Como investir e desenvolver a comunicação para liderança?

Toda empresa deve ter um olhar cauteloso para ações que desenvolvam a comunicação para liderança. Entenda como investir nesse aspecto!

Treinamento SOAP
26/06/2023
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Desenvolver a comunicação para liderança é uma necessidade, mas também um desafio em muitas empresas. De maneira geral, ainda são poucos os líderes que compreendem, de fato, o seu papel no fomento da comunicação como um dos pilares da cultura organizacional.  

O primeiro passo, no entanto, é ter um real entendimento do que é a comunicação. No dicionário, o termo é definido como o ato de transmitir ou receber ideias, conhecimento e mensagens, por meio do compartilhamento de informações.  

Para Renata Catto, diretora de negócios da SOAP, esse conceito vai além e pode ser entendido como uma ferramenta poderosa para gerar conexão entre as pessoas. 

“Eu enxergo a comunicação como uma forma de conseguir me conectar de forma real com o ser-humano que está ao meu lado, fazendo com que ele entenda o objetivo daquela conversa. O líder precisa usar essa ferramenta para engajar sua equipe e fazer com que os colaboradores entendam o porquê daquela conexão.” 

Segundo a especialista, para um líder estabelecer uma comunicação assertiva com seus liderados é preciso observar, antes de mais nada, a sua intencionalidade na hora da conversa. Ou seja, qual é o objetivo da sua comunicação? Qual estratégia adotar para alcançar a intenção desejada com aquela conversa? 

Outro ponto no qual todos costumam pecar é creditar à liderança a obrigação velada de ser a portadora de todas as respostas. “Mais do que trazer um passo a passo do que fazer, o líder deve assumir o papel de ajudar as pessoas a descobrirem seus próprios caminhos e de criar conexão para a construção de vínculos reais e genuínos.” 

A autoavaliação dos líderes também é importante para se criar a consciência de como está sua própria comunicação. Os colaboradores, de fato, entendem as mensagens que desejo transmitir? Quais impactos minha comunicação tem gerado? Esses impactos são positivos ou negativos? 

“Quando eu falo em criar consciência é no sentido de que às vezes o líder só tem que ouvir. O líder muitas vezes acha que tem que ter resposta de tudo, mas a comunicação vai muito além. O silêncio, o acolhimento e a expressão não verbal também são comunicação. Ter consciência de tudo isso é importante para não achar que a comunicação é só a fala”, diz Renata. 

Em outras palavras, o processo do líder passa primeiro pela conscientização da importância do impacto que ele tem na organização para a partir daí entender todas as esferas da comunicação e identificar em quais aspectos ele está indo bem ou não. 

Estratégias para desenvolver a comunicação para liderança 

Diferentes estratégias podem ajudar a desenvolver a comunicação para liderança. Por exemplo, a adoção de abordagens como a comunicação não violenta. Esse é um método desenvolvido pelo psicólogo Marshall Rosenberg, nos anos 60, que propõe uma comunicação mais humanizada, tendo como princípio a empatia e a compaixão. 

O principal objetivo desse método é, justamente, fortalecer as relações humanas, por meio da influência de emoções positivas, que ajudam a minimizar riscos de conflitos no dia a dia. 

> Leia mais sobre comunicação não violenta neste artigo 

Outra tática que pode ajudar muito nesse processo é a abordagem CRF, apresentada no livro “Avalie o que importa”, de John Doerr. Basicamente, a técnica propõe que o líder trabalhe três perspectivas: conversa, feedback e reconhecimento.  

Renata Catto sugere que os líderes criem rituais para ter essa troca individualmente com cada membro da equipe. 

A frequência pode ser definida de acordo com a realidade de cada empresa, podendo ser feita mensal, trimestral ou semestralmente. Um dos benefícios dessa prática é a possibilidade de entender questões, às vezes não relacionadas ao trabalho, mas que podem estar afetando o desempenho de um colaborador.

Diversas pessoas seguindo um líder
O líder deve estabelecer uma relação de confiança com seus liderados

Além da gestão ter mais clareza acerca dos problemas reais dos colaboradores, os funcionários se sentem mais acolhidos e tendem a criar uma relação de mais confiança com seus líderes. 

Reconhecimento também entre membros da equipe

Os líderes também podem adotar uma abordagem de troca de reconhecimento entre os membros da equipe. Assim, os próprios colegas de trabalho podem identificar os aspectos positivos e negativos de cada um. E, dessa forma, trabalhar em melhorias que proporcionem um relacionamento mais saudável entre todos. 

“Eu acho que é importante trabalhar a escuta ativa e abrir esse canal. Às vezes esperamos muito que a voz venha só de um lado, mas esse papel tem que ser de todo mundo”, detalha Renata. 

A diretora de negócios da SOAP ressalta, no entanto, a necessidade de criar um ambiente saudável para que o liderado tenha coragem de expor suas ideias e opiniões. Por isso a importância de adotar medidas para a construção de relações de confiança, conforme mencionado anteriormente. 

“Para um liderado falar para seu líder alguma coisa que está acontecendo na vida dele ou dar um feedback, ele precisa se sentir seguro para conflitar, que é diferente de confrontar. O intuito não é rebater ideias, mas poder falar o que se pensa, mesmo se for uma opinião diferente.”  

Como gerar conexão no ambiente virtual? 

Como pode-se perceber, com pequenas mudanças e adequações no dia a dia já é possível estabelecer uma comunicação assertiva e gerar conexão entre os colaboradores. Mas trazer isso para o ambiente virtual pode ser um pouco mais complexo. 

Muitas empresas após a pandemia de Covid-19 optaram por manter o modelo de trabalho remoto ou híbrido. Ao mesmo tempo, muitas seguem enfrentando problemas de comunicação por não entenderem como podem tornar esse processo mais fluido e criar as conexões necessárias. 

Renata Catto alerta para uma questão básica, mas que costuma ser ignorada com frequência: manter a câmera aberta nas reuniões online. Especialmente porque a comunicação não verbal tem a capacidade de transmitir as emoções das pessoas e esse é um importante elemento nas conversas. 

Em empresas grandes, em que há muitas pessoas em uma mesma sala simultaneamente, uma dica é usar a jamboard. Essa é uma ferramenta do Google que permite às pessoas expressarem sua opinião, até mesmo sem serem identificadas. 

“No mundo online existem várias ferramentas ou rituais que você pode explorar. É mais difícil, porque no ao vivo a reação é real time e no virtual você tem que provocar isso”, reflete Renata. 

Os cuidados também se estendem aos aplicativos de mensagem. A interpretação de texto envolve não só a habilidade de interpretação em si, mas o estado emocional de quem está lendo e até alguns “códigos de conduta”. Por exemplo, alguns podem interpretar um ponto de interrogação com um tom negativo, enquanto outros podem não enxergar dessa forma. 

Para não ocorrer problemas, é preciso estabelecer um alto nível de confiança e alguns alinhamentos. “O texto tira a emoção e dá a liberdade de interpretação, então precisa analisar o cenário e o contexto para entender a melhor ferramenta e a melhor forma de se comunicar.” 

Como os treinamentos podem ajudar a desenvolver a comunicação para a liderança? 

A diretora de negócios da SOAP destaca que a educação corporativa, no geral, é uma ótima ferramenta para aprender ensinamentos necessários para a vivência no ambiente corporativo, que muitas vezes não são compartilhados na escola ou na faculdade.  

Esse aprendizado pode ser alcançado por meio de outras ferramentas, como livros e filmes. Mas a vantagem dos treinamentos é oferecer um ensinamento diretamente alinhado às reais necessidades da empresa. De forma a garantir que ao final do curso os colaboradores tenham a capacidade de resolver problemas latentes na organização. 

A liderança precisa ter consciência dessa importância para estabelecer os treinamentos corporativos como ferramentas estratégicas para a melhoria da sua comunicação e da equipe como um todo. 

Também é importante destacar o papel da empresa dentro desse contexto, dando liberdade para a liderança e os colaboradores construírem esse processo. Ou seja, é a organização quem vai fomentar a cultura, de acordo com suas crenças e valores. 

“Tem empresa que acaba tendo uma cultura muito focada no resultado. É preciso tomar cuidado, porque o resultado só é feito por causa das pessoas e as pessoas só fazem seu trabalho bem se estão se sentindo confortáveis e valorizadas. Por isso a empresa tem que fomentar a cultura e cultivar valores que fazem com que as pessoas reconheçam as relações como um ativo muito grande para os resultados”, alerta a especialista. 

Como a SOAP pode te ajudar? 

A SOAP acaba de lançar o curso Fale como um líder com o objetivo de desenvolver a comunicação para liderança. Além de ajudar esses profissionais a estabelecerem um relacionamento de confiança com suas equipes. 

A formação se fundamenta em quatro pilares essenciais: 

  • Contar boas histórias e saber vender: como usar técnicas de storytelling para influenciar pessoas e criar projetos convincentes; 
  • Gerenciar emoções e encantar pessoas: aplicar fundamentos da inteligência emocional nas relações; 
  • Formação e gerenciamento de equipes: como identificar e gerenciar os cinco estágios na formação de uma equipe, aplicando os conceitos relacionados à liderança interpessoal e intrapessoal; 
  • Comunicação assertiva e não violenta: entender a diferença entre conflito e confronto e como se comunicar de maneira assertiva e não violenta. 

O conteúdo é distribuído por oito módulos, mais uma masterclass, pensados para ensinar a arte de falar como um líder. O curso é comandado por Carol Martins e Renata Catto, diretoras da SOAP e com ampla experiência em comunicação e liderança.

Está esperando o quê? Clique no botão abaixo e faça já sua inscrição! 



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