Comunicação assertiva pode e deve ser usada para melhorar a eficácia da sua equipe e alcançar resultados esperados
Em 2025, com equipes cada vez mais diversas e ambientes de trabalho híbridos, conquistar credibilidade e estabelecer uma comunicação assertiva tornaram-se desafios ainda mais complexos para os líderes.
Não é à toa que a maioria das empresas valoriza a comunicação na hora de escolher seus gerentes. Pesquisas indicam que 88% dos CEOs consideram a comunicação interna um fator estratégico para o sucesso organizacional, e 74% das empresas enfrentam o desafio de engajar suas lideranças como comunicadores.
Quem é assertivo evita mal-entendidos, fomenta o engajamento da equipe e consegue expor suas ideias e necessidades de forma eficaz. Consequentemente, essa pessoa colhe mais produtividade nos processos.
Especialmente cargos de liderança exigem essa habilidade. Imagine um profissional que precisa dar feedbacks constantemente, realizar treinamentos, dar instruções, mas se comunica mal? Esta seria a receita do fracasso. A boa notícia é que a assertividade é uma habilidade que pode ser trabalhada!
Comunicação assertiva é a capacidade de expressar o necessário de forma eficaz. Em outras palavras, é se fazer ser bem e completamente compreendido, sendo objetivo, claro e coerente.
Muitas pessoas confundem assertividade com agressividade ou insensibilidade. Mas a comunicação assertiva é empática, ou seja, não deixa de lado as necessidades e reações de quem recebe a mensagem.
Ser assertivo também não significa ser arrogante ou “falar difícil”. Pelo contrário, o objetivo principal dessa habilidade é se fazer bem compreendido, portanto, a comunicação é sempre adaptada para o contexto e necessidades do interlocutor.
Em resumo, podemos dizer que a comunicação assertiva é:
Construir uma comunicação assertiva na prática pode ser mais difícil do que se imagina, mas pode revolucionar as relações interpessoais e a autoridade de um líder.
Caso queira se aprofundar mais sobre o assunto, veja no vídeo abaixo dicas práticas do nosso instrutor Rodrigo Possert:
De acordo com um estudo da Gallup, empresas com líderes que se comunicam de forma clara e transparente apresentam um aumento de 17% na produtividade e 23% na lucratividade.
Uma pesquisa de 2018 da The Economist — Communication barriers in the modern workplace (Barreiras de comunicação no ambiente de trabalho moderno, na tradução livre) — também mostrou como a má comunicação impacta negativamente os resultados de uma equipe e da empresa como um todo.
Mais de 44% dos 403 entrevistados disseram que esse gargalo causou atrasos e falhas na conclusão de projetos e 18% afirmaram que levou à redução de vendas.
Mais da metade das pessoas também relatou estresse e desânimo em equipes com comunicação mal desenvolvida.
Portanto, mais do que se sentir compreendido, a comunicação assertiva é fundamental para melhorar os resultados de um time e os relacionamentos interpessoais. Ela traz benefícios para quem fala, para quem escuta e para todo o ecossistema empresarial.
Um líder assertivo consegue:
Ser assertivo pode verdadeiramente mudar uma equipe e ser um diferencial de pessoas em cargos de liderança para construir uma trajetória de sucesso.
Quer saber mais sobre as principais dificuldades da comunicação nas empresas? Conheça nosso infográfico gratuito:
A comunicação assertiva não é um dom, como muitos parecem pensar. Assim como outras skills, é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada.
Existem práticas simples que qualquer líder pode começar a implementar agora e ver resultados imediatos.
Para começar, é importante saber que existem seis elementos fundamentais na comunicação assertiva:
Mas a teoria é apenas a fase inicial deste aprendizado. É necessário agir para ver os resultados de uma comunicação assertiva.
A seguir, veja dicas que todo líder pode implementar em seu dia a dia para construir uma comunicação assertiva.
A habilidade de ir direto ao ponto é uma das principais aliadas da comunicação assertiva.
Quem é direto economiza o próprio tempo e o tempo do receptor, além de reter melhor a atenção de quem ouve.
Isso não significa falar rápido demais, nem cortar coisas que precisam ser ditas. Objetividade é garantir que tudo que é importante tenha sido transmitido no tempo adequado, sem a famosa “encheção de linguiça”.
Linguagem corporal também faz parte do processo comunicativo. Ter boa postura, apresentar-se com roupas adequadas ao contexto e expressar-se bem mudam a forma como o receptor recebe a mensagem.
Ao falar, seja em treinamentos ou apresentações, ou até mesmo em uma troca cotidiana com um colaborador, fale olho no olho. Não incline os ombros como se estivesse intimidado, mas também não empine o nariz como se fosse superior.
A comunicação assertiva é, acima de tudo, empática. Isso quer dizer que o emissor deve buscar se colocar no lugar de quem escuta e, assim, pensar qual seria a forma mais eficiente de se fazer compreendido.
Ao planejar um treinamento, pense primeiro nas pessoas que estarão ali: qual linguagem é mais adequada para elas? Que tipo de elementos podem chamar a atenção do grupo?
Uma apresentação para um time jovem e dinâmico, por exemplo, pode ser mais descontraída. Por outro lado, se estiver falando com profissionais mais tradicionais, excesso de descontração pode soar como falta de profissionalismo.
Ainda conectado à dica acima, empatia também passa por prestar atenção. Ao fazer uma apresentação ou qualquer tipo de comunicação, observe a reação de quem escuta para calibrar o discurso.
Prestar atenção no outro enquanto fala pode ajudar a identificar rapidamente se você foi bem ou mal compreendido, ou se precisa, por exemplo, ajustar a comunicação para conquistar novamente a atenção do receptor.
Uma pessoa assertiva, além de se comunicar muito bem, é coerente e possui embasamento. Jamais defenda uma postura, ideia ou dê orientações sem antes ter na ponta da língua o porquê disso.
Ter embasamento dá mais credibilidade ao emissor, diminui as chances de contestações (embora elas também sejam bem-vindas, na medida) e faz os receptores se sentirem mais confiantes para seguir o que foi dito.
Algumas condutas podem levar por água abaixo a qualidade das relações interpessoais, no trabalho e na vida. Claro que deslizes acontecem, mas o líder que quer desenvolver uma comunicação assertiva precisa evitar estas atitudes:
A arrogância é a inimiga número 1 do discurso embasado e diretamente oposta à comunicação assertiva. Uma pessoa arrogante não aceita novas ideias, subestima o potencial dos outros e é presunçosa.
Isso contribui para intimidar colaboradores e consequentemente reduz o engajamento.
A arrogância também compromete a credibilidade do gestor, pois acaba transmitindo uma imagem inflexível e vaidosa.
Como aprendemos acima, a comunicação assertiva precisa ser empática. Desta forma, o emissor consegue calibrar seu discurso conforme o receptor e o contexto.
A falta de sensibilidade o impede de reparar o ambiente ao redor, em como as pessoas estão se sentindo e as necessidades do grupo. E isso, certamente, compromete a eficiência do discurso.
Para a comunicação ser assertiva é recomendado adotar as condutas adequadas
A assertividade também exige uma dose de cautela. Falar antes de pensar permite ao bom líder construir uma fala mais adequada ao contexto e à pessoa que escuta.
Por outro lado, a impulsividade pode também soar como agressividade ou causar mal-entendidos.
É comum profissionais gastarem horas ou dias elaborando um treinamento ou apresentação.
Esse planejamento também deve ser aplicado antes de uma reunião do dia a dia ou antes de dar feedback a um colaborador. Reserve um tempo para pensar e planejar como vai realizar a conversa.
Falar alto demais pode soar como arrogância ou até desespero. Porém, falar baixo demais pode passar insegurança e comprometer a credibilidade do gestor.
O modo como você fala faz parte da mensagem. Evite usar tons inadequados para o contexto, para não parecer, por exemplo, impaciente ou condescendente.
É muito comum que as pessoas confundam a assertividade com agressividade. Mas existe muita diferença entre se expressar com segurança, sem hesitar, e se expressar com raiva.
O cotidiano estressante do meio corporativo faz muitos gestores caírem na armadilha da agressividade e ela é capaz de destruir uma vida inteira de boas relações interpessoais.
Então tenha atenção às próprias emoções e respire fundo antes de falar. Em treinamentos e apresentações, tome cuidado para não soar mal, apesar do contexto potencialmente estressante.
A comunicação assertiva não deve ser compreendida apenas como uma habilidade individual do líder.
Ela pode e deve ser estimulada pela própria empresa por meio de processos bem definidos, normas claras e uma cultura organizacional que favoreça a clareza, o respeito e a escuta ativa em todas as interações.
A seguir, listamos alguns direcionais para implementar práticas que reforcem a comunicação assertiva em nível estrutural.
Em equipes híbridas ou 100% remotas, confiar apenas nas interações espontâneas é um erro. Para garantir uma comunicação assertiva nesses ambientes, a empresa pode, por exemplo:
Softwares como Slack, Notion e Microsoft Teams permitem organizar essas trocas, desde que sejam utilizados com intencionalidade, organização e recorrência.
Além disso, vale padronizar o início de reuniões com o alinhamento de objetivos e distribuir atas resumidas com responsabilidades e prazos ao final. Essas ações reduzem ruídos e aumentam a sensação de alinhamento entre as pessoas.
Empresas que dependem apenas da avaliação de desempenho semestral ou anual perdem oportunidades de aprimoramento e podem ficar reféns de um modelo engessado que só permite melhorias de tempos em tempos.
Para que o feedback assertivo se torne parte do cotidiano, é necessário estabelecer processos que incentivem trocas regulares entre líderes e liderados, como check-ins quinzenais ou reuniões 1:1 com pauta estruturada.
A comunicação assertiva deve ser uma habilidade sempre praticada nessas ocasiões, e tê-la na rotina permitirá que se torne parte da cultura.
Ferramentas simples, como um Google Forms, também podem ser utilizadas para registrar percepções, organizar feedbacks recebidos e acompanhar a evolução de cada colaborador.
Além disso, políticas internas devem reforçar o caráter construtivo do feedback e definir boas práticas de entrega: falar sobre fatos, evitar julgamentos e oferecer caminhos de melhoria.
Quando cada área da empresa opera de forma isolada, surgem silos de informação que comprometem a fluidez e a eficácia dos processos. Isso é o oposto do que conseguimos com comunicação assertiva.
Para evitar isso, é essencial que a organização promova fóruns regulares de integração entre departamentos, com pautas previamente definidas, objetivos claros e documentação compartilhada.
A criação de comitês multidisciplinares para projetos estratégicos, por exemplo, pode facilitar essa integração. Também é possível institucionalizar cerimônias de alinhamento — como reuniões mensais entre lideranças de diferentes áreas — que visem não apenas ao repasse de informações, mas à tomada conjunta de decisões.
O uso de dashboards compartilhados e sistemas de gestão de projetos como Asana ou Trello favorece ainda mais a visibilidade e a responsabilidade mútua entre os times. Isso tudo também é comunicação assertiva, em um nível mais estrutural.
Incentivar a comunicação assertiva no ambiente corporativo também requer investimento em capacitação. Treinamentos regulares ajudam os colaboradores a desenvolver competências de escuta ativa, oratória, empatia e feedback.
Para que essas formações não sejam pontuais e desconectadas da realidade da empresa, recomenda-se que façam parte do plano de desenvolvimento anual, com conteúdos adaptados ao contexto e à maturidade de cada equipe.
O ideal é que os treinamentos combinem teoria, simulações práticas e acompanhamento posterior, promovendo a aplicação dos aprendizados no dia a dia.
Além disso, líderes devem ser treinados especificamente para servir como multiplicadores, reforçando o modelo de comunicação desejado e dando o exemplo em suas interações com os times.
Empresas que desejam fortalecer o alinhamento, aumentar a produtividade e construir times mais colaborativos podem contar com o treinamento SOAP Comunicação Assertiva.
O workshop é totalmente customizado para a realidade de cada equipe e ajuda líderes e colaboradores a aprimorarem sua inteligência social, escuta ativa e poder de argumentação.
Durante o treinamento, sua equipe aprenderá a estruturar mensagens com clareza e intencionalidade, identificar diferentes perfis comunicativos, aplicar feedbacks construtivos e utilizar a comunicação empática em qualquer canal — presencial ou digital.
Tudo isso com uma metodologia prática, dinâmica e orientada para gerar impacto real no dia a dia corporativo.
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