Competição envolve os melhores do mundo em suas áreas e é uma fonte rica de insights para o mundo corporativo
Três anos após Tóquio, chegamos a Paris, palco da trigésima terceira edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Mesmo que dessa vez o intervalo tenha sido menor, já que a pandemia atrasou em um ano a Olimpíada passada, os verdadeiros amantes dos esportes estavam mais que ansiosos.
Realizados há mais de um século, os Jogos Olímpicos envolvem cerca de 10 mil atletas e 200 países. Serão cerca de 15 dias — já que a competição vai de 26 de julho a 11 de agosto — para acompanhar as 48 modalidades esportivas, incluindo as novidades: o breaking (breakdance) e o caiaque cross.
E se neste ano você assistir às disputas com um olhar um pouquinho diferente? Afinal, já parou para pensar na quantidade de lições que as Olimpíadas podem ensinar para o mundo corporativo?
Estamos falando dos melhores profissionais do mundo em suas áreas, de treinamento intenso, foco, objetivos, metas, trabalho em equipe e, claro, liderança.
Para chegar a uma competição olímpica, cada atleta se prepara por anos. Estamos falando de treinamento físico e mental, de abdicações e sacrifícios.
O brasileiro Isaquias Queiroz se destaca na canoagem pela sua alta rotina de treinos desde os seus 15 anos de idade. Hoje ele tem 30 anos e irá competir mais uma vez nas Olimpíadas – e foi, inclusive, o porta-bandeira na cerimônia de abertura dos jogos.
Ainda que se fale em talento, sem o desenvolvimento que uma rotina meticulosa proporciona, o dom sozinho não é suficiente. Para aquele que almeja a liderança ou destaque no mundo corporativo, vale o mesmo. É necessário estar pronto quando a oportunidade surgir.
O objetivo de um atleta olímpico é ganhar uma medalha, certo? Alcançar a excelência na sua modalidade é um caminho longo que, como vimos, exige um planejamento rigoroso.
Antes da medalha, as metas de um esportista podem ser: atingir um bom tempo, vencer competições preparatórias ou ganhar experiência. A “fadinha do skate”, Rayssa Leal, aos 13 anos ganhou a medalha de prata no primeiro ano da modalidade nos Jogos Olímpicos.
Além da medalha olímpica, foram diversas outras medalhas e troféus em torneios de skate. No mundo corporativo, também é necessário se planejar, definir metas claras — de curto, médio e longo prazo — e empenhar esforços para alcançá-las. Ter paciência e entender que existem etapas a serem vencidas antes da conquista faz parte do percurso.
Em 2004, durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas, Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a prova com 35 segundos de vantagem para o segundo colocado. De repente, um homem invadiu a pista, agarrou e derrubou Vanderlei.
Com a ajuda de populares, o brasileiro se levantou e, mesmo abalado, continuou a prova. A despeito da injustiça, chegou em terceiro e garantiu a medalha de bronze.
Resiliência é a capacidade de se levantar ou se adaptar a uma dificuldade — é essencial no esporte e na rotina corporativa. Eventualmente, o adversário estará à frente, mas é necessário manter a calma para comandar a virada.
Imagine a quantidade de pressão sobre os ombros de um atleta olímpico. Estádio lotado, torcida gritando e o “tudo ou nada” do momento decisivo para o qual ele se preparou por anos. Para manter a calma, é importante recorrer a todas as lições anteriores — lembrar da preparação, focar no objetivo e ter resiliência.
Dentro de uma empresa, a pressão será consideravelmente menor, mas nem por isso irrelevante. Imagine a concentração da ginasta Rebeca Andrade, por exemplo, para executar os movimentos de maneira correta?
No trabalho, uma equipe focada tem mais eficiência, produtividade e qualidade. Também otimiza tempo, evitando a refação de uma mesma tarefa e concentrando esforços para alcançar as metas estabelecidas.
Até esportistas que disputam modalidades individuais trabalham em equipe: existem técnicos, preparadores físicos, médicos, fisioterapeutas e psicólogos, entre outros profissionais, dando suporte. Mas, para falar desse tópico, vamos ao exemplo mais óbvio de uma modalidade coletiva: o revezamento.
Em nenhum outro esporte os atletas dependem tanto do desempenho do colega. No revezamento é necessário confiar, colaborar, ter sinergia e torcer pelo outro. Nada diferente do que deveria ser a nossa relação com as pessoas que formam a equipe no trabalho.
Ciente das suas forças e fraquezas, um time trabalha unido e em harmonia para conquistar o objetivo compartilhado. Em uma equipe olímpica, cada um entrega o seu melhor e contribui para que o outro também dê o seu máximo. É necessário ter em mente que a competição é com o adversário, não com o colega.
A gestão eficaz desses talentos é o que propicia o sucesso. No mundo dos negócios, o gerenciamento de pessoas envolve identificar potenciais, desenvolver habilidades e fornecer suporte para que cada indivíduo possa contribuir para as conquistas da equipe.
Quando o assunto é trabalho em equipe, uma coisa é muito importante: a comunicação.
Tanto ao definir o objetivo comum quanto na necessidade de se adaptar rapidamente às mudanças que surgem, a comunicação será fundamental. Seja nos vestiários das Olímpiadas ou no escritório, uma comunicação clara elimina ruídos, diminui inseguranças e deixa pouco espaço para dúvidas.
A comunicação se adapta ao ambiente e ao público. Dentro da quadra, os jogadores de vôlei trocam sinais para combinarem as jogadas. Já na empresa, utilizarmos treinamentos, softwares, reuniões, redes sociais corporativas e uma infinidade de canais para falarmos com nossos times.
No contexto olímpico, o líder não é só o capitão ou o treinador do time. Lideranças se constroem de diversas formas, por isso, pode existir mais de uma liderança no esporte.
Nas Olimpíadas, o futebol é sub-23, ou seja, as seleções só podem inscrever jogadores com até 23 anos. Entretanto, uma regra permite que sejam convocados três atletas acima desse limite.
Isso garante que craques mais velhos possam participar da competição. Em uma disputa como essa, é fundamental que os jovens talentos tenham um líder experiente para quem olhar nos momentos críticos.
Um time de craques não segue alguém apenas pela braçadeira. O líder precisa inspirar, cativar e motivar a equipe para extrair dela os melhores resultados.
Segundo os pesquisadores Salovey e Mayer, inteligência emocional é “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regular em si próprio e nos outros”.
Inteligência emocional é um tema que conversa muito com a resiliência. Vamos pegar o exemplo da ginasta Simone Biles, que saiu das Olimpíadas de Tóquio por saúde mental, a equipe e esses anos de trabalho foram fundamentais para que ela retornasse em Paris 2024.
No ambiente de trabalho, um bom líder precisa contar com a inteligência emocional para lidar com os desafios que se impõem, mas também para gerenciar as emoções de cada membro da equipe.
Você conhece o significado do símbolo olímpico? São cinco aros de diferentes cores que representam os cinco continentes e os ideais propostos pelos Jogos: unidade entre os países, universalidade do esporte e paz.
A disputa é entre os melhores esportistas do mundo, em altíssimo nível, sob o olhar de milhões de pessoas e com muita pressão. Mesmo assim, as Olimpíadas pregam a união.
Para entender esse conceito é necessário enxergar o concorrente como adversário, não inimigo. Lição que vale no esporte e nas empresas. A competitividade saudável pode existir, mas sempre com ética e respeito pelo outro.
Com a expectativa de superar o desempenho de Tóquio 2020, em que conquistou 21 medalhas, o Brasil vai brigar pelo pódio em duas dezenas de modalidades.
Cada um dos 276 atletas precisou de muito preparo para chegar até Paris. Dedicaram tempo, esforços e, muitas vezes, recursos financeiros para alcançar seus objetivos. Chegar ao lugar mais alto exige treinamento e dedicação.
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