Todas as histórias já foram contadas, assim começa “A Poética de Aristóteles”, um dos primeiros livros da história a tratar de estrutura narrativa.
Todas as histórias já foram contadas, assim começa “A Poética de Aristóteles”, um dos primeiros livros da história a tratar de estrutura narrativa. Bem, se antes de Cristo, todas as histórias já tinham sido contadas, imagine agora, mais de 2.000 anos depois? Com tantos livros, peças, filmes, músicas e palestras disponíveis, é possível imaginar que quase tudo que precisa ser dito, já foi dito.
No entanto, muitas vezes é preciso dizer de novo o que já foi dito, redito e repetido. E aí entra o desafio de o que fazer para prender a atenção das pessoas. A intenção aqui não é falar da importância do visual dos em uma comunicação e, em especial, em uma apresentação de slides.
Nem citar as teorias de Albert Mehrabian, a favor do visual e do não verbal, ou do Christopher Witt, que acha tudo isso uma bobagem e que o conteúdo é o rei. A ideia é falar de como a forma, às vezes, é quase tudo. Peguemos um exemplo recente do cinema.
Gravidade, filme do diretor mexicano Alfonso Cuáron, recebeu 7 estatuetas no Oscar 2014 e causou furor em seu lançamento.
Na verdade, conta uma história simples: astronauta no espaço tem nave e equipe destruídas e precisa encontrar um jeito de sobreviver. No entanto, com a forma que o filme tem, esse fiapo de história causa uma experiência inesquecível.
Tudo bem, mas e em apresentação. O que isso tem a ver? Bem, você pode tornar um gráfico muito mais impactante e relevante com uma forma diferenciada ou então destacar o que é importante da beleza do slide cheio de texto com uma diagramação bem feita.
Mas forma não é apenas design ou a beleza do slide. Forma é o jeito que temos para contar uma história de trás para frente, com vários pontos de vista, indo e voltando no tempo, fazendo associações…
Ou seja, colocando algum tempero que faça com que a nossa audiência se interesse pelo que estamos dizendo e se engaje pelo que estamos propondo.
É o caso do Andrew Stanton, que em uma palestra no TED sobre alguns fatores que fazem uma história funcionar, preferiu não passar uma lista de coisas para fazer, mas dar uma forma diferente e muito melhor. Vejam só:
Andrew Stanton não falou nada além do que muitos outros já falaram, mas fez de uma forma tão diferente e impactante que conseguiu emocionar e cativar a audiência.
Por isso, quando você for fazer uma apresentação em que precise dizer algo que já foi dito, redito e repetido milhares de vezes, pense em dar a ela uma forma nova, diferente e especial, que consiga criar uma experiência arrebatadora como Gravidade, empolgante como Get Lucky ou emocionante como The Clue to a Great Story.
Com todo esse conhecimento em mãos, não pare por aqui. Assista aos episódios exclusivos sobre técnicas de apresentação que a SOAP preparou!