Os novos formatos de trabalho e a comunicação interna foram considerados os maiores desafios de gestão de pessoas nas empresas em 2022.
Os novos formatos de trabalho e a comunicação interna foram considerados os maiores desafios de gestão de pessoas nas empresas em 2022. Esse foi o resultado da 5ª edição da pesquisa de Tendências de Gestão de Pessoas da Great Place to Work.
É o segundo ano consecutivo que esses temas encabeçam o ranking, dessa vez seguidos pelo desafio de saúde mental, posição que na pesquisa do ano anterior era ocupada por desenvolvimento e capacitação de lideranças.
O enfoque deixou de ser apenas a transformação digital em si e passou a ser também a busca por pessoas qualificadas e o desenvolvimento dessas pessoas para lidar com a inovação constante.
O resultado na verdade não surpreende, visto que o distanciamento social provocado pela pandemia demandou uma nova postura de gestores, especialmente aqueles que possuem equipes remotas.
Como estabelecer políticas de gestão à distância? É possível tornar a comunicação por meio de ferramentas digitais assertivas? Como contribuir para a saúde psicológica dos colaboradores diante das consequências do distanciamento social?
Essas questões são apenas o início de uma conversa que passa por uma revolução intensa e constante dentro das empresas. E ainda há muito a evoluir para que essa dinâmica seja completamente eficiente.
De acordo com a pesquisa da Great Place to Work, quase 70% das empresas consideram a adoção de novos formatos de trabalho o maior desafio dos Recursos Humanos (RH) atualmente, seguido da comunicação interna, apontada por 35,4% das mais de 1,7 mil respondentes.
O primeiro lugar do ranking se justifica pelo cenário enfrentado pelas empresas atualmente. A pandemia da Covid-19 acelerou a necessidade de adotar novas políticas e formatos de trabalho.
O trabalho remoto, a jornada híbrida e também a adoção de horários mais flexíveis, são realidades do mercado pós-pandemia.
Isso demanda de gestores novos desenhos de fluxo de processos e de comunicação entre equipes e colaboradores, o que nos leva ao desafio seguinte.
Com as mudanças de fluxo de trabalho e, principalmente, o aumento das interações à distância, a comunicação interna se tornou um desafio ainda maior. Ela já era uma questão, mas ganhou uma nova roupagem com a pandemia.
Afinal, a distância física entre as equipes pode dificultar a troca de informações e o alinhamento das atividades.
Tornou-se necessário desenvolver novos desenhos de comunicação remota, usar novas ferramentas e aprender a lidar com novos tipos de ruídos de comunicação.
A saúde mental dos funcionários também se tornou uma preocupação maior durante a pandemia, uma vez que o isolamento social e o estresse podem impactar negativamente o bem-estar e o desempenho dos colaboradores.
A pesquisa da Great Place to Work também aponta que 96,4% das pessoas consideram a saúde mental e emocional um ponto relevante para a gestão de pessoas nas empresas. No entanto, menos da metade (49,7%) afirmaram que há orçamento direcionado para ações com esse foco.
Como mencionado, o desenvolvimento e a capacitação da liderança desceram da terceira para a quarta posição na lista, evidenciando o impacto da crise sanitária no emocional das pessoas (já que saúde mental passou na frente).
Mas a necessidade de líderes capacitados se mantém como uma das principais preocupações, pois eles são fundamentais para o sucesso de uma equipe e uma organização.
A contratação de profissionais com qualificação adequada é outro desafio, especialmente em um mercado competitivo, onde a busca por talentos é cada vez mais acirrada.
Além disso, a evolução do relatório ao longo dos anos destaca como as empresas têm se preocupado mais com a capacitação dos profissionais para lidarem com as transformações digitais constantes.
A manutenção e disseminação da cultura organizacional, além de ser considerado um dos principais desafios de gestão de pessoas, aparece também como uma das prioridades do RH para 34,8% dos respondentes da pesquisa.
Esse tópico é sobre manter os valores e princípios da empresa, o que é fundamental para garantir a continuidade dos processos de forma coesa e saudável.
O turnover, ou a rotatividade de funcionários, refere-se à taxa com que os funcionários deixam uma empresa e são substituídos por novos colaboradores. Esse é um indicador da estabilidade e do desempenho do ambiente de trabalho.
Uma alta taxa de rotatividade pode ser um sinal de problemas em todos os outros tópicos listados antes: na cultura da empresa, insatisfação com a liderança e ainda outros fatores, como baixas oportunidades de desenvolvimento.
Monitorar a rotatividade e tomar medidas para reduzi-la é fundamental para manter a cultura empresarial e o desempenho do negócio.
Employee Experience, ou experiência do colaborador em português, é outro aspecto importante e que tem gerado preocupação para gestores. Manter um ambiente de trabalho positivo e agradável não é fácil e depende de inúmeros fatores.
Porém, melhorar a experiência das pessoas na empresa contribui para o engajamento e a satisfação dos funcionários e, consequentemente, para seu desempenho. Isso também interfere diretamente na taxa de turnover.
Atrelado às questões de comunicação interna e à experiência dos colaboradores, está ainda o Employer Branding ou o fortalecimento da marca empregadora. Trata-se de uma estratégia de Marketing voltada para fortalecer a imagem da empresa como empregadora.
Esse desafio passa também por atrair e reter talentos, especialmente em um mercado cada vez mais competitivo.
A digitalização de processos e ferramentas de Recursos Humanos é o décimo desafio apontado pelo relatório, pois pode contribuir para a eficiência e eficácia da gestão de pessoas.
Esse tópico refere-se ao uso de novas ferramentas digitais para além da comunicação, mas também em outros processos de gestão de pessoas, como contratações e treinamentos.
A gestão de pessoas é uma área fundamental para o sucesso de uma empresa, por isso não se pode negligenciá-la.
Mas como lidar com esses e outros desafios, especialmente diante de um cenário pós-pandêmico com novos problemas?
Não existe receita de bolo para isso, pois cada empresa possui desafios próprios que variam de acordo com seu perfil, tamanho, setor etc. No entanto, podemos discutir algumas condutas que ajudam a superar as principais questões.
Com novos formatos de trabalho à distância, as velhas políticas nem sempre continuarão servindo. Então os gestores precisam repensar a forma como alguns processos acontecem e redesenhá-los de acordo com a nova realidade.
Isso inclui:
Também é importante que as empresas estejam dispostas a investir em tecnologias digitais, como plataformas de colaboração, ferramentas de videoconferência e softwares de gerenciamento de projetos.
Essas ferramentas são essenciais para a comunicação e colaboração em equipes distribuídas. Aqui na SOAP, já indicamos 7 ferramentas de comunicação interna que podem alavancar os resultados de um time.
Entre os desafios que acompanham o trabalho remoto ou híbrido, estão a segurança cibernética e as possíveis falhas tecnológicas. Embora muitas empresas sequer pensem sobre isso, esse tipo de problema pode gerar uma série de desgastes.
Se um colaborador precisa trabalhar com um computador com falhas constantes, isso pode desmotivá-lo e com certeza afetará as entregas que ele precisa fazer. Por isso, a gestão de pessoas precisa se preocupar também com o fornecimento de suporte tecnológico.
Isso pode incluir investimentos em programas de proteção e ainda a disponibilização de profissionais de TI para fazer manutenção em domicílio.
Uma cultura empresarial que valorize a flexibilidade, a colaboração e a comunicação é uma cultura saudável e isso diminui os índices de turnover. É necessário que gestores adotem uma postura ativa para promover esse comportamento.
Isso pode incluir, por exemplo, organizar atividades sociais virtuais ou presenciais entre colaboradores; estabelecer um senso de comunidade e pertencimento, fomentando o engajamento e abrindo espaço para que todos expressem suas opiniões e se sintam ouvidos.
Existem diversas iniciativas e políticas internas que uma empresa pode adotar para contribuir com o desenvolvimento da saúde mental de colaboradores, como:
Logicamente, além de tudo isso, fomentar um ambiente corporativo mais saudável e ter líderes que entendam a importância da saúde mental é importante.
Se um dos maiores desafios da gestão de pessoas é encontrar profissionais qualificados, isso não significa que não há bons profissionais no mercado. Na verdade, é importante implementar políticas de recrutamento mais assertivas.
O processo de escolher um novo colaborador deve passar por: escolher os lugares certos para divulgar a vaga, ter recrutados bem treinados para o papel e, principalmente, estabelecer um processo de seleção inteligente, baseado em métodos comprovadamente eficazes. Uma agência de recrutamento pode ajudar.
Por fim, talvez uma das soluções mais importantes, é investir no desenvolvimento técnico e comportamental dos gestores e dos colaboradores.
Treinamentos de comunicação, de ferramentas digitais, de gestão, entre outros, tornarão o time mais preparado para enfrentar qualquer desafio que se apresente.
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