A qualificação profissional técnica já não é suficiente para o mercado atual.
A qualificação profissional técnica já não é suficiente para o mercado atual. Segundo o Fórum Econômico Mundial, as habilidades essenciais do futuro serão, sem exceção, comportamentais. De fato, o conhecimento técnico ainda é e seguirá sendo muito importante. Mas decorar fórmulas e nomenclaturas muito, em breve, não fará mais sentido num mundo onde um clique bastará para obter informações.
No mercado de trabalho, a velocidade da mudança será tão rápida que o prazo de validade para as habilidades técnicas será curto. Por isso, a aposta para o desenvolvimento do profissional do futuro deve ser em características mais comportamentais, que serão sempre necessárias.
Sendo assim, como podemos nos preparar para essa realidade? É o que veremos a partir de agora. A seguir, listamos as características do profissional do futuro, sugestões para se desenvolver nesse caminho e o que o TEDx diz a respeito do assunto.
O profissional do futuro é aquele que consegue se adaptar a novas realidades e sobreviver em um mercado que, constantemente, o coloca à prova. O profissional do futuro vai muito além do especialista em uma área, que sabe a resposta para qualquer pergunta. Ele pode não saber de tudo, mas está disposto a aprender, a se doar e a evoluir ao longo da carreira.
Por falar nisso, o profissional do futuro não está necessariamente em uma das profissões consideradas de sucesso nas projeções. Ele também não precisa largar tudo o que já estudou para mudar de carreira. No segmento em que atua, ele pode encontrar os caminhos de uma nova trajetória profissional.
As características comportamentais mencionadas pelo Fórum Econômico Mundial já oferecem praticamente um raio X do profissional do futuro.
Uma empresa à beira da falência, um aplicativo promissor que não sai há anos, uma equipe que não se entende: são diversos problemas complexos com que um profissional se depara no mercado. A habilidade de resolvê-los enquanto ninguém vê saídas o coloca em destaque e aumenta seu valor aos olhos do empregador.
Uma pessoa que acata qualquer ordem e não questiona decisões pode ser fácil de lidar. Mas ela definitivamente não se encaixa no perfil do profissional do futuro. Há que se ter pensamento crítico para chegar às melhores respostas, se debruçar sobre problemas, considerar hipóteses, entre outras condutas.
Uma das principais habilidades que distanciam os robôs de seres humanos é a criatividade. Enquanto as máquinas podem levar a soluções sempre iguais, o profissional consegue enxergar novos horizontes para encantar a audiência. Ele usa de suas vivências para agregar inovação, criando produtos e serviços diferenciados.
Mesmo quem não assume cargos de liderança precisa entender os princípios dessa habilidade. Assim, consegue fazer a gestão de conflitos dentro da equipe, identificar oportunidades que se encaixam melhor a determinados colegas e a delegar. Dividir responsabilidades é essencial para bons resultados em uma empresa.
Colaborar e facilitar processos são algumas das competências de bons líderes — e que se relacionam bastante com a coordenação. Ela também inclui a capacidade de se organizar para que tarefas não se percam, e prazos sejam cumpridos com maior eficiência.
Saber lidar com as emoções próprias e de terceiros contribui para um bom relacionamento na equipe, entre outras vantagens. É essa característica que impede mal-entendidos, ruídos de comunicação e queda de produtividade. Ter uma escuta ativa e respeitar o momento dos outros são caminhos para alcançar a inteligência emocional.
Muitos cenários exigem uma tomada de decisão rápida, segura e certeira. Os impactos de uma escolha ruim afetam tanto o profissional quanto todos à sua volta. Para encontrar soluções, vale ter calma e pensar em ângulos variados da questão. Agir antes de suas considerações, somente pelo impulso, nem sempre é uma boa estratégia.
Temos a oferta de produtos cada vez mais multidisciplinares, com objetivo de atender a necessidades e demandas diferentes. Isso requer a contribuição de muitas áreas e conhecimentos para encontrar os melhores resultados. O profissional do futuro se orienta por esse propósito, a fim de alcançar uma experiência de sucesso para sua audiência.
O profissional do futuro encontra a negociação em diferentes estágios de sua carreira. Seja para conseguir um aumento salarial, seja para converter novos clientes, seus resultados são melhores com investimento nessa habilidade. O poder de persuasão, aqui, é um excelente aliado, a fim de encontrar pontos em comum e chegar a acordos válidos para ambas as partes.
A habilidade de fazer conexões para encontrar soluções diferentes para um mesmo problema se liga bastante a muitas características anteriores. O famoso “pensar fora da caixa” é capaz de diferenciar um profissional no mercado e torná-lo um ativo ainda mais valioso para a empresa em que atua. Repertório diverso de conhecimentos e exercitar a cognição são condutas essenciais para esse fim.
Michelle Schneider, executiva de negócios do Google, apontou um caminho para se preparar para a nova realidade, durante sua apresentação “O Profissional do Futuro”, feita no TEDx Faap. Segundo ela, em tempos de inteligência artificial e robôs invadindo os espaços corporativos, o ser humano precisa começar a olhar para dentro.
“Em 2045, um único computador vai ser mais inteligente do que toda a humanidade junta. Porém, não há nenhum indício de que esse computador será consciente, ou seja, terá sentimento”, afirma a executiva em sua apresentação.
Um estudo da universidade de Oxford aponta que 47% dos empregos devem desaparecer nos próximos 20 anos. E se engana quem pensa que estamos apenas falando de motoristas, corretores ou operadores de telemarketing. Os cargos de advogados e padres também estão “ameaçados”.
Um aplicativo de confissão já foi aprovado no Vaticano e deve facilitar a vida dos pecadores. Sem contar os diversos recursos e processos judiciais que hoje já podem ser resolvidos online.
Ao mesmo tempo que várias funções desaparecerão, outras serão criadas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, 65% dos jovens que estão atualmente no ensino médio trabalharão em profissões que ainda nem existem. Agora, como se preparar para um mercado tão incerto?
Michelle, que já visitou muitas universidades e escolas no Vale do Silício, conta que as maiores instituições do mundo estão focando no desenvolvimento de soft skills para preparar os jovens para o mercado de trabalho do futuro.
As habilidades necessárias para um grande profissional não terão nada a ver com a questão técnica, mas sim com as comportamentais, que os robôs não estão nem perto de conquistar. “Segundo o escritor Alvin Tofler, o analfabeto do século XXI não será aquele que não sabe ler ou escrever, mas sim aquele que não souber aprender, desaprender e reaprender.”
Segundo a executiva do Google, o melhor profissional será aquele que compreender que a inteligência pode ser desenvolvida por qualquer software, mas que a consciência de sentir e olhar para dentro é o que vai diferenciar os humanos dos robôs.
Aquele que entender que o segredo está em somar hard e soft skills será não apenas o profissional, mas o ser humano do futuro.
É fato que um negócio não prospera sozinho: ele precisa de pessoas que o impulsionem com visões diferentes. Muito se engana quem acredita que somente gestores devem ofertar essas novas ideias. Os colaboradores hoje em cargos operacionais podem se tornar líderes do futuro. Mas mesmo que permaneçam nesse segmento, ainda são capazes de liderar pelo exemplo.
Isso nos diz muito a respeito da transformação de profissionais do futuro. Pode ser que incentivar um colaborador resulte em equipes inteiras com novas mentalidades e motivação para a adaptabilidade. Diante desse cenário, listamos prioridades a serem consideradas.
Vimos as características listadas pelo Fórum Econômico Mundial, que são basicamente as habilidades do futuro, as quais não podem faltar em um profissional. Pois, então, alcançar a adaptabilidade exigida pelas novas realidades depende muito do desenvolvimento dessas competências.
O interesse em evoluir deve partir do próprio profissional. Contudo, um bom líder é aquele que enxerga possibilidades de melhoria e trabalha junto para que toda a equipe se desenvolva. Dessa forma, não só o colaborador ganha, mas toda a empresa, que vê resultados em produtividade, concentração e entrega de performance.
Além das mencionadas, podemos listar mais uma habilidade a se trabalhar: a comunicação assertiva, aquela em que há calma, objetividade e clareza na apresentação de fatos e argumentos. Essa habilidade é essencial e pode ser estimulada a todo momento, desde em conversas rotineiras com colegas de trabalho a apresentações corporativas.
Para desbloquear novas conquistas relacionadas com comportamento profissional, é preciso investir no autoconhecimento. Dessa forma, a pessoa consegue identificar seus pontos fortes, que devem ser ainda mais trabalhados, e as fraquezas em que há possibilidade de aprimoramento.
O profissional do futuro se conhece a ponto de ter certeza dos próprios limites. Isso evita a sobrecarga de trabalho, tornando-o mais eficiente em suas escolhas profissionais e em seu comprometimento. As lideranças podem incentivar o autoconhecimento em reuniões de performance e progressão de carreira.
Embora muitas das profissões do futuro sejam na área da tecnologia, esta não é a questão aqui. A afinidade com soluções tecnológicas é justamente se adaptar às inovações e estar à frente dessas mudanças. “Mas como saber o que a empresa vai implementar na sequência?”. De fato, nem sempre dá para prever, porém, é possível se antecipar.
Um exemplo veio com o home office. Quem já se organizava para trabalhar fora do ambiente da empresa, com recursos e equipamentos próprios, se adaptaram melhor com essa realidade. As reuniões online feitas a partir de ferramentas foram mais fáceis de se lidar para esses profissionais.
E, como você pode perceber, são tecnologias relativamente simples, somente para ilustrar a questão. Outras podem surgir e impactar as atribuições profissionais em pouco tempo, a exemplo da cultura orientada a dados, inteligência artificial, computação em nuvem, entre tantos exemplos. O caminho para essa adaptabilidade é buscar conhecimento — como veremos adiante neste conteúdo.
Muito falamos sobre mudanças constantes e cenários de adaptação. Isso exemplifica bastante o futuro do mercado, sobretudo diante das novas tecnologias. Somado à familiaridade com essas inovações, é preciso cuidar das próprias reações diante dessa realidade.
Enxergar esses novos desafios com reclamações e apego à zona de conforto não leva o profissional ao destaque. Em alguns casos, isso pode impactar a produtividade dele e até espalhar essa conduta com a equipe. É necessário observar esses cenários sempre como oportunidades de melhoria e ter resiliência.
É fato que os conhecimentos devem se renovar para manter um profissional em evidência. O que se aprende em uma graduação, por exemplo, é suficiente para conquistar determinados cargos no mercado. Porém, para progredir e enfrentar novos desafios, a pessoa precisa aprimorar técnicas e habilidades.
Vale o incentivo para que ela nunca fique apenas no diploma do ensino superior. Pós-graduação e cursos livres também são essenciais para preencher lacunas técnicas na vida desse profissional. O aprendizado a partir de vivências é sempre bem-vindo, por meio de conversas, trocas de ideias e assim por diante.
A empresa tem muito a contribuir com a formação de profissionais do futuro. Para auxiliar nesse e em outros aspectos, existem os treinamentos corporativos. Ao definir habilidades que podem ser exploradas para melhores resultados, esse aperfeiçoamento deve ser mensurado e aplicado em ações futuras do negócio.
Um treinamento de comunicação, por exemplo, ajuda no desenvolvimento de reuniões mais curtas e efetivas, nas melhorias aplicadas em apresentações profissionais, na ampliação da autoestima da equipe, entre outras vantagens. Tudo isso se multiplica quando se conta com a parceria de facilitadores para conduzir as dinâmicas, como uma empresa referência em treinamentos.
Diante de tudo isso, é possível compreender que o profissional do futuro precisa se instruir tanto na técnica quanto no comportamento. O pleno conhecimento em determinado assunto não será mais suficiente para render a ele boas oportunidades no mercado. Afinal, o convívio com colegas, fornecedores, clientes e outras pessoas da equação é essencial para bons resultados.
Com todo esse conhecimento em mãos, potencializado pelos ensinamentos do TEDx, não pare por aqui. Assista aos episódios exclusivos sobre técnicas de apresentação que a SOAP preparou!