Você já parou para pensar nos ingredientes de uma história cativante, que envolve e causa identificação do público com o personagem? A resposta frequentemente está na Jornada do Herói.
Você já parou para pensar nos ingredientes de uma história cativante, que envolve e causa identificação do público com o personagem? A resposta frequentemente está na Jornada do Herói.
Em “O Herói de Mil Faces” (1949), Joseph Campbell mapeou as características que compõem narrativas envolventes — de mitos antigos a um novo episódio de Star Wars.
A seguir, explicamos como você pode usar essa estrutura vinda do storytelling, para criar narrativas de alto impacto nas suas apresentações profissionais. Continue a leitura!
A Jornada do Herói é uma estrutura narrativa presente em diferentes histórias, em que uma pessoa é convocada a vivenciar novos desafios e, após provações e aprendizados, retorna para casa com uma recompensa.
O trabalho desenvolvido por Joseph Campbell foi mapear os pontos em comum de diferentes histórias de sucesso. Assim, o escritor e mitologista norte-americano modelou uma estrutura que pode ser replicada.
Não por acaso, o monomito — que depois ficou conhecido como Jornada do Herói — é constantemente estudado por autores, roteiristas, professores e palestrantes. Além disso, é uma das ferramentas mais poderosas de storytelling.
A versão mais conhecida da Jornada do Herói é a estrutura em 12 passos. Essa adaptação foi criada por Christopher Vogler em um memorando interno para orientar os artistas dos estúdios Disney. E, posteriormente, foi detalhada no livro “A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Roteiristas” (1992).
O primeiro passo é enxergarmos o personagem em uma vida normal, conforme o contexto apresentado — que pode ser um mundo igual ao nosso ou um ambiente de fantasia.
O herói é retirado de sua vida normal por um evento marcante, geralmente um grande desafio. Pessoas que se descobrem com superpoderes, vilas atacadas e portais para outro mundo são alguns exemplos de convocações do herói.
O personagem demonstra suas vulnerabilidades diante da situação, resistindo inicialmente ao chamado. É quando podemos nos identificar com o protagonista, que se mostra humano.
A resolução desse primeiro conflito acontece a partir das sábias orientações e incentivo de um mentor. Nesse momento, o herói adquire algum novo recurso para enfrentar os desafios pela frente.
A seguir, o personagem rompe com o mundo normal em que vivia. O portal não é aplicado literalmente, sendo uma metáfora para a mudança de contexto do protagonista.
O herói é desafiado e precisa se superar. Além disso, existem pessoas que vão ao seu auxílio, bem como aquelas que colocam obstáculos na sua jornada.
Então, após superar uma série de desafios, o protagonista precisa se reconciliar com os motivos e propósito de sua jornada. A caverna secreta representa esse local de meditação.
Reconectado com seus ideais, o personagem passará pelo ponto alto da jornada, em que deve superar o maior desafio de todos.
O desafio não é em vão, e o personagem recebe algo de valor em troca: um tesouro, a cura para uma doença, a reconciliação com os amigos, por exemplo.
É o momento, então, de retornar ao mundo normal que havia deixado para vivenciar as aventuras.
O inimigo ou prova final que parecia superada ressurge das cinzas, e o herói é desafiado a um último teste. Aqui, tudo que foi conquistado está em jogo.
A Jornada do Herói se fecha com a superação final e retorno definitivo do herói para casa. O elixir simboliza que o personagem traz consigo um elemento capaz de impactar a todos naquele mundo onde a trajetória foi iniciada.
A Jornada do Herói pode ser utilizada para construir diferentes narrativas, e as apresentações profissionais podem ser mais envolventes com uso do storytelling.
O desafio é saber como adaptar o conteúdo da apresentação ao formato. Veja algumas dicas!
Protagonistas, coadjuvantes, amigos, inimigos e mentores movimentam as etapas da Jornada do Herói. Procure avaliar a função das pessoas na história que você quer contar. Veja alguns exemplos:
Compare o mundo comum e o retorno com o elixir. Por exemplo, se você for apresentar um produto ou projeto, avalie como era o cenário antes de qualquer solução e como ficou após a conclusão da jornada. Depois, é mais simples desenhar o caminho para conectar esses dois pontos.
Os desafios e como eles foram solucionados são fundamentais na Jornada do Herói. Logo, procure quais foram e os separe conforme a função na jornada: se chamaram para o desconhecido, estiveram no meio da jornada ou foram “a provação”.
A estrutura da Jornada do Herói é divida em três fases. Citando o próprio Joseh Campbell, temos:
Muitas vezes, as apresentações profissionais são rápidas e enxutas. Assim, entender as 3 partes principais ajuda a ter um norte para montar, pelo menos, uma estrutura com os elementos essenciais.
Você pode dominar as narrativas para apresentações profissionais a partir dos materiais e cursos da SOAP. No curso de storytelling para pessoa física, por exemplo, ocorre o desenvolvimento das técnicas e ferramentas narrativas para serem usados em diferentes contextos.
Além disso, temos soluções específicas para empresas, como o StorySelling e Data Storytelling. O primeiro treinamento corporativo aborda o storytelling nas situações e desafios de vendas, enquanto o segundo, as apresentações com o uso de dados e indicadores.
As habilidades de storytelling e o domínio da Jornada do Herói podem fazer parte tanto de iniciativas de desenvolvimento individual como de treinamentos para as equipes da sua empresa. E, ao dominar as técnicas, todos podem criar narrativas cativantes de modo a conquistar seus objetivos profissionais.
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