Baixa produtividade e Burnout estão entre principais consequências do excesso de pressão
A pressão no trabalho é um dos principais motivos da baixa produtividade e do desenvolvimento de doenças mentais, como a síndrome de Burnout. Uma pesquisa revelou que 70% dos diagnósticos em pacientes com essa doença são advindos do trabalho, tanto que ela foi classificada como ocupacional a partir de 2022.
As causas da pressão no trabalho são variadas — como prazos de entrega curtos, metas profissionais, problemas pessoais (principalmente financeiros), insegurança, desequilíbrios emocionais e cobranças excessivas por parte da liderança.
Com a transformação digital e o aumento da competitividade das empresas, muitos consideram normal ver empresários correndo com prazos, pessoas sempre ocupadas trabalhando e infinitas horas extras. Mas onde vamos parar se continuarmos assim?
Para começar essa conversa, precisamos entender que pressão não é sinônimo de resultado e também que ansiedade faz com que sejamos menos produtivos.
De acordo com o relatório “Diretrizes sobre Saúde Mental no Trabalho”, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de 2022, estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares.
Ou seja: não estamos no caminho certo. É hora de recalcular a rota.
Esse é um problema mundial que merece a nossa atenção, especialmente considerando o agravante da pandemia do coronavírus, que piorou esse cenário para muitas pessoas.
Se você sente que está sobrecarregado e com crises de ansiedade no seu trabalho, este artigo é para você.
Acompanhe as 7 maneiras que preparamos para lhe ajudar a lidar com essa pressão excessiva e nada saudável no trabalho. Vamos lá?
Há duas fontes de pressão no trabalho: a externa e a interna. A externa é aquela gerada por cobranças excessivas dos superiores e competitividade entre os colaboradores.
Já a interna é aquela que você mesmo desenvolve. Ou seja, a pressão que causamos pela maneira com a qual reagimos ao sermos demasiadamente cobrados. Então, o primeiro passo para reduzir esse problema é organizar a sua rotina.
O filósofo grego Sócrates, há 2500 anos, dizia ironicamente que gostava de deixar as tarefas para última hora, porque estaria mais velho, logo, mais sábio.
Mas, convenhamos: no nosso dia a dia isso não funciona. A desorganização, além de prejudicar os prazos e a produtividade, com o tempo vai deixar a sensação de acúmulo de trabalho.
Para evitar isso, organize e clareie a sua agenda, assim é possível identificar as prioridades.
Organize tudo o que você precisa fazer na semana. Anote suas tarefas; há estudos que indicam que o ato de anotar nos faz fixar e focar nos nossos afazeres.
Com o seu tempo organizado e prioridades estabelecidas, organize também o seu local de trabalho. A bagunça, por mais que passe despercebida, pode gerar um estado de estresse ainda maior.
Para acabar ou minimizar um problema, é preciso identificar a fonte dele. O mesmo acontece com esse estado de estresse laboral.
Você precisa identificar as causas da pressão no trabalho e ver quais são as suas alternativas para ficar mais aliviado na sua vida profissional.
A pressão vem da liderança? Ou você se cobra demais? É desorganizado e depois recebe cobranças? Está em uma profissão extremamente estressante?
Uma maneira de identificar as fontes de pressão é observando os acontecimentos e momentos em que o seu estado emocional é alterado.
Além disso, você pode reservar um tempo, após o trabalho, para refletir sobre os gatilhos e rever a sua vida profissional. Como dizem: “nenhum CNPJ vale um AVC”.
Seu chefe pediu para ficar após seu horário? Seu colega de trabalho pediu para cobri-lo só por mais um dia?
Uma das causas da pressão no trabalho pode ser o excesso de cobranças, mas também o excesso de ajuda aos outros.
Saber trabalhar em equipe é essencial em qualquer organização. Mas, você não precisa se sacrificar para ser bonzinho o tempo todo. Saiba estabelecer limites para que não fique em estado de esgotamento físico e mental.
Além de saber dizer não, é preciso pedir ajuda quando sentir que não conseguirá executar as tarefas estipuladas pelos gestores.
Estaríamos na obra de Alice no País das Maravilhas se falássemos que você não vai precisar trabalhar após o horário, levar trabalho para casa ou se desligar da sua vida profissional nos finais de semana e feriados. No mundo real, não temos um botão para desligar.
No entanto, reforçamos o que falamos no tópico anterior: precisamos saber impor limites, tanto aos outros quanto para nós mesmos. Entenda que trabalhar nos finais de semana ou depois do expediente não adoece ninguém, mas “permitir” que essa prática se torne constante e afete sua vida pessoal, sim.
O que é prejudicial para a saúde e para a nossa vida social é a maneira como lidamos com os desafios e frustrações do trabalho. Levar problemas do trabalho para casa pode nos trazer prejuízos com o tempo, se isso virar uma rotina.
Diversos estudos na área da neurociência já comprovaram que o nosso cérebro consegue ficar concentrado somente durante 30 minutos, mas pode chegar até 90. Após esse período, as portas ficam abertas para a procrastinação.
Na verdade, essa é a receita perfeita para a pressão no trabalho: falta de foco + procrastinação + sentimento de culpa por não ter produzido + atrasos na entrega = pressão e ansiedade.
Sabia que a sua produtividade e o seu descanso podem estar nas pausas que você não faz?
Então, aqui vai mais uma dica: faça pequenas pausas durante o seu expediente. Pelo menos a cada duas ou três horas de trabalho, um pequeno intervalo para alongar as costas, os braços e as pernas. De 10 a 15 minutos já são o suficiente para o seu cérebro retomar o fôlego.
Procure ser transparente na comunicação com os seus gestores e se abra quando a rotina estiver pesada demais para você. Seja franco ao sentir que o volume de trabalho está prejudicando a sua saúde e produção. Isso não é um ato ou sinal de fraqueza e sim de autoconhecimento pessoal e profissional.
Sabemos que nem todas as lideranças são acessíveis ao diálogo com os seus colaboradores, por se preocuparem apenas com a produção e com os seus resultados. Assim como também há profissionais com receio de se abrirem sobre a pressão no trabalho e perderem espaço na empresa.
Outro cenário comum é o de profissionais com medo de expor problemas com a sua saúde mental, principalmente aqueles que estão sendo gerados por pressão no trabalho, e serem taxados de fracos ou incompetentes por não darem conta de suas tarefas.
Nesses casos, é importante reavaliar a sua vida profissional na empresa. Será que vale a pena estar em uma companhia que não zela e que não cuida da saúde dos seus colaboradores?
Talvez seja o momento para repensar as suas prioridades e de sair em busca de novas oportunidades. Saiba que, independentemente do ramo que você trabalhe, sempre haverá empresas que prezam e desenvolvem programas para favorecer o bem-estar e a saúde física e mental dos seus funcionários.
Normalmente, as empresas preparam os postos de trabalho para os seus colaboradores conforme as suas funções. Mas, com a crescente onda do home office, muitas pessoas não preparam os locais onde trabalharão em suas residências.
Organizar o local de trabalho em casa é uma maneira de criar um ambiente que traga bem-estar durante o expediente.
Para isso, é necessário ter uma cadeira de escritório confortável, uma mesa apropriada, armários para organizar itens, além de uma boa iluminação e ventilação.
Novamente, recomendamos o diálogo com a liderança da empresa. Saiba que providenciar ferramentas de trabalho para os colaboradores é dever da organização para a qual você presta serviço.
Sendo assim, você não tem obrigação de adquirir por conta própria, com seus recursos financeiros, equipamentos para as suas atividades laborais.
Cabe uma ressalva aqui: sabemos que o número de profissionais trabalhando com vínculo empregatício, mas sem formalização, é expressivo. E, nesses casos, geralmente não há auxílio da empresa no momento de preparar seu home office. Nesses casos, tente se organizar o máximo que puder, dentro das suas condições.
A inteligência emocional é a capacidade que devemos desenvolver para lidarmos com as nossas emoções. Trata-se de entender os nossos sentimentos e estados de humor e usá-los ao nosso favor.
Esse é um dos maiores segredos para lidar com as relações interpessoais, construir relacionamentos saudáveis e sabermos gerenciar os momentos de pressão no trabalho.
A pessoa emocionalmente inteligente sabe os momentos certos de agir, de parar, de descansar e pensar. No entanto, essa não é uma habilidade desenvolvida do dia para a noite. É preciso trabalhar e se policiar em relação às suas emoções.
Confira 5 motivos para desenvolver sua inteligência emocional.
No âmbito das empresas, trabalhar as relações interpessoais e, sobretudo, a comunicação é fundamental para que redução dos ruídos. A SOAP é especialista em treinamentos corporativos sobre comunicação.
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