Uma boa oratória está entre as habilidades mais desejadas em líderes e gestores.
Uma boa oratória está entre as habilidades mais desejadas em líderes e gestores. Afinal, comunicação é a base para o desempenho de um time e quanto mais assertiva ela for, melhores serão os resultados.
No entanto, a oratória é ainda um dos principais desafios de muitas lideranças. Seja por subestimar a importância deste aspecto ou simplesmente por não saber a respeito, muitos chefes criam enormes gaps de comunicação com seus colaboradores.
A última edição da Pesquisa de Tendências em Comunicação Interna, desenvolvida pela Ação Integrada em parceria com a Aberje – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial –, divulgada em 2022, mostrou que engajar as lideranças como comunicadores foi o principal desafio do ano nas empresas.
Prestar atenção na forma como está se apresentando diante de um time pode verdadeiramente revolucionar não apenas a imagem do gestor, mas também a forma como a mensagem é recebida. Líderes com boa oratória tendem a:
O dicionário define a oratória como um conjunto de regras que constituem “a arte do bem dizer”. Ou seja, é a capacidade de falar e expressar-se com desenvoltura, eloquência, clareza e segurança.
Mas o fato de ser definida como uma arte não significa que se trata de um dom, algo inerente a algumas pessoas. Pelo contrário, filósofos como Platão e vários outros definiram a arte como uma forma de conhecimento e assim também é a oratória.
Portanto, a oratória é um processo racional que pode ser aprendido e aprimorado. Quando bem desenvolvida, essa habilidade pode transformar a receptividade de um discurso, seja no ambiente corporativo ou fora dele.
Não é à toa que oratória está diretamente relacionada à comunicação assertiva. Ela anda de mãos dadas também com a retórica, termo mais utilizado para se referir à habilidade de falar bem em público.
Quem domina os dois, constrói discursos mais seguros e persuasivos.
Vale destacar ainda que se engana quem pensa que dominar a oratória significa ser mais autoritário. Na verdade, mesmo os líderes mais flexíveis e descontraídos têm muito mais sucesso com o uso do discurso adequado a seu favor.
Sabemos que existem vários tipos de líderes e promover técnicas de comunicação não tem nada a ver com moldar as pessoas. Ou seja, o objetivo de treinar oratória não é fazer todos se comunicarem da mesma forma, abandonando seus estilos.
Pelo contrário, dominar o discurso pode, inclusive, ajudar um gestor a se aproximar mais da imagem que deseja transmitir, seja ela qual for.
Que tal, além de aprender mais sobre oratória, entender como funcionam os diversos tipos de liderança e as principais competências para ser um líder de sucesso? Baixe nosso guia completo gratuitamente:
A literatura divide e categoriza os tipos de oratória de várias formas.
Um dos primeiros que se dedicou a este estudo e classificou os tipos de oratória (como discurso) foi Aristóteles. Segundo ele, ela poderia ser judiciária (os discursos de tribunais), deliberativa (com caráter consultivo) e epidíctica (que elogia ou critica algo ou alguém).
Hoje, já existem autores que estruturam os tipos de oratória de diferentes formas. Ainda enquanto discurso, umas das classificações mais comuns é a que considera os seguintes tipos: pedagógica, religiosa, política e forense.
Porém, quando nos referimos à técnica de oratória propriamente, uma das formas de classificá-las é a seguinte:
No fim das contas, tudo é oratória com o objetivo de falar melhor. Contudo, diferentes finalidades e contextos podem exigir diferentes formas de oratórias. Por isso é importante tem em mente as classificações, que visam estabelecer como o discurso se dá da melhor forma em cada situação.
As técnicas de oratória podem ser úteis em todo tipo de situação, mas são especialmente necessárias na liderança e no meio corporativo. Em treinamentos, por exemplo, ela ajuda o orador a se impor com mais credibilidade diante do time.
Ao usar técnicas de oratória corretamente, é possível aumentar em mais de 100% a retenção de atenção e a confiança das pessoas. Ou seja, quem escuta fica mais propenso a acatar o discurso, a ideia ou proposta.
Por outro lado, a ausência de uma boa oratória pode causar diversos problemas de comunicação interna, como:
Existem diversas técnicas que podem tornar a oratória melhor e elas servem mesmo para quem se considera uma negação quando o assunto é falar em público. Inclusive, existem boas práticas que podem (e devem) ser adotadas imediatamente.
Como mencionado, a oratória pode ser aprendida e aprimorada. Líderes e gestores podem se valer de técnicas e boas práticas no meio corporativo para que consigam construir uma reputação mais forte e de credibilidade por meio de sua fala.
Isso vale tanto para apresentações, treinamentos, reuniões, quanto para trocas do dia a dia.
O domínio total desta habilidade requer passar por um processo que envolve desde autoconhecimento até o uso de técnicas específicas. Mas é possível começar seguindo esses três passos:
Implementar a arte do falar bem começa por se comunicar de forma objetiva e clara, de modo a tornar a comunicação o mais eficiente possível.
A ideia é que não reste espaço para dúvidas pelo interlocutor. Para isso, é necessário evitar dar muitas voltas ou se justificar em excesso, fale o necessário e direto ao ponto.
Outro ponto importante é ter conhecimento e domínio sobre os temas abordados em um discurso. É difícil falar com segurança sobre algo que não se conhece bem, então transmitir credibilidade será um fruto de realmente ter credibilidade.
Um terceiro passo para ter uma boa oratória é conhecer o receptor da mensagem, seja um colaborador, um cliente ou um time. As pessoas se sentirão mais atraídas se sentirem que o discurso foi preparado para elas.
Além de seguir os três passos sugeridos, existem técnicas de oratória que podem mudar imediatamente a percepção das pessoas sobre um líder ou gestor. Confira cinco delas:
Muitas vezes, nosso olhar fala mais do que nossas palavras. Encarar as pessoas, comprovadamente, transmite mais segurança ao mesmo tempo que aumenta a conexão entre quem fala e quem escuta.
Este é um aspecto da linguagem corporal que muitos esquecem. Portanto, faça contato visual as pessoas sempre que possível.
Outro aspecto significativo da linguagem corporal são gestos. Evite gesticular em excesso, dando a sensação de estar muito nervoso ou agitado.
Cabe destacar aqui que isso não significa ficar duro ou não fazer nenhum movimento. O exagero para ambos os lados é prejudicial.
Além disso, mantenha a postura para transmitir uma imagem de mais liderança e segurança. Ombros curvados passam a mensagem de acuamento ou falta de domínio.
Existem pessoas que travam quando precisam falar em público ou realizar algum tipo de apresentação ou treinamento. E existem pessoas que falam sem parar. As duas coisas são ruins.
Controlar a respiração durante o discurso ajuda a reduzir o nível de ansiedade, além de contribuir para uma fala mais pausada. Ficar esbaforido pode fazer com que seu estado chame mais atenção do que o que você tem a dizer.
Vícios de linguagem devem sempre ser evitados por quem deseja ter uma boa oratória. Isso não significa, necessariamente, usar uma linguagem extremamente formal, mas manter equilíbrio ajuda a evitar ruídos na comunicação.
Também não fale difícil demais, especialmente se não estiver de acordo com o público. Usar termos complicados não é sinônimo de inteligência ou superioridade.
Seja uma apresentação, um treinamento ou qualquer situação no meio corporativo, o discurso precisa ter um início, um meio e um desfecho. Em outras palavras, as ideias e informações precisam ser transmitidas de forma ordenada.
Para isso, faça um planejamento antes de tudo. O storytelling, por exemplo, pode ser uma ótima ferramenta para tornar a oratória mais bem sucedida.
Além das dicas listadas acima, existem ainda vários outros meios de aprimorar a comunicação de líderes e gestores. Aqui na SOAP, temos um treinamento completo sobre técnicas de oratória para se apresentar com assertividade.
Ele pode ser realizado de forma presencial, online ao vivo ou gravado, conta com soluções de aprendizagem nos formatos palestra ou workshop e pode ter duração de duas até oito horas.
Neste treinamento você vai aprender a:
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