Com um discurso voltado à transformação cultural das empresas, para que elas passem a praticar o amor, o pai das forças trouxe uma palestra extremamente inspiracional, convidando-nos a olhar para nós mesmos como protagonistas da própria vida e indicando como isso pode refletir no trabalho.
Com um discurso voltado à transformação cultural das empresas, para que elas passem a praticar o amor, o pai das forças trouxe uma palestra extremamente inspiracional, convidando-nos a olhar para nós mesmos como protagonistas da própria vida e indicando como isso pode refletir no trabalho. Afinal, toda organização é feita de pessoas, e, justamente por isso, o amor precisa ser discutido e trabalhado no ambiente corporativo para que a equipe evolua.
O uso da palavra amor não é por acaso, uma vez que reconhecemos que uma pessoa que ama se torna mais gentil, inspirada, genuína, eficaz e veloz. Tais adjetivos podem ser adaptados ao “corporativeis” como resiliente, envolvida, engajada e motivada, ou seja, tudo o que se espera de um funcionário.
Uma das grandes falhas na gestão de pessoas está justamente no desenvolvimento de talentos, e no quanto estamos os minando ao focar apenas nos aspectos negativos. Por exemplo, quando vamos analisar a performance de um colaborador separamos o que é bom e o que é ruim, mas quando vamos observar o todo, reforçamos as falhas.
Num feedback, se falamos o positivo, mas logo em seguida vem aquele “mas”, seguido de várias ações que devem ser melhoradas, estamos focando no ruim, em como o outro deve ser “menos ruim”. Ao focarmos nas forças, no que é positivo, estamos mostrando como potencializar algo que a pessoa já faz muito bem.
Os bons líderes estudam quais as forças que as pessoas possuem e focam muito mais nelas do que em suas fraquezas. Isso porque desenvolver habilidades nas quais se tem dificuldade é um processo complexo e exaustivo, de maneira que a pessoa poderia empregar o tempo destinado a preencher esses gaps a aperfeiçoar habilidades já existentes até a excelência.
Mas antes de buscar o talento do outro, você deve se perguntar qual é o seu talento. Quais características devem ser reforçadas para que você sinta que está cumprindo o seu propósito?
A felicidade no trabalho será o termômetro para descobrir o seu talento, as suas forças. E para facilitar esta descoberta, o palestrante propõe um exercício chamado “Uma semana in love pelo meu trabalho!”, no qual você deve fazer uma lista com todas as atividades realizadas durante a semana, organizando-as em duas colunas: do lado esquerdo devem ser alocadas aquelas que você se sentiu feliz fazendo, enquanto do lado direito ficam as atividades pelas quais você não nutriu tanta satisfação – incluindo aquelas que foram realizadas sob um sentimento de medo.
A questão aqui não é se a pessoa consegue finalizar algo de forma assertiva e efetiva, mas sim como ela se sente ao realizar aquela atividade. A pergunta que se pretende responder é: será que se ela estivesse em outra função ou atividade, exercendo-a com amor, seus resultados não seriam melhores? Ela não seria mais produtiva e relevante em outra área da empresa?
Se você quer que seu funcionário aprenda mais, foque naquilo que ele aprende melhor, que tem mais facilidade de realizar e que o faz feliz. Não queira ensinar uma pessoa a ser o que você quer que ela seja; as habilidades e o que ela tem de bom já estão dentro dela, por isso que chamamos aquela descoberta súbita e que faz todo sentido pra gente de insight. É algo que vem de dentro e que, de repente, conseguimos visualizar.
Pratique o reforço das forças (chamado em inglês de strengths replays) inclusive em seus momentos de feedback, e, quando tiver que levantar pontos de melhoria, siga a seguinte proporção: a cada 5 reforços, 1 ponto de melhoria.
Reforçar o positivo não significa que o funcionário vai se bloquear e não fazer algo apenas porque aquilo não lhe dá prazer, mas sim que a gestão não deve esperar que ele seja um mestre naquele skill que não lhe traz felicidade.
Por fim, o palestrante ressalta o protagonismo de cada indivíduo ao nos lembrar que não é o bom trabalho que encontra a pessoa, mas a pessoa que faz daquele um bom trabalho ao aplicar todo seu talento nele. Somos responsáveis por construir momentos corporativos mais felizes, sendo assim, pegue as suas forças e aplique-as no seu dia a dia. Ajude a criar um ambiente que o faça feliz.