Como a arte pode impactar positivamente as empresas?

Fernando Kimura conta como o contato artístico pode impulsionar a inovação nos negócios

Treinamento SOAP
18/07/2023
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A arte sempre desempenhou um papel fundamental na sociedade, enriquecendo nossas vidas com beleza, expressão e emoção. No entanto, seu impacto não se limita apenas ao campo estético e cultural. A arte também pode impactar positivamente as empresas

Ao transcender as fronteiras tradicionais, ela é capaz de trazer uma série de vantagens para as organizações, impulsionando a inovação, melhorando a comunicação e fortalecendo a identidade da marca. 

Dentro desse contexto, o palestrante Fernando Kimura, convidado do segundo episódio do podcast Talk SOAP, destaca um aspecto crucial: o grande objetivo em comum entre arte e marcas.  

“Dentro da arte existe sensação e dentro das marcas existe sensação, as marcas também tentam provocar sensação.”

Essa fala ressalta a conexão intrínseca entre a experiência artística e o impacto emocional que as marcas buscam transmitir aos seus consumidores.  

Por meio da arte, as empresas têm a oportunidade de despertar emoções, estabelecer conexões profundas e criar uma relação duradoura com seu público-alvo. 

Uma das formas como a arte pode impactar positivamente as empresas é estimulando a criatividade e a inovação. O contato com a arte, seja por meio de pinturas, esculturas ou performances, estimula a mente a pensar fora da caixa e a abraçar perspectivas únicas.  

Essa abertura mental pode se refletir diretamente na forma como as empresas abordam os desafios e buscam soluções inovadoras para seus problemas.  

A arte inspira a quebra de paradigmas, encorajando a experimentação e a exploração de novas ideias. O que pode impulsionar a vantagem competitiva das empresas em um mercado em constante evolução. 

Deixe seus funcionários irem a museus 

A máxima “deixe seus funcionários irem a museus” encapsula uma abordagem para o ambiente de trabalho que reconhece a importância do contato com a arte como catalisador da transformação e da criatividade.  

É isso que defende Fernando Kimura. Ele critica empresas que propagam a inovação, mas não incorporam uma cultura inovadora em suas práticas diárias, negligenciando a importância da arte nesse processo. 

Kimura destaca que a inovação não se limita apenas à tecnologia, mas é uma maneira de lidar com o mundo e com os desafios que se apresentam. Existe inovação na tecnologia, mas também na arquitetura, no design, na comunicação, etc.  

Nesse sentido, o contato com a arte pode desempenhar um papel fundamental na expansão das mentes de profissionais, estimulando sua imaginação e incentivando uma abordagem diferenciada em relação ao trabalho. 

Fernando Kimura, em uma de suas apresentações
Com mais de 20 anos de experiência em áreas de marketing, vendas e distribuição de tecnologia, Fernando Kimura começou a compartilhar seus conhecimentos em palestras

O palestrante faz uma provocação interessante, questionando por que as empresas promovem reuniões chatas e enclausuram seus funcionários nos escritórios, esperando que ideias inovadoras surjam desse ambiente restritivo. 

Ao invés disso, ele propõe uma abordagem alternativa: liberar colaboradores, uma vez por mês, para fazerem algo diferente e de sua escolha, como visitar um museu ou assistir a um musical. Essa experiência proporcionaria novas perspectivas, insights e inspirações que poderiam ser compartilhados com a equipe. 

Criatividade, pensamento crítico e inovação

Ao permitir que os funcionários tenham acesso à arte e à cultura, as empresas estariam estimulando a criatividade, o pensamento crítico e a inovação. A visitação a museus, por exemplo, proporciona um ambiente imersivo, onde os indivíduos podem se conectar com diferentes formas de expressão artística e serem expostos a ideias e conceitos diversos.  

Essa experiência amplia horizontes, abre mentes e encoraja a exploração de abordagens não convencionais no ambiente de trabalho. Além disso, ao adotar essa abordagem, as empresas demonstram uma preocupação genuína com o bem-estar e o desenvolvimento pessoal de seus colaboradores.  

Como Fernando Kimura sugere que, ao liberar os funcionários para atividades culturais, as empresas têm a oportunidade de promover um ambiente de trabalho mais enriquecedor e inspirador, em que ideias frescas e perspectivas únicas podem florescer. Resultando, assim, em um impacto positivo no desempenho e na cultura organizacional. 

3 práticas para incorporar arte nas empresas 

No mundo empresarial atual, a busca por inovação e diferenciação é constante. Embora a tecnologia seja frequentemente considerada como o principal motor da transformação, uma dimensão igualmente importante e muitas vezes negligenciada é a arte.  

Incorporar a arte pode impactar positivamente as empresas, não só porque traz benefícios tangíveis (novas formas de comunicação, marketing, design), como também estimula a criatividade, promove a conexão emocional e fortalece a identidade da marca.  

Pensando nisso, listamos três práticas para incorporar a arte nas empresas e impulsionar a inovação e a expressão criativa, baseadas nos ensinamentos de Fernando Kimura no Talk SOAP, o podcast da SOAP. 

1. Pense como um artista: 

Na sociedade atual, a tendência é seguir cegamente as últimas novidades tecnológicas e aderir às tendências dominantes. No entanto, pensar como um artista envolve uma abordagem diferenciada.  

Significa ir além das convenções e questionar o status quo. Os artistas têm a capacidade de olhar para o mundo por um ângulo único, encontrando beleza e significado onde outros não veem.  

Ao adotar essa mentalidade, as empresas podem estimular a criatividade, encorajando seus profissionais a pensarem de forma original, desafiando ideias pré-concebidas e buscando soluções inovadoras. 

2. Desafie-se no cotidiano: 

Uma prática simples e eficaz para incorporar um pensamento inovador (e até mesmo artístico) nas empresas é encorajar colaboradores (e a si mesmo) a se exporem a experiências fora do comum.  

Em vez de visitar shoppings, frequente museus, galerias de arte e eventos culturais. Esses ambientes provocam desconforto e estimulam a reflexão, fornecendo uma fonte de inspiração e novas perspectivas.  

Para Fernando Kimura, “o museu vende para a gente sensações e realidades, coisa que é bem diferente do shopping que só vende a perfeição, você parece eternamente dentro de uma novela do Manoel Carlos.” 

Ao sair de suas bolhas habituais e experimentar diferentes formas de expressão artística, os profissionais ampliam seu repertório criativo e abrem espaço para a inovação. 

3. Expresse-se como um artista: 

A arte tem o poder de tocar as pessoas em um nível emocional profundo. No contexto empresarial, é essencial que as marcas transcendam a simples venda de produtos e serviços e se envolvam em uma conexão autêntica com seus clientes.  

“Muitas marcas estão preocupadas em vender. Outras estão preocupadas em ajudar o cliente a comprar”, destaca Kimura. 

Nesse sentido, expressar-se como um artista significa ir além das transações comerciais. É sobre criar experiências significativas e memoráveis, oferecendo valor além do produto em si.  

Ao adotar uma abordagem centrada no cliente, as empresas podem construir relacionamentos duradouros, baseados na confiança e no entendimento mútuo. 

House with the Ocean View 

Durante a participação no podcast Talk SOAP, Fernando Kimura conta que certa vez um amigo o levou para assistir a uma performance da artista Marina Abramovic, chamada House with the Ocean View.  

Nessa performance, a artista passa dias presa em três cômodos suspensos de frente para rua e separada do público por escadas, cujos degraus são facas afiadas. A lição de Kimura com a performance foi: “você pode sair do seu lugar, mas significa se machucar.” 

Incorporar a arte e a inovação nas empresas é um caminho que muitas organizações estão trilhando para se destacar em um mundo de negócios cada vez mais competitivo. No entanto, esse processo não é isento de desafios. 

Essa jornada requer coragem e disposição para sair da zona de conforto, tanto das empresas quanto dos profissionais. Assim como Marina Abramovic desafiou seus limites ao se expor em sua performance, as empresas precisam estar dispostas a enfrentar riscos e superar obstáculos para abraçar a arte e a inovação.  

Isso implica em questionar as práticas estabelecidas, experimentar abordagens diferentes e permitir-se explorar novas possibilidades. E, é claro, estar disposto a pisar em algumas navalhas no caminho.  

Como destaca Kimura, é necessário sair do lugar confortável para quebrar paradigmas e alcançar a transformação desejada. Isso pode envolver assumir riscos, enfrentar resistência interna e até mesmo cometer erros ao longo do caminho. Porém, essas experiências são oportunidades de aprendizado e crescimento. 

Para saber mais sobre como a arte pode impactar positivamente as empresas, escute o segundo episódio do podcast Talk SOAP. Fernando Kimura explora o tema arte e negócios em uma entrevista com a Diretora de Negócios da SOAP, Renata Catto.  

Escute o episódio com Fernado Kimura no Sportify: 

Ou, se prefrir, assista a conversa no Youtube da SOAP: 



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