Na hora de montar uma apresentação, todas as informações que temos em mente parecem importantes.
Na hora de montar uma apresentação, todas as informações que temos em mente parecem importantes. Muitas vezes, não conseguimos distinguir o que é um mero detalhe do que é essencial para a compreensão de um assunto e deve estar presente no slide.
Será que sua plateia precisa saber todos os dados ou ouvir a história em detalhes do começo ao fim? Ela já tem familiaridade com o assunto que você está apresentando ou não? Há alguma parte da sua apresentação que pode despertar mais o interesse daquele público específico?
Quando você faz um diagnóstico da audiência, consegue verificar o que é interessante para aquela audiência naquele contexto. Do contrário, o resultado são slides repletos de texto e uma plateia confusa — sem saber se presta atenção no apresentador ou no slide do PowerPoint.
Neste blog post, apresentaremos algumas dicas que podem ajudá-lo a enxergar com mais clareza o que colocar e o que não colocar no slide.
Já dissemos por aqui que uma narrativa eficiente é construída com base nas necessidades da audiência. O foco é o que ela precisa e como a ideia que será apresentada pode ajudá-la a melhorar os seus resultados. Os slides, porém, devem ser feitos a partir das necessidades do apresentador.
O objetivo não é deixar um “livro didático” no PowerPoint à disposição da audiência, mas guiar o discurso do apresentador. Sim, os slides deixam os assuntos mais claros e facilitam a compreensão da audiência. Porém, o apresentador é ainda mais importante para desempenhar este papel. O apoio visual serve apenas como complemento da informação.
O melhor, então, é que os slides sejam concisos e compostos por palavras-chave, imagens, ou, no máximo, breves sentenças.
Em vez de inserir inúmeras mensagens em um mesmo slide, escolha uma informação principal para cada tela. Assim, o apresentador não se perde na hora de transmitir a informação.
Slides com muito conteúdo podem fazer com que a pessoa se confunda na sequência do discurso, fale demais sobre um assunto não tão relevante e tenha de se apressar no final. Antes de montar a sua apresentação, pense: “qual o meu objetivo com esta mensagem? Qual a melhor maneira de transmiti-la para atrair a atenção da audiência?”. Quando o que é relevante está em destaque, as pessoas tendem a assimilar e a memorizar a informação com mais facilidade.
Por si só, fotos ou ilustrações dificilmente trazem informações suficientes para explicar totalmente um conteúdo à audiência. Elas servem como complemento da mensagem. Porém, quando bem selecionadas, podem levar a audiência à reflexão e facilitar a comunicação.
Os estudos da neurociência também comprovam o poder das imagens em apresentações. Se ouvimos uma informação transmitida verbalmente, a tendência é que, três dias depois, lembremos de apenas 10% do que foi dito. Agora, se for adicionada uma imagem, a “taxa de memória” aumenta para 65%. Em inglês, essa descoberta ganhou até nome: picture superiority effect (algo como efeito de superioridade da imagem).
Quando o apresentador está totalmente familiarizado com um assunto e seguro de si, utilizar apenas imagens é uma boa opção. Assim, ele demonstra domínio pleno sobre o assunto. Se ele consegue apresentar sem se apoiar em qualquer frase ou palavra-chave, provavelmente entende do que está falando. Um exemplo é a palestra do canadense Chris Hadfield para o TED Talks, em que o astronauta utiliza apenas fotos e vídeos pessoais para contar sobre suas experiências no espaço. Ao definir as mensagens principais para cada slide, o apresentador tende a conduzir o discurso e a cativar a atenção da audiência com mais facilidade!
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