículos apropriados à vaga e elabore perguntas relacionadas à função que a pessoa terá de desempenhar. Uma técnica muito utilizada por recrutadores é a chamada “entrevista por competências”.
Nessa técnica, o candidato é convidado a descrever situações que já viveu. Entenda que nenhuma pergunta é por acaso, todas são pré-determinadas. Cada história que o recrutador pede para o candidato contar tem a ver com uma competência que precisa ser avaliada.
Fazer perguntas específicas de comunicação é fundamental, principalmente para cargos de liderança. Pois, a pessoa será responsável por passar diversas mensagens às equipes e saber se ele se comunica bem é fundamental.
Quer um exemplo?
“Você já falou em público? Onde foi? Como foi? Como você se sentiu?”
É claro que essas perguntas já precisam estar na manga do entrevistador. Ele não deve improvisar. Precisa de uma ferramenta sobre a qual sempre falamos aqui na SOAP: o roteiro.
Carol também aconselha que sejam feitas várias perguntas ao candidato, para tentar tirar o máximo de verdade do que ele está dizendo. Por exemplo, perguntar qual foi a reação dos interlocutores nessa situação ou criar momentos hipotéticos para saber como a pessoa agiria.
A Teresa da TECS Consultoria cita alguns pontos que observa a expressão da narrativa dos candidatos, para avaliar a capacidade de comunicação. Confira:
Dito isso, Teresa afirma que é necessário prestar atenção no conteúdo do discurso do candidato, mas é igualmente fundamental reparar na organização de raciocínio.
Para isso, tente não fazer perguntas como “Você se dá bem trabalhando em equipe?”, porque dificilmente o candidato irá dizer que não. O melhor é pedir para ele contar situações reais — e você tirar as conclusões.
Sabemos que muitas vezes a urgência de conseguir um profissional é tão grande que empresas fogem de processos seletivos muito longos. No entanto, limitar a escolha ao que foi dito na entrevista é um risco.
Como você pode saber se o que o candidato diz é verdade? Ele pode não estar mentindo, mas estar fazendo uma distorção entre como ele se vê e como os outros o enxergam. Fazer uma dinâmica que simule a função que o candidato terá de cumprir é uma opção.
Se uma das exigências for saber falar em público, em um segundo encontro, você pode pedir para a pessoa apresentar para você e o futuro gestor do candidato um case sobre um assunto que ela domina.
Caso a vaga exija capacidade de trabalhar em equipe, faça uma dinâmica em grupo e observe sua comunicação com os outros candidatos.
Se a vaga exigir contato constante com clientes por telefone, marque um horário e faça uma reunião via call, para avaliar sua comunicação por esse meio. Essas são alternativas simples que podem evitar erros caros.
Tanto Carol quanto Teresa sugerem observar a postura, o tom de voz e o olhar de cada candidato. Mesmo não sendo um especialista em comunicação, um recrutador consegue perceber a disponibilidade do entrevistado.
“Quanto de energia aquela pessoa coloca para falar da atividade que ela está se propondo a fazer na sua empresa? Dá para notar isso por meio do tom de voz que ela usa. Pela forma como ela coloca a expressividade do corpo”, afirma Carol.
Para Teresa, pessoas empolgadas com suas vidas e com o que fazem se automotivam com o que estão falando. “Você enxerga o entusiasmo na sua expressão.”
Um cuidado importante que o recrutador deve tomar, nesse caso, é não desvalorizar as pessoas menos expansivas e expressivas. Elas podem ser mais tímidas, mas nem por isso ser inadequadas para a vaga.
Esse é um ótimo questionamento, pois ficar nervoso durante entrevistas de emprego é algo comum. Ou isso nunca aconteceu com você? Carol afirma, porém, que certo nervosismo não é um problema. “É até bom que ele apareça, porque você consegue identificar como o candidato se sai em momentos de pressão.”
O problema é que, muitas vezes, o candidato não consegue demonstrar suas habilidades em comunicação por não saber controlar essas emoções. Uma saída para isso, segundo Teresa, é explorar o nervosismo do candidato na tentativa de encontrar os motivadores desse estado.
“A pessoa pode negar que esteja ansiosa e te dar uma justificativa plausível. Pode dizer que está nervosa por aquele emprego ser muito importante para ela. Ou pode te contar que acabou de ser assaltada no caminho para a entrevista.”
Se o nervosismo não estiver relacionado apenas ao momento da entrevista, uma alternativa é marcar a conversa para outro dia. Essa é uma maneira de observar a capacidade de comunicação dessa pessoa quando ela estiver mais calma e assim demonstrar seu potencial.
Sim! A capacidade de comunicação dos colaboradores atuais é de extrema importância para a empresa. Pois, esse é o capital humano que você tem a sua disposição no momento.
Caso essa habilidade não tenha sido exigida na época da contratação, sempre haverá tempo para se tornar os funcionários efetivos em comunicadores eficientes. Tenha em mente que para sermos bons comunicadores não precisamos nascer com o dom da fala ou escrita.
Desse modo, é possível desenvolver as habilidades comunicativas com cursos e treinamentos personalizados, como nós mesmos já fizemos com tantas pessoas aqui na SOAP. Na grande maioria das vezes, basta um pequeno empurrão por meio de técnicas específicas de comunicação, mesmo que a pessoa se considere tímida.
Na área da comunicação a SOAP oferece vários cursos para ajudar as equipes alcançarem os resultados esperados. Confira alguns deles e veja o que você aprenderá.
O Líder comunicador ensina para os participantes:
No curso Apresentador você conseguirá:
Aprenda gerenciar as suas emoções no curso Confiança. Saiba como:
No curso da SOAP de Comunicação Interpessoal os alunos são convidados a explorar o poder da comunicação no dia a dia. Conheça o que aprenderá:
O objetivo do curso No Alvo é estudar técnicas para criar e adaptar seus discursos em diferentes desafios corporativos. Passando por temas como:
Então, agora que já sabe a importância de observar a capacidade de comunicação ao contratar uma pessoa, coloque esse trabalho em prática seguindo nossas dicas. Caso precise de treinamento nessa área, saiba que a turma da SOAP está a sua disposição.
Para saber mais sobre capacidade de comunicação, recrutamento e gestão de talentos, confira as soluções de treinamentos de comunicação da SOAP.