Muito além da Jornada do Herói, conheça outras técnicas de storytelling para encantar a audiência
Storytelling é a arte de contar histórias de uma forma envolvente e persuasiva. É uma forma de comunicação que utiliza estruturas narrativas comprovadamente eficientes para transmitir mensagens. Essas estruturas são as técnicas de storytelling.
Passar informações e ideias de uma maneira que seja cativante e memorável para o público requer mais do que apenas listar uma sequência de fatos, é necessário haver enredo e ritmo. Assim, a mensagem é transmitida com mais eficiência.
Um estudo da Universidade de Stanford mostra que as pessoas conseguem reter entre 5% e 10% da informação transmitida por meio de dados. Mas se a mesma informação for apresentada como parte de uma história, a retenção salta para 65%–70%.
Você já deve ter ouvido falar na mais famosa das técnicas: a Jornada do Herói. Mas existem ainda várias outras formas de estrutura narrativa que podem ser usadas em livros, apresentações profissionais, treinamentos, reuniões, convenções etc.
Entender cada uma dessas estruturas é o primeiro passo para identificar qual delas melhor se encaixa na sua situação.
Neste artigo, listaremos algumas das principais. Mas antes, vamos entender os elementos fundamentais que estarão presentes em todas elas.
As técnicas de storytelling são as estruturas narrativas usadas para dar desenvolvimento à história. Mas independentemente de qual delas for escolhida, existem elementos comuns a elas que são utilizados para apresentar a história de maneira eficaz.
Estrutura: as histórias geralmente seguem uma estrutura narrativa básica que inclui uma introdução, desenvolvimento, clímax e conclusão.
Essa estrutura ajuda a criar um arco narrativo que mantém o interesse do público e é justamente aqui que entram as técnicas que listaremos neste artigo.
Personagens: eles são a alma da história. Personagens bem desenvolvidos são fundamentais para criar empatia e conexão com o público.
Os leitores ou ouvintes devem se identificar ou se relacionar de alguma forma com os personagens da história. Inclusive, a própria audiência pode ser um personagem.
Ambiente: é o contexto em que a história se desenrola, podendo ser um espaço físico, um momento, uma situação.
Conflito: esse é, muitas vezes, o motor da história, gerando interesse e tensão. Os personagens enfrentam desafios e obstáculos que precisam superar.
Emoção: um storytelling eficaz evoca emoções no público, seja felicidade, tristeza, raiva, surpresa ou empatia. As emoções tornam a história mais memorável e impactante.
Mensagem central: toda boa história tem uma mensagem central, uma lição ou um ponto que o autor deseja transmitir ao público. Essa mensagem pode ser o propósito da história.
O Kishotenketsu é a estrutura narrativa característica da arte oriental, mais especificamente as artes japonesas e chinesas. Ela é baseada em quatro momentos:
Ki (Introdução): a história começa com a introdução de personagens, cenário e contexto, estabelece o ambiente e cria a base para o desenvolvimento da trama.
Sho (Desenvolvimento): o sho aprofunda a história, geralmente introduzindo elementos adicionais, como personagens secundários, subtramas ou desafios para o protagonista.
Ten (Reviravolta): é um ponto de virada inesperado que gera conflito na história. Pode ser uma reviravolta surpreendente ou uma mudança na direção da trama.
Ketsu (Conclusão): conclui a história, resolvendo o conflito e amarrando as pontas soltas.
Essa é uma estrutura narrativa bem semelhante à teoria ocidental dos três atos.
A Jornada do Herói é uma técnica de storytelling que descreve a jornada do protagonista em uma série de etapas. Começa com a chamada à aventura e se desenvolve até que culmina com a transformação do herói.
Essa estrutura é frequentemente usada em histórias épicas e de aventura, como Star Wars e Harry Potter. Mas também pode ser adaptada para apresentações profissionais, especialmente aquelas que demandam maior conexão emocional com o público.
Essa técnica de storytelling refere-se a começar uma história no meio da ação, muitas vezes com uma cena dramática ou um evento crucial.
Ao contrário das demais estruturas narrativas, essa não tem uma introdução branda. O público é lançado diretamente no coração da narrativa. As informações contextuais são reveladas aos poucos, criando curiosidade e envolvimento.
Em um treinamento para uma equipe de atendimento, por exemplo, esse recurso pode ser usado para impactar os colaboradores com as consequências de um atendimento ruim. Então, os ensinamentos para evitar esse problema são apresentados em seguida.
O looping é a repetição de partes da história, geralmente para explorar diferentes perspectivas ou cenários alternativos. Isso pode criar complexidade na trama e revelar informações adicionais conforme os loopings acontecem.
É importante saber usar essa técnica de storytelling com bom senso, porque repetições também podem ser cansativas. Elas são válidas quando agregam valor ao conteúdo.
A convergência de ideias consiste em entrelaçar várias histórias ou subtramas independentes de modo que elas se conectem em algum ponto da narrativa. No final, é importante que haja uma ligação entre elas e um impacto significativo na trama principal.
Uma outra forma de explicar essa técnica é: apresentar diferentes teorias ou pontos de vista sobre um determinado assunto e, no final, demonstrar como essas diferentes linhas de pensamento convergem para um ponto de concordância.
Essa técnica consiste na apresentação de elementos opostos, como personagens, valores, temas ou situações que contrastam uns com os outros. Pode ser muito útil para demonstrar situações de “expectativa vs realidade”, citar bons e maus exemplos.
Isso pode criar conflito e complexidade narrativa. Portanto, também é importante usar o recursos de modo que agregue valor.
Um plot twist é uma reviravolta inesperada que surpreende o público. Ele subverte as expectativas, muitas vezes revelando informações ou eventos que mudam drasticamente a direção da história.
Plot twists são frequentemente usados para manter o interesse do público e criar choque ou suspense. Essa técnica de storytelling pode ser muito útil para vendas, por exemplo.
Sabendo as técnicas, é hora de colocá-las em prática. Mas sabemos que pode ser bastante desafiador colocar tudo isso em ordem.
Aqui vão alguns passos iniciais para te guiar:
Os mapas mentais organizam as ideias e facilitam a memorização. No contexto das apresentações, elaborar o mapa mental ajuda o apresentador a descobrir as mensagens que pretende transmitir e todas as informações que precisa abordar.
As apresentações e os seus conteúdos precisam ser construídos em ambientes compatíveis com a história. Portanto, escolha um formato adequado.
De acordo com a maneira que pretende impactar o seu público é necessário definir se vai trabalhar com slides, com vídeo ou ambos, por exemplo.
A SOAP é uma empresa de comunicação especializada em momentos decisivos. Te ajudamos a usar storytelling em apresentações de alto impacto, treinamentos, convenções, reuniões.
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