Descubra como a IA pode transformar a narrativa das suas histórias e quais são os limites para o uso dessa tecnologia
Quase dois anos após o lançamento da primeira versão do ChatGPT, a inteligência artificial (IA) continua impactando a forma como nos comunicamos e gerando discussões, que entre outros temas, envolvem questões éticas.
É cada vez mais habitual a presença da inteligência artificial no dia a dia, podendo, inclusive, influenciar a forma como construímos o storytelling, seja no âmbito pessoal ou profissional.
Contar histórias é uma habilidade intrínseca ao ser humano. Desde os primórdios da civilização, as narrativas têm sido utilizadas para transmitir ensinamentos, compartilhar experiências e conectar pessoas. Hoje, a IA está emergindo como uma ferramenta poderosa que pode transformar essa habilidade.
Um dos grandes questionamentos feitos, porém, é até que ponto essa tecnologia é capaz de capturar a essência das emoções humanas? As histórias criadas pela IA têm o mesmo potencial de gerar emoções e criar conexões que as narrativas criadas pelos humanos? Veja a seguir.
Mais que uma técnica de comunicação, o storytelling é uma forma de engajar, persuadir e impactar a audiência. Uma boa história pode gerar sentimentos de empatia, inspirar mudanças e conectar indivíduos de maneiras que os dados e as informações isoladas não são capazes.
No ambiente corporativo, a capacidade de contar histórias é especialmente bem-vinda, uma vez que pode ajudar a estabelecer uma comunicação mais efetiva e fazer a diferença entre o sucesso e o fracasso. Compreender como a IA pode auxiliar na construção de narrativas envolventes é fundamental para qualquer profissional que queira se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
Dentro desse contexto, a IA pode oferecer uma gama de ferramentas e recursos que facilitam a criação de storytelling.
Por exemplo, a IA é capaz de analisar grandes volumes de dados, identificando padrões e tendências que te ajudam a entender quais são as melhores abordagens para construir sua narrativa. Um cenário possível é utilizar a IA para compreender como seu público se sente sobre determinado tópico, ajustando suas histórias conforme a percepção da audiência.
Além disso, a IA pode analisar dados e usar as informações obtidas para personalizar histórias, tornando-as mais relevantes e envolventes. Por exemplo, plataformas de streaming utilizam algoritmos para recomendar conteúdos com base no histórico de visualização do usuário, criando uma experiência de narrativa personalizada.
Softwares de IA, como o já citado ChatGPT, também podem te ajudar a gerar textos a partir de prompts pré-definidos, facilitando a criação de narrativas. Esses sistemas são um bom suporte para aqueles momentos de bloqueio criativo, pois ajudam fornecendo sugestões de enredos para que você possa trabalhar a partir deles.
Leia também: 21 prompts para você contar histórias usando o ChatGPT
A maior questão dentro dessa história é entender quais são os limites para o uso da inteligência artificial no storytelling e em demais atividades corporativas. No geral, a capacidade da IA de gerar conteúdo e analisar dados é impressionante, mas ela não substitui a experiência humana.
Por isso, alguns pontos precisam ser considerados por quem quer usar a tecnologia como aliada na hora de construir suas narrativas.
A IA, por mais avançada que seja, não possui emoções. Ela pode identificar e replicar padrões, mas não pode sentir.
A construção de uma história autêntica muitas vezes requer uma compreensão profunda das emoções humanas, algo que a IA ainda não consegue oferecer. A conexão emocional que os seres humanos estabelecem ao contar uma história é difícil de replicar por máquinas.
Embora a IA possa gerar texto e sugerir ideias, ela se baseia em informações existentes. Isso significa que a criatividade gerada por IA é, em muitos aspectos, uma repetição ou combinação de conceitos já conhecidos.
Os humanos, por outro lado, carregam consigo referências e experiências distintas, o que lhes permite pensar fora da caixa e criar narrativas originais e inovadoras.
A eficácia da IA em storytelling depende da qualidade dos dados que a plataforma recebe. Dados tendenciosos ou incompletos podem resultar em narrativas distorcidas ou até mesmo prejudiciais e preconceituosas.
Portanto, é fundamental se atentar para a importância de dados precisos, para evitar a construção de um conteúdo com informações falsas ou enviesadas. Além de checar as informações fornecidas pela inteligência artificial.
Leia também: Inteligência artificial e criatividade: como conciliar e propor novas ideias?
Uma das questões mais intrigantes que surge ao considerar a utilização da IA em storytelling é a sua capacidade de traduzir sentimentos humanos. Enquanto ferramentas de análise de sentimentos podem identificar emoções em textos, isso não significa que a IA possa realmente compreender ou sentir essas emoções.
É verdade que algoritmos de análise de sentimentos podem ser usados para interpretar o tom de uma conversa, mas, ainda assim, essa interpretação é superficial.
A inteligência artificial pode identificar palavras e frases que expressam emoções, mas não consegue captar a nuance e o contexto que muitas vezes são necessários para entender sentimentos complexos.
Em outras palavras, a capacidade de compreender e conectar-se com os sentimentos de outra pessoa é algo que a IA não pode replicar. Historicamente, as narrativas que mais conectam com o público são aquelas que capturam as complexidades da experiência humana, algo que a IA ainda não consegue fazer plenamente.
A tecnologia, mesmo com todas as limitações, pode (e deve) ser usada como aliada. Veja algumas sugestões para integrar a IA de maneira eficaz na construção do seu storytelling:
A IA deve ser vista como uma aliada, não como substituta para o trabalho humano. Utilize a tecnologia para gerar ideias, analisar dados e criar conteúdos complementares, mas mantenha o controle da narrativa e a voz humana.
Utilize as capacidades analíticas da IA para aprimorar suas histórias com dados relevantes. Integre informações quantitativas de forma que complemente e reforce a mensagem que você deseja transmitir.
Ao contar histórias, priorize sua autenticidade como narrador. A IA pode ajudar a estruturar a narrativa, mas as emoções e experiências humanas devem ser a base. Compartilhe suas vivências e crie uma conexão emocional genuína com o público.
Você também pode usar a IA para coletar feedback sobre suas histórias. Isso pode ajudar a entender como a audiência está reagindo e quais elementos geram mais conexão com o público. Com base nesse feedback, você pode ajustar suas narrativas para melhor atender às expectativas e emoções do público.
A inteligência artificial está mudando a maneira como contamos histórias, oferecendo novas ferramentas e abordagens que podem enriquecer a narrativa. No entanto, é fundamental reconhecer que a essência do storytelling reside na capacidade humana de se conectar emocionalmente e comunicar experiências.
No treinamento “SOAP Storytelling”, são exploradas técnicas de storytelling para ajudar você e seu time a atrair a atenção do público de forma mais assertiva.
O treinamento ajuda a construir histórias emocionantes e que se aplicam a diferentes contextos corporativos, seja aquela reunião importante com um cliente até a elaboração de um briefing para sua equipe.
Os conteúdos abordados incluem:
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