Quando saiu o primeiro trailer do filme Bohemian Rhapsody, dirigido por Bryan Singer, o alvoroço já foi enorme.
Quando saiu o primeiro trailer do filme Bohemian Rhapsody, dirigido por Bryan Singer, o alvoroço já foi enorme. Milhões de pessoas empolgaram-se ao saber que veriam nas telonas a história do Queen. Agora, com o filme liderando as bilheterias mundo afora, o alvoroço virou febre. É difícil encontrar alguém que não tenha se emocionado com a história e as músicas da banda, que fez sucesso na década de 70 e 80 e voltaram a ser cantaroladas em todos os cantos. O grande responsável por esse fascínio é o cantor Freddie Mercury que realmente sabe conquistar a audiência.
Apesar de não se enxergar como o líder da banda, era ele a figura mais carismática. A conexão com as pessoas é tamanha que, ainda hoje, 27 anos depois da sua morte, sua voz, sua performance e os hits do Queen atravessam gerações.
O que estava por trás dessa conexão?
Uma dica: tem a ver com autoconhecimento e com empatia, dois assuntos que post sim, post não, aparecem aqui no blog da SOAP.
Atenção: teremos minispoilers.
O filme explora uma das maiores virtudes de Freddie: a confiança.
No começo da história, quando ele se oferece para substituir o vocalista da banda que futuramente seria o Queen, logo mostra a que veio: solta a voz para encantar os então jovens Brian May (guitarrista) e Roger Taylor (baterista).
Pouco depois, ao estrear no palcos em um pequeno pub inglês, ele supera problemas técnicos (como não saber ajustar o microfone) para arrebatar a plateia. E daí para encarar milhares de pessoas nos estádios foi um “pulo”: Freddie sempre dava uma performance memorável.
Como o filme revela, esse “poder” vinha de um preparo emocional muito consistente, que já estava ligado à personalidade do cantor.
Ele era muito seguro e se conhecia profundamente, mas também estava atento ao outro — sabia exercer a empatia como poucos. E por falar em autoconhecimento, este artigo traz dicas superimportantes.
Fazendo o paralelo com apresentações profissionais, vale a provocação: você conhece bem as suas audiências?
Faz o dever de casa, ou seja, estuda os hábitos e os gostos do público?
Tudo isso interfere no resultado final da apresentação!
O filme também acerta em cheio ao mostrar trechos em que Freddie Mercury e a banda interagem com o público.
Principalmente naquele que é considerado o show mais marcante do Queen: o Live Aid, que aconteceu em Londres, em 1985.
Na apresentação, o cantor garantiu a atenção de centenas de milhares de pessoas durante quase dois minutos sem tocar nenhum instrumento ou cantar alguma música. Ele apenas cantarolava seus famosos “EÔ” e a multidão repetia, em uníssono. A partir daí, ele foi desenvolvendo, brincando, improvisando; e o público foi junto.
O final da apresentação foi catártica.
A interação com o público era marca registrada não só de Freddie, mas do Queen.
Tanto que o clássico We will rock you foi composto com o objetivo de fazer o público “tocá-lo” também, tornando-se parte da banda.
Isso demonstra, mais uma vez, o quão importante são a empatia e o conhecimento da audiência.
Ao se colocarem no lugar das pessoas para entender o que elas de fato queriam, Freddie Mercury e seus companheiros criavam a sensação de pertencimento e transformavam apresentações em espetáculos.
As pessoas iam aos shows do Queen não para vê-los ou ouvi-los, mas para vivê-los.
Agora, pare e pense: como você poderia fazer isso com sua apresentação?
Que tipo de ação você poderia bolar para que a sua audiência se sinta parte dela, e não apenas coadjuvante?
Ah, vale mencionar a cereja no bolo: a presença de palco do vocalista.
Com um talento nato para escolher os figurinos, Freddie criou para si uma mística própria, com coreografias intensas e malucas, performances enérgicas no piano, o icônico bigode e o microfone no meio pedestal.
Este vídeo é um bom exemplo disso:
Ao final do filme, entendemos que o ponto-chave da conexão entre Freddie Mercury e as pessoas era a emoção.
Ele imprimia, na voz e na performance, tudo o que vinha de dentro, como se cada apresentação fosse sua última.
O público sentia essa verdade e respondia a ela.
A transparência de seus sentimentos criava um vínculo tão poderoso com a plateia que era impossível ficar indiferente àquela figura sobre o palco.
Ele era um “apresentador” autêntico.
Por tudo isso, vale muito conhecer a trajetória desse ícone dos palcos.
Além de músicas inesquecíveis, Freddie Mercury deixou importantes lições de como conquistar uma audiência que você pode – talvez sem precisar de uma fantasia de rei – replicar nas suas interações com o público. Além de se inspirar no Freddie, se quiser saber mais sobre apresentações no estado da arte, entre em contato com a SOAP!