Diversidade, inovação e futuro do trabalho: o que esperar dos próximos anos?

Em entrevista, o consultor Genesson Honorato traz desdobramentos e análises sobre o trabalho em tempos de tecnologia e inovação

Treinamento SOAP
01/10/2025
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O futuro do trabalho já faz parte da rotina das empresas. Tecnologias avançam, formatos de colaboração mudam, e questões como diversidade, inclusão e cultura organizacional ganham mais espaço nas decisões. 

Esse movimento exige mais do que novas ferramentas. Ele pede uma revisão sobre como as empresas enxergam suas pessoas, suas relações e a forma como constroem soluções em equipe. 

O diferencial competitivo está nas habilidades humanas: na escuta, adaptação, criatividade e comunicação.  

Em entrevista à SOAP, Genesson Honorato, palestrante, colunista, consultor em inovação e diversidade compartilha reflexões sobre como inclusão, criatividade e protagonismo humano vão moldar os próximos anos. Além de mostrar como as empresas podem fazer agora para acompanhar essas mudanças.  

O que está mudando e por que isso importa 

Inteligência artificial, automação e novos modelos, como o trabalho híbrido estão redesenhando o ambiente corporativo. Mas, como alerta Genesson, a tecnologia por si só não resolve. 

“À medida que as tecnologias avançam, a gente precisa evoluir também. Revisitar alguns pensamentos antigos, entender se eles ainda fazem sentido e observar quais são as oportunidades que temos para fazer o bom uso da tecnologia”, explica Genesson. 

Essa transformação envolve se atualizar, e principalmente, reaprender a observar o presente sob uma nova ótica. 

Isso exige uma mudança que vai do indivíduo ao coletivo, e que só se concretiza quando a empresa enxerga as pessoas como potência, não somente como recursos. E aqui entra um ponto importante: as habilidades do futuro não são só técnicas

Mesmo com novas ferramentas surgindo todos os dias, são as pessoas que continuam movendo os negócios.  

Afeto, criatividade, sensibilidade, capacidade de adaptação não são habilidades substituídas por tecnologia. 

“A inovação não está na ciência de foguete, não está no novo celular, na nova câmera, na nova IA. Está nas pessoas e isso é estratégico, é o nosso diferencial competitivo”, reforça Genesson. 

É nesse ponto que a diversidade se torna ainda mais relevante. Se as pessoas são o centro da inovação, ampliar a variedade de experiências, visões de mundo e repertórios dentro da empresa é o que torna essa inovação possível. 

Diversidade como estratégia 

Empresas que enxergam a diversidade como eixo central da inovação saem na frente.  Trabalhar com equipes diversas amplia a capacidade da empresa enxergar problemas sob diferentes ângulos. Além disso, permite tomar decisões mais ajustadas à realidade e criar soluções mais conectadas ao mercado. 

“Quando a diversidade integra a estratégia de negócio, muda o olhar, muda a forma, muda a percepção”, destaca o especialista. 

Isso significa repensar processos de recrutamento, políticas internas, práticas de liderança e, principalmente, a cultura corporativa.  

A diversidade bem aplicada traz soluções que não surgem em ambientes homogêneos, além de gerar mais engajamento, pertencimento e inovação. 

Para que isso aconteça de forma estruturada, o RH precisa estar no centro dessa transformação. É essa área que traduz valores em práticas e sustenta a construção de ambientes mais inclusivos, colaborativos e preparados para o futuro. 

O papel do RH nas mudanças 

O RH tem um papel direto na construção desse novo ambiente de trabalho, é ele quem impulsiona o desenvolvimento e atua como facilitador da cultura e do futuro. 

“A liderança de desenvolvimento precisa estar totalmente conectada, antes de mais nada, ao Zeitgeist, ao espírito do tempo (conjunto de ideias, crenças, valores, costumes e tendências que caracterizam e definem um determinado período). São pessoas que precisam ser boas observadoras do cotidiano e ter a capacidade de fazer bons links para extrair bons insights no uso dessas tecnologias e aliadas”, explica. 

Genesson também reforça que o RH precisa assumir seu valor dentro da organização. Ao construir políticas inclusivas, promover o bem-estar, impulsionar o desenvolvimento humano e garantir que a cultura seja vivida na prática, o RH se torna protagonista da inovação nas empresas. 

Mas ele não atua isolado. Ele mobiliza lideranças, ativa mudanças na cultura e orienta o negócio para o que realmente importa: preparar pessoas para o que vem pela frente. 

Essa preparação exige ação. A seguir, veja práticas que ajudam a empresa a responder aos desafios do futuro do trabalho. 

Funcionários durante treinamento sobre como se comunicar com eficiência
A tecnologia evolui, mas as relações continuam sendo feitas por pessoas

Como preparar sua empresa para o futuro do trabalho 

Preparar a empresa para o futuro do trabalho não depende apenas de grandes mudanças estruturais. Começa com escolhas diárias e ajustes que tornam as relações mais inteligentes. 

Veja a seguir cinco frentes que podem orientar essa transformação: 

1. Reavalie os critérios de desenvolvimento 

É preciso atualizar os parâmetros de desenvolvimento. Ou seja, deixar de se basear apenas por modelos globais ou listas genéricas de habilidades.  

Genesson recomenda considerar o contexto brasileiro, os talentos internos e os saberes locais como fonte de inovação. 

“A gente precisa começar a valorizar as habilidades de quem mora na Amazônia, na Rocinha, em Paraisópolis, no Complexo do Alemão e entender quais são essas visões.”  

2. Fortaleça as habilidades humanas 

A tecnologia evolui, mas as relações continuam sendo feitas por pessoas. Criatividade, escuta, empatia, adaptabilidade e leitura de contexto são habilidades cada vez mais importantes para lidar com mudanças constantes. 

Essas competências são conhecidas como soft skills, ou habilidades comportamentais.  

Diferentemente das habilidades técnicas, que focam no conhecimento de ferramentas ou processos, as soft skills envolvem como as pessoas se relacionam, resolvem problemas e tomam decisões no dia a dia de trabalho. 

No futuro do trabalho, as soft skills se tornam o diferencial entre quem executa tarefas e quem constrói soluções. Investir no desenvolvimento dessas habilidades é preparar sua equipe para atuar com mais autonomia e colaboração e clareza, em qualquer cenário. 

3. Inclua a diversidade no centro da operação 

Inovar é entender que as pessoas são o diferencial competitivo dos negócios, explica Genesson. 

Portanto, vá além da representatividade. Traga diferentes vozes para a construção de decisões, estratégias e soluções. A diversidade precisa estar em todas as etapas do processo. 

4. Aja sobre a cultura organizacional 

Cultura se constrói no cotidiano. E só funciona quando todos participam, do CEO à recepção. 

“Cultura é uma das coisas mais complexas que se pode ter dentro de uma organização, e para superar isso, é preciso ter coragem. Ter coragem de ter conversas corajosas, de assumir a cultura que você quer. Todo mundo precisa respirar essa cultura.” 

O discurso precisa estar alinhado com a prática.  

5. Desenvolva a comunicação da equipe 

Uma boa comunicação reduz ruídos, acelera decisões e evita conflitos desnecessários. Em ambientes diversos e dinâmicos, a comunicação precisa ser objetiva e adaptada ao público. 

“Comunicação é tudo. Se não comunica, não é inclusivo. Ou seja, se eu me comunico com alguém, e essa pessoa não me entendeu, não foi inclusiva”, frisa o especialista Genesson Honorato.  

Empresas que investem em comunicação criam times mais alinhados e preparados para mudanças. E mais: fortalecem a capacidade de suas lideranças e equipes para atuar com autonomia, confiança e responsabilidade. 

A inovação começa pela forma como a empresa se comunica. 

Sua empresa está pronta? Comece pela comunicação 

O futuro do trabalho será liderado por organizações que sabem colocar as pessoas no centro, e isso começa por como elas se comunicam. Em um ambiente cada vez mais diverso, híbrido e acelerado, a habilidade de comunicar é o grande diferencial. 

Não basta ter boas ideias, é preciso saber transmiti-las e ser compreendido. 

É justamente nisso que os treinamentos corporativos de comunicação da SOAP podem ajudar. Com metodologias práticas e personalizadas, eles desenvolvem habilidades para que sua equipe contribua para a transformação do negócio. 

Conheça os treinamentos da SOAP e prepare sua empresa para um futuro mais colaborativo, inovador e humano. 

No futuro do trabalho, quem se comunica bem, constrói o novo. 



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