Todos os anos, em São Francisco, o Google organiza a conferência de programadores Google I/O.
Todos os anos, em São Francisco, o Google organiza a conferência de programadores Google I/O. Na última edição, que aconteceu em maio, o CEO da empresa, Sundar Pichai, subiu ao palco para mostrar como está “repensando todos os seus produtos”. Além dos anúncios oficiais, chamou a atenção durante a apresentação o fato de Pichai usar pouquíssimas palavras no design de seus slides. O empresário optou por investir mais em imagens do que em bullet points.
Em artigo publicado no site da Inc., o jornalista, coach e palestrante americano Carmine Gallo contou que executivos do Google defendem, como nós, que o visual tem papel fundamental para passar a mensagem desejada. Seus funcionários, inclusive, estão sendo treinados para fazerem apresentações profissionais com cada vez menos texto e mais imagens. Pichai defende que imagens contam melhor as histórias e nós concordamos em gênero, número e grau. Não é de hoje que dizemos: a função do visual não é apenas deixar o material bonito, mas sim facilitar no entendimento e retenção da mensagem!
Enquanto persiste o mito de que espaço em branco no slide é falta de conteúdo (se quiser saber mais sobre outros mitos, baixe nosso e-book gratuito Os Grandes Mitos Sobre Apresentações), ainda no artigo da Inc., Carmine chamou a atenção para o fato de os slides usados na apresentação serem organizados e com muitos espaços em branco. Não houve em nenhum momento a tentativa de preencher slides com palavras e números. Afinal, utilizar o respiro entre os elementos é mais do que necessário para ressaltar o que realmente importa.
Aqui, algo interessante: o biólogo molecular John Medina, autor de Aumente o poder do seu cérebro, concluiu que uma apresentação profissional tem em média 40 palavras por slide, apesar de serem ineficientes informações baseadas apenas em texto. Um exemplo: ao ouvir uma informação, você lembrará 10% dela após três dias. Acrescente uma imagem e você se lembrará de 65%.
Pichai demorou 12 slides para somar 40 palavras e o texto era muito mais um complemento da foto do que uma informação independente. Por exemplo, para mostrar que os produtos do Google – como Search, YouTube e Android – têm mais de 1 bilhão de usuários por mês, o primeiro slide apenas continha os logos dessas ferramentas com a frase “1 Billion+ Users”.
Pesquisas feitas por cientistas cognitivos mostram que o cérebro não consegue ter um bom desempenho ao executar duas tarefas ao mesmo tempo. Basicamente, eles defendem que o multitasking não funciona. No caso de apresentações, não conseguimos ler as palavras na tela, ouvir o que o apresentador diz e reter toda a informação relevante.
No livro Ted Talks, Chris Anderson, autor e curador do TED, também defende o uso de poucas frases ou textos em apresentações. O empresário afirma que isso dificulta que a audiência preste atenção ao que está sendo dito. Ele afirma que quando palestrantes chegam ao TED com slides cheios de palavras, o truque é oferecer uma bebida, sentar com o convidado em frente ao computador e, gentilmente, “deletar, deletar e deletar”. Após as alterações, cada tópico se transforma em uma sentença única em um slide ou é substituído por uma foto. Aqui na SOAP também procuramos orientar ao máximo nossos clientes e participantes dos cursos de comunicação para que façam isso.
Se funciona para o TED, para o Google e para nossos clientes, dificilmente vai falhar no seu momento decisivo. Para ficar ainda mais afiado, você pode navegar aqui no blog da SOAP e conferir nossas dicas ou ainda melhor, participar dos nossos cursos de comunicação corporativa. Clique aqui e veja os detalhes!