Aprenda técnicas para ajustar sua fala conforme o perfil da audiência, sem perder a essência da mensagem
Você já apresentou a mesma palestra em dois lugares diferentes e, em um deles, ela simplesmente não funcionou? Isso acontece quando esquecemos de adaptar um discurso ao público. A mensagem é a mesma, mas o jeito de contar precisa mudar.
Adaptar um discurso não é sobre falar outro assunto, mas sim transformar a forma. É contar a mesma história de modos diferentes, com palavras, exemplos e conexões que façam sentido para quem está ouvindo.
Porque, no fim, comunicar bem não é impressionar. É ser compreendido.
Neste artigo, você vai entender a importância de adaptar a sua fala e técnicas para fazer um discurso com foco em diferentes públicos.
Muitas pessoas que discursam em público acreditam que uma boa apresentação será igual para qualquer audiência, mas não é bem assim.
O que causa emoção em um grupo pode gerar tédio em outro. O que esclarece um assunto para uma audiência pode confundir outra.
Vamos a um exemplo: imagine um biólogo que apresenta uma palestra sobre ecossistemas marinhos para estudantes universitários da área. É natural que ele use termos técnicos, conceitos avançados e uma linguagem acadêmica. Mas e se ele for convidado para repetir essa palestra em um projeto social com jovens do ensino médio? Se usar o mesmo discurso, provavelmente encontrará rostos perdidos e perguntas sem resposta.
Por isso, adaptar o discurso não é só uma escolha, é uma forma de respeito. E mais: uma boa oratória envolve reconhecer que cada público tem referências, valores e modos de se comunicar distintos.
Em um mundo cada vez mais diverso, essa habilidade virou um grande diferencial.
Se a mensagem não é compreendida, ela simplesmente não existe. Falar, nesse caso, vira ruído. Já quando a comunicação é adaptada, ela se torna relevante e capaz de gerar resultados.
Você já entendeu que é preciso adaptar o discurso para públicos diversos. Mas como fazer isso sem perder o sentido? Veja estratégias para aplicar nas suas próximas apresentações:
Antes de elaborar o seu discurso, primeiro pesquise para quem ele será direcionado.
Responder essas perguntas ajuda a ajustar o tom, ritmo e profundidade da sua fala.
Evite o uso de jargões técnicos, a menos que esteja se comunicando com um público que realmente exija esse tipo de linguagem.
Palavras complexas não impressionam, apenas são mais difíceis de entender.
Ao invés disso, prefira termos claros, frases diretas e exemplos do dia a dia.
É importante lembrar que o objetivo não é falar difícil e sim ser compreendido.
Storytelling é a capacidade de contar histórias de forma envolvente. Ou seja, é transformar conceitos em algo próximo e inesquecível para o ouvinte.
E para ser cativante, a ideia precisa ser contada de jeitos diferentes, dependendo da plateia.
Para executivos, use exemplos de liderança e tomadas de decisão. Já para públicos mais jovens profissionais, histórias de aprendizado e superação geram mais identificação.
A diferença está na narrativa que aproxima a mensagem da realidade de quem ouve.
Exemplos e metáforas ajudam a explicar conceitos de forma rápida. Mas só funcionam quando fazem sentido para quem escuta.
Uma referência a um filme clássico pode funcionar com um público mais maduro, mas passar despercebida entre jovens da Geração Z.
Por isso, escolha comparações que façam parte do universo do público específico. Isso torna a mensagem mais próxima e fácil de entender.
Ter um roteiro é fundamental, mas seguir cada linha à risca nem sempre funciona.
Se o público demonstra confusão, desinteresse ou perde o ritmo, é preciso mudar a estratégia.
Observe as reações durante a fala e, se for necessário, mude o tom, o exemplo ou a ordem das ideias.
A apresentação precisa fazer sentido para o ouvinte, mesmo que isso exija sair um pouco do planejamento.
Durante a sua apresentação, abra espaço para interações para que o público faça perguntas e comentários.
Ouvir o outro ajuda a perceber dúvidas e ajustar a explicação no momento certo. Muitas vezes, as próprias dúvidas trazem pistas sobre o que precisa ser mudado.
O corpo também comunica. Gestos, tom de voz e expressões precisam estar em sintonia com o ambiente.
Em contextos formais, a recomendação é evitar exageros. Públicos mais descontraídos, por outro lado, podem demandar uma postura mais leve.
O ideal é ficar atento e fazer adaptações conforme a situação.
Apresentações com muitos dados podem funcionar em contextos técnicos, mas confundem quem não domina o tema.
Para públicos mais amplos, prefira slides simples, com poucos textos e recursos visuais que facilitem o entendimento.
Clareza visual mostra que o orador se preparou para encarar aquele público.
É comum ver profissionais passando horas preparando “a apresentação perfeita”, e depois frustrados porque ela não teve o impacto esperado.
Isso acontece porque não existe discurso perfeito para todo tipo de público. Mas sim uma comunicação para cada contexto.
Se você seguir as dicas acima, estará pronto para contar a mesma história de diferentes formas, sem perder o sentido ou a força.
Adaptar um discurso é uma habilidade que se aprende com prática e orientação. Não é preciso ter talento natural, é possível desenvolver essa técnica.
O treinamento Comunicação Assertiva , da SOAP, é feito para profissionais que querem aprimorar técnicas para criar e adaptar seus discursos em diferentes desafios corporativos.
Durante o treinamento, são abordados temas como:
Além disso, você e sua equipe vão entender como trabalhar sua comunicação verbal e não verbal, dar feedbacks mais claros e tornar suas apresentações mais eficazes.
Conheça o treinamento SOAP Comunicação Assertiva e fale com nossos especialistas.
