Gestão de mudanças: como bons líderes devem agir?

No mercado atual, as forças externas que influenciam a empresa mudam o tempo todo.

Treinamento SOAP
10/04/2023
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No mercado atual, as forças externas que influenciam a empresa mudam o tempo todo. O que era um bom produto, uma tecnologia avançada ou um método de trabalho eficiente, amanhã pode já não ser uma atividade de ponta. Por isso, a sobrevivência e o crescimento passam cada vez mais pela gestão de mudança.

As empresas demandam lideranças capazes de tocar esse processo. São os gestores que vão guiar os colaboradores, usando de suas habilidades de comunicação para engajar pessoas e desenvolver a organização.

Logo abaixo, abordamos a importância de capacitar as lideranças para realizar um gerenciamento de mudanças mais efetivo. Não deixe de conferir!

A gestão de mudança como fator-chave para o desenvolvimento organizacional

Gestão de mudança é um processo de desenvolvimento organizacional. Nele, as empresas:

  • enxergam as forças internas e externas que influenciam seus resultados;
  • identificam lacunas de desempenho;
  • oferecem respostas adequadas para permanecerem competitivas no ambiente de negócios.

Enxergar as forças significa entender as condições que podem servir de gatilho para a mudança organizacional:

  • forças internas — novas ideias, insatisfações com a produtividade, custos elevados, falta de qualidade de vida no trabalho etc.
  • forças externas — hábitos de consumo, surgimento de tecnologias, ações dos concorrentes, resultados do benchmark (modelo de sucesso comparável com as atividades da empresa) etc.

Ao observar esses fatores, a empresa pode definir padrões de qualidade: como a organização espera estar diante de tais circunstâncias. Se houver uma grande diferença entre a expectativa e a realidade, é a hora de atuar para reduzir essa lacuna de desempenho.

Para ilustrar, imagine uma fábrica de produtos enlatados. Diante de uma nova tecnologia para automatizar, acelerar e reduzir custos, nasce um padrão de desempenho. Esse estímulo pode ser comparado a performance atual da organização. E, dependendo do resultado dessa comparação, pode ser a hora da mudança.

O gerenciamento de mudanças atua no planejamento, execução e controle das medidas adotadas. Assim, impacta o desenvolvimento organizacional, ou seja, o processo da empresa adquirir competências mais adequadas para os seus desafios de negócios, atuais e futuros.

Perceba que, sempre que falamos em empresa, estamos nos referindo também à liderança. Quem exerce essa função, seja no comando de uma pequena equipe, seja no cargo mais alto da empresa, será um agente fundamental no processo.

O papel das lideranças na mudança organizacional

A mudança não acontece de uma hora para outra. Em “Introdução à Teoria geral da administração”, 9ed, Chiavenato divide o processo em seis etapas que vão promover o descongelamento, a mudança e o recongelamento das práticas. Em cada uma, podemos enxergar uma forte atuação dos líderes.

Suspensão

Tudo começa pelo momento em que a empresa desperta para a necessidade de mudança. Logo, precisa abandonar radical ou gradativamente os antigos comportamentos.

A liderança exerce um papel de comunicação fundamental, pois o desafio dessa etapa é a conscientização das pessoas. Quanto menos opositores e mais promotores da mudança, maiores são as chances de o processo ser rápido e eficiente.

Quem está à frente da equipe precisa ser transparente sobre as insatisfações e necessidades de melhorias, criando um ambiente de confiança. Além disso, terá de vender a ideia de um futuro melhor.

Dedique-se bastante ao diálogo e às apresentações profissionais para conscientizar as pessoas sobre o projeto.

Redirecionamento

As lideranças precisam realizar uma comunicação assertiva com as equipes. Isso porque, além de conscientizar e fazer as pessoas perceberem a necessidade de mudanças, será preciso orientar sobre quais são as transformações.

Para engajar e contar com o apoio interno, a mudança não pode ser algo abstrato e incerto. Cabe a liderança se comunicar para que todos enxerguem o que se pretende realizar com clareza e objetividade.

Resumindo, o foco dessa etapa é a percepção sobre o que não funciona e sobre qual é a mudança proposta.

Transformação

As pessoas terão de aprender os novos padrões que a empresa deseja implementar. Aquisição de tecnologia, capacitação, workshop, contratação de colaboradores e diversas outras ações podem ser realizadas nesta etapa.

Para liderança, o trabalho consiste em orientar sobre os novos comportamentos, oferecer feedbacks e alinhar as expectativas. Até porque, muitos aceleradores da mudança, como motivação e engajamento, dependem da maneira como a liderança se comunica com o time.

Aliás, a gestão de mudança é um processo que gera desgaste e oposição. Por isso, a liderança precisa persuadir as pessoas com sua comunicação, para não depender de atitudes coercitivas. Do contrário, a resistência só vai aumentar, e o clima na equipe não será nada bom.

Cristalização

Os novos comportamentos precisam ser reforçados continuamente para que as equipes não voltem à zona de conforto. Só assim, com o tempo, os velhos hábitos vão ser substituídos por novos.

A liderança faz a gestão de mudança no dia a dia. Com seus feedbacks positivos ou negativos, quem está à frente do time cria a moldura dentro da qual os colaboradores precisam atuar.

Junto a isso, a comunicação transparente será importante para prestar contas ao grupo. Novas apresentações e exposição de resultados podem contribuir para as pessoas perceberem o progresso realizado em direção à mudança.

É o momento de enfrentar a resistência interna e reforçar continuamente os novos comportamentos pelo diálogo.

Prototipação

A seguir, as novas práticas começam a ganhar forma e tornam-se cada vez mais constantes na maneira como as pessoas atuam. A liderança, então, terá o papel de disseminar esse conhecimento na sua área de atuação.

Muitas vezes, os entusiastas da mudança já estão adaptados, mas é preciso expandir esses padrões para alcançar a todos. Reforçar, incentivar e alinhar expectativas são algumas das habilidades de comunicação nessa fase.

É importante que a liderança saiba não apenas se expressar bem, mas consiga adaptar a linguagem a diferentes perfis. É o momento de formatação das novas práticas e de levar esse conhecimento de forma compreensível para todos.

Institucionalização

Por fim, os novos comportamentos se tornam parte da empresa. Porém, o trabalho das lideranças não termina nesse ponto. Afinal, o que antes estava dentro do guarda-chuvas da gestão de mudança, agora é abraçado pela gestão do desempenho.

Metas, desenvolvimento de pessoas, contratação, demissão e diversos outros processos passam a ter os novos parâmetros como base. A liderança permanece com a sua atuação, usando da comunicação para extrair o melhor das pessoas.

Por que as lideranças devem desenvolver as habilidades de comunicação

As habilidades de liderança vão ser determinantes em todas as etapas. Há uma série de tarefas que só podem ser concluídas com qualidade se tivermos uma boa comunicação:

  • conscientizar sobre a necessidade da mudança;
  • fazer as pessoas perceberem o que há de errado;
  • transmitir os objetivos e torná-las palpáveis para os colaboradores;
  • realizar apresentações profissionais de alto impacto para convencer ou reforçar a necessidade mudança;
  • saber se comunicar com diferentes pessoas para disseminar o conhecimento na equipe;
  • dar feedbacks e alinhar as expectativas;
  • incentivar a mudança e reconhecer o esforço da equipe.

A verdadeira liderança é impossível separar da comunicação. Se queremos influenciar e engajar pessoas, sem depender da coerção que podemos fazer com os poderes do cargo, dependemos da linguagem verbal e não verbal.

Por isso, aqui na SOAP, desenvolvemos uma capacitação que trabalha liderança e comunicação de forma integrada. Assim, os gestores podem ser transformados lideranças de alta performance:

  • dominar os tipos de liderança;
  • reconhecer e identificar emoções;
  • gerenciar mudanças;
  • aplicar feedback na prática de maneira efetiva e empática;
  • saber como formar equipes de alta performance;
  • gerenciar conflitos;
  • adotar uma comunicação não violenta (CNV);
  • criar conexões com Storytelling;
  • planear tendo consciência sobre a situação de comunicação;
  • saber avaliar quem é seu público.

Com essas skills, as lideranças terão meios para realizar uma gestão de mudança efetiva, minimizando a resistência interna e acelerando as transformações. Por isso, a capacitação é uma excelente opção para empresas que precisam desenvolver continuamente para atingir seus resultados, assim como para gestores que buscam o crescimento profissional.

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