Storytelling na prática: saiba como usá-lo em apresentações de negócio

Você domina a arte de contar histórias? Sabia que usando técnicas de storytelling, é possível melhorar suas apresentações profissionais, o que ajuda a engajar e envolver clientes, líderes, colaboradores e investidores com a sua ideia.

Treinamento SOAP
28/12/2020
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Você domina a arte de contar histórias? Sabia que usando técnicas de storytelling, é possível melhorar suas apresentações profissionais, o que ajuda a engajar e envolver clientes, líderes, colaboradores e investidores com a sua ideia.

Para chegar lá, precisamos entregar uma boa história dentro de uma estrutura narrativa que faça sentido no ambiente empresarial. Além disso, haverá diferentes momentos para falar com as pessoas, como reuniões, painéis, palestras, treinamentos e muitos outros, cada um com suas particularidades.

Então, vamos aprender as técnicas de storytelling e colocá-las em prática? Continue a leitura e crie apresentações criativas!

O que significa storytelling?

A palavra pode ser traduzida como “contar histórias”. Portanto, em um primeiro momento, o storytelling seria a capacidade de construir e desenvolver uma narrativa a respeito de algo.

O termo, no entanto, é mais usado para indicar a arte de contar histórias envolventes, capazes de prender a atenção e despertar a empatia do público

Aprender como fazer storytelling pode ser a diferença entre olhar para uma plateia interessada ou morrendo de sono — ainda mais se pensarmos que nem todos tem uma escuta ativa, não é mesmo?

Mas o que uma história tem de tão especial?

Os pilares de uma boa história são:

  • personagens;
  • contexto;
  • conflito;
  • solução.

É como no conto do pequeno pastor de ovelhas que desce a colina para se defrontar com um gigante, surpreendendo a todos quando derruba a ameaça com uma pedra disparada de sua atiradeira.

Personagens

Uma boa história contém um protagonista — a pessoa ao redor da qual se desenrolam os acontecimentos. Além dele, temos os personagens que colocam obstáculos no caminho, que são os antagonistas. Por fim, coadjuvantes que contribuem para o enredo e uma série de extras que fazem ações pontuais.

Ambiente

A história existe no espaço e no tempo, ainda que fictícios. Por isso, é importante contextualizar o público sobre aonde vão se desenrolar os eventos.

Conflito 

Já o conflito é o obstáculo que precisa ser removido pelo personagem principal. No ambiente empresarial, é comum que o conflito tenha relação direta com uma dor da empresa ou do cliente. 

Solução      

A solução é a maneira como o conflito é resolvido pelo personagem. Logo, ela precisa fazer sentido dentro da narrativa construída.

Ah! Para que esses elementos prendam a atenção, é importante que as pessoas se identifiquem com a narrativa. Nas empresas, é mais comum que isso ocorra quando os indivíduos acreditam que a história poderia acontecer com eles.

Imagine que você se dirige a um líder para solicitar recursos para um projeto e conta a história de uma empresa que atingiu excelentes resultados financeiros ao adotar uma solução similar a sua proposta. 

Em um filme, a identificação estaria ligada ao espectador se importar com o protagonista. Já no nosso exemplo, provavelmente a narrativa interessará mais se o seu líder enxergar a si mesmo como um gestor que teve excelentes resultados financeiros.  

fundo preto com os personagens "Wood e Garfinho" de Toy Story ao fundo e o seguinte texto: "Afinal o que é Storytelling"

Como o storytelling é usado em apresentações empresariais?

O storytelling pode ser aplicado de diversas maneiras no ambiente empresarial, representando uma das principais soft skills de comunicação. Veja algumas situações em que você se sairá bem se tiver uma boa história para contar.

Benchmarking

Em primeiro lugar, é comum estruturar uma narrativa para mostrar práticas externas que sirvam de modelo para a empresa. É o caso, por exemplo, de contar uma história sobre como a empresa “x” resolveu o problema “y”. 

Relatórios 

Em outras tantas situações, somos chamados para apresentar resultados individuais ou coletivos. Aqui, usar o formato de uma narrativa contribui para que as pessoas vejam uma apresentação com começo, meio e fim e deem atenção para o que está sendo transmitido.

Palestras, painéis e afins

Há também as situações em que somos convidados para apresentar um conteúdo para o público, como em cursos ou eventos corporativos. Logo, o storytelling vira um recurso para gerar identificação e auxiliar as pessoas a compreenderem a mensagem que está sendo colocada.

Situações de convencimento

Também é bastante comum estar em situações em que a audiência precisa ser convencida de algo, como as apresentações para receber investimentos, obter o financiamento de projetos ou fechar negócio com clientes em potencial. Aliás, as peças publicitárias sabem como fazer storytelling como ninguém.

Comunicação interna

Um último exemplo é a voz da empresa para os seus colaboradores. O storytelling pode ajudar a vender objetivos, transmitir elementos da cultura da empresa, mostrar o reconhecimento pelos funcionários, superando muitos dos desafios da comunicação interna. Isso porque, é mais fácil transmitir valores, emoções e sentimentos com uma narrativa que com uma descrição.

Como usar o storytelling nas suas apresentações?

Digamos, então, que você precisa montar uma apresentação e quer aplicar o storytelling para prender a atenção das pessoas e cativar a audiência. Confira algumas práticas que podem ser adotadas imediatamente.

Levante as ideias que podem ser usadas no texto

Para começar, busque as histórias que podem fazer parte da apresentação. A ideia pode ser fictícia, como um conto com uma moral por trás da história. Pode ainda ser baseada em algum acontecimento, como um projeto bem-sucedido, uma experiência pessoal ou observação.

Dentro da sua ideia, identifique os quatro elementos que farão parte da história:

  • Quem são os personagens?
  • Onde a história se desenvolve? 
  • Qual é o conflito? 
  • Qual foi a resolução?

Escolha a posição do storytelling na apresentação

A apresentação terá de ter introdução, desenvolvimento e conclusão. No ambiente empresarial,  o storytelling costuma atender a uma dessas três funções.

Introdução

A história pode abrir o conteúdo, despertando o interesse pelas explicações que serão transmitidas no decorrer da apresentação.

Você pode fazer isso usando o storytelling para colocar um conceito ou valor, como superação, iniciativa, resiliência, coragem etc.

Também é possível narrar uma história na qual o conflito se resolva com o sucesso ou insucesso do personagem, explicando os motivos que levaram ao resultado no desenvolvimento. São muitas as opções!

Desenvolvimento 

O storytelling no desenvolvimento pode ser usado para ilustrar os conceitos apresentados ou demonstrar as suas aplicações com exemplos. Além disso, existem os cases de sucesso, que tem como proposta apresentar um modelo de sucesso em determinada atividade.

Conclusão

O storytelling na conclusão serve para amarrar o texto a uma mensagem. Após várias explicações, você narrará uma história para que, ao final, as pessoas cheguem a uma resolução sobre a apresentação ou levem consigo uma reflexão.

Há contextos que admitem que toda a apresentação seja uma história, mas não são tão comuns assim. Um exemplo é narrar a jornada de uma pessoa na empresa, usando clientes, colaboradores, parceiros, candidatos de processo seletivo, entre outros, como personagens.

Desenvolva o enredo principal

O enredo de uma história consiste na maneira como o conflito é desenvolvido até chegar a uma resolução. Assim, é preciso descrever a situação em que o protagonista está inserido, mostrar as complicações enfrentadas e dar uma solução plausível para o problema.

Situação

Ao imaginar a situação, procure saber quem são as pessoas envolvidas e como elas se relacionam com o conflito.

Complicações

Já as complicações são as dificuldades que se colocam no caminho. Em experiências pessoais e cases de sucesso, por exemplo, procure listar quais eram os problemas enfrentados.

Resolução

Para fechar o plot, releve se houve sucesso ou insucesso em vencer as dificuldades, bem como as consequências geradas pelo resultado.

Perceba que os elementos do enredo podem ser vistos na maioria das histórias. É assim, por exemplo, se olharmos um plot de vingança:

  • situação— João de Santo Cristo, ao voltar para casa, encontra sua amada Maria Lúcia casada com seu inimigo Jeremias;
  • complicação — O protagonista marca um duelo, e nele é baleado pelas costas;
  • conclusão— Maria Lúcia entrega uma arma para João, que mata o antagonista com cinco tiros; depois, arrepende-se e morre com seu protetor.

Imagine, por exemplo, que somos chamados para contar o case de uma inteligência artificial de voz: 

  • situação —os membros da equipe tentam implementar a inovação nos atendimentos telefônicos;
  • complicação — os clientes não aceitam bem num primeiro momento, pois a voz da IA não é fluída nem parecida com o falar humano;
  • resolução — os responsáveis contratam dubladores para gravar os áudios em estúdio, tendo os bons resultados junto aos clientes como consequência.

Lembre-se, por fim, de considerar o tempo da apresentação ao definir a complexidade e o desenvolvimento dos elementos da sua história. Você não precisa criar personagens com muitas camadas, desejos e necessidades.

Além disso, nos cases de sucesso e apresentações de resultados, os indicadores complementam muito bem a apresentação, confirmando as consequências percebidas após a resolução do problema.

Como aprofundar os conhecimentos em Storytelling?

Aqui na SOAP, temos cursos e materiais voltados para executivos e gestores que desejam dominar a arte da comunicação. Com nossos conhecimentos, ajudamos você a se destacar nas apresentações estratégicas e reuniões decisivas da sua empresa. 

Atualmente, o storytelling é abordado no curso Comunique-se, em que você aprende como usar a linguagem para prender a atenção do público e se destacar em diferentes situações e contextos empresariais. Nele, desenvolvemos diversas habilidades comportamentais:

  • Storytelling;
  • Criatividade e Diagramação;
  • Performance;
  • Inteligência Emocional;
  • Comunicação Empática;
  • Assertividade;
  • Elevator Pitch.

O curso vai muito além do que vimos até aqui. Você terá uma caixa de ferramentas para acessar quando quiser e transformar as suas apresentações profissionais. Conheça o curso online Comunique-se!

Curso

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