Imagine a seguinte situação: você terá de fazer uma apresentação para um público de outro estado.
Imagine a seguinte situação: você terá de fazer uma apresentação para um público de outro estado. Então, na hora de preparar a comunicação, você escolhe cuidadosamente as referências que, na sua opinião, vão cativar a audiência. Só que a escolha tem como parâmetro a sua percepção da região, em vez do que chamaria atenção dos diferentes perfis de uma audiência. Chega o dia e, em vez de uma plateia animada e engajada, você só vê bocejos. Ou pior: vê expressões irritadas com um eventual preconceito.
Isso é mais comum do que você imagina. São muitos os apresentadores que não consideram para valer os perfis de uma audiência na hora de montar a roteiro. Aí, é provável que usem uma linguagem muito técnica, que deem informações erradas ou repetidas, entre outros deslizes. É de se imaginar que o público vá focar em tudo, menos no que está sendo apresentado.
Conhecer os perfis de uma audiência é a melhor maneira para conectar apresentador e público. Você não conseguirá construir essa ponte sem empatia, que é colocar-se no lugar do outro, buscando entender suas opiniões e emoções. Não é sentir o mesmo, ou concordar sempre com as outras pessoas, mas sim respeitar e compreender o que elas pensam, sentem e falam.
“Mas existem audiências muito diferentes!”, você pode argumentar. É verdade, mas, ao longo da nossa experiência, percebemos que existem perfis mais definidos de audiência, com comportamentos que se repetem. Para te ajudar a se aproximar desses perfis, construindo uma relação de empatia, preparamos a lista abaixo. Confira!
Conforme o nome já diz, pessimistas costumam ser as pessoas que pensam que você não está dizendo algo que se aplica à realidade dela e que, provavelmente, não dará certo. Lidar com esse perfil implica, assim como os demais, o exercício de empatia. Além de gentileza no tom de voz.
Quando se deparar com um pessimista em suas apresentações, diga que, com essa visão, ele não sairá da zona de conforto, e não poderá conhecer novas soluções. Convença-o de que, antes de emitir qualquer julgamento, é preciso tentar.
Não saber o que o público está pensando é, possivelmente, um dos maiores obstáculos em uma apresentação profissional. Mesmo que as pessoas não digam o que se passa em suas cabeças, é possível criar teorias por meio de suas expressões, gestos e até mesmo posturas.
Se encontrar alguém assim pela frente, não se deixe abater. Às vezes, é justamente esse cara, o mesmo que não apresenta nenhum tipo de expressão, que está aproveitando 100% de sua palestra. Já diz o ditado: “quem vê cara, não vê coração”.
Assim como costuma acontecer no colégio com aquele aluno que interrompe as aulas para provar ao professor o quanto é inteligente, nas apresentações profissionais também temos o sabe-tudo. É o tipo de pessoa que coloca você à prova o tempo todo. Discorda de quase tudo e ainda te interrompe durante sua palestra com a intenção de te desafiar.
Pessoas que fazem isso gostam de chamar a atenção, por isso, dê o que elas querem e traga-as para o seu lado. Use-as sempre como exemplo, converse, pergunte se elas concordam e por quê. Valorize o ego delas, exatamente da forma que elas desejam, colocando-as no centro das atenções.
Muitas vezes, pessoas com esse perfil querem apenas mostrar serviço para algum superior presente, e acabam fazendo perguntas em horas erradas. É claro que questionamentos são sempre bem-vindos durante as palestras, mas com moderação.
Por isso, procure ser o mais objetivo possível em suas respostas. Do contrário, ele ou ela pode acabar desrespeitando o tempo dos demais.
É aquele que não para de conversar com os outros. A figura que atrapalha a concentração dos demais e, como consequência, a do palestrante. Para esse perfil, a melhor solução é fazer com que a pessoa entre no clima da palestra.
Uma boa saída é se dirigir a ela quando for interagir com a plateia. Para isso, use o nome da pessoa. Procure deixar claro o motivo de vocês estarem ali, e siga em frente.
Orientador é, normalmente, a pessoa responsável pela contratação da sua palestra. Em geral, ele ou ela costuma dizer o tempo todo o que você deve fazer, temendo que algo saia do planejado durante o evento.
Para lidar com esse tipo de perfil, o ideal é tentar acalmá-lo. Mostre empatia dizendo que entende a apreensão, mas que faz isso há muito tempo e tem experiência — se for o caso. Ou, então, diga que pesquisou sobre a empresa e tudo que será apresentado corresponde com o perfil e conteúdo esperados.
Atualmente, esse é o perfil mais comum. São pessoas que vivem no celular, mandando mensagens, distraindo-se com jogo e até redes sociais.
No caso de pessoas que não se desconectam nem por um segundo, a prática de chamar pelo nome pode ser bem útil. Outra ideia é que, ao se deslocar, você se posicione na frente ou perto da pessoa. Assim, ela ficará constrangida por estar desatenta, evitando pegar o celular na mão.
Esse também é um perfil bem comum em palestras. Quando você menos espera, ele cai no sono e leva toda sua concentração com ele.
Com os ‘sonecas’ de plantão, o ideal é aplicar as mesmas técnicas utilizadas para lidar com aqueles que não desligam nunca. Nesse caso, porém, é preciso ter certa sensibilidade, afinal, é possível que isso ocorra por problemas que não deixaram que a pessoa dormisse na noite anterior.
E aí, você já encontrou algum desses perfis em suas apresentações?
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