Já aconteceu de você ter explicado por e-mail ou WhatsApp uma tarefa para alguém da sua equipe e o resultado final ter sido bem diferente do que você esperava? Esse é um sinal de que atualmente há uma tendência de falha na comunicação e na colaboração (ou seja, no trabalho em equipe), segundo Erica Dhawan, autora do livro Get Big Things Done: The Power of Connectional Intelligence.
Já aconteceu de você ter explicado por e-mail ou WhatsApp uma tarefa para alguém da sua equipe e o resultado final ter sido bem diferente do que você esperava? Esse é um sinal de que atualmente há uma tendência de falha na comunicação e na colaboração (ou seja, no trabalho em equipe), segundo Erica Dhawan, autora do livro Get Big Things Done: The Power of Connectional Intelligence.
Em sua palestra no ATD 2019, a especialista conta que 70% da comunicação entre equipes ocorre virtualmente. Apesar de facilitar muitas atividades (como possibilitar reuniões entre pessoas localizadas em diferentes lugares), o mundo virtual também pode atrapalhar o trabalho. Para explicar melhor, Erica traz o exemplo de um profissional que diz ao seu gestor ter tido uma ideia brilhante. O chefe responde horas depois dizendo que não entendeu e a profissional também demora para retornar dando mais detalhes. No fim, algo que poderia ter sido explicado pessoalmente em 15 minutos levou 5 horas.
Um dos efeitos adversos dessa comunicação moderna, segundo a palestrante, é a diminuição do compartilhamento e de aplicação de ideias inovadoras pelos colaboradores. Afinal, é comum que haja mal-entendidos como o que acabamos de citar. Essas confusões podem fazer com que o profissional desanime de continuar explicando o que pensou – e, muitas vezes, com que os gestores não deem a devida importância a uma ideia excelente por não a terem entendido logo de cara.
Nesse contexto, Erica apresenta o conceito de Connectional Intelligence (inteligência que conecta, numa tradução livre). O termo se refere à capacidade de “desbloquear” valores de negócios por meio da maximização do poder das conexões e relacionamentos. Ou seja, conseguir mostrar o potencial das suas ideias por meio de uma comunicação efetiva e conexões verdadeiras com sua equipe.
Como o meio virtual é uma realidade que dificilmente será abandonada, a apresentadora aproveita para dar dicas de como podemos usá-lo da melhor forma na hora de nos comunicarmos. O uso de pontuações corretas é uma delas. Afinal, uma vírgula colocada em um lugar errado pode mudar todo o sentido de uma frase. Outra sugestão é que você se atente para responder e-mails o mais breve possível. Dessa forma, dá tempo de corrigir mal-entendidos antes que uma tarefa seja executada e previne a perda do timing de sugestões que cabem àquele momento específico.
Em sua apresentação, a autora definiu os cinco princípios da Connectional Intelligence:
1. Brevidade cria confusão: não precisa encher linguiça, mas seja específico.
2. Fale o que você está pensando: como você se sente em relação a isso? Qual sua opinião? Está tudo claro para você?
3. Fique de olho: não deixe de checar se os e-mails e mensagens que você enviou já foram respondidos, por exemplo.
4. Assuma a melhor intenção: tenha boas intenções e se assegure de que você interpretou uma mensagem corretamente antes de respondê-la.
5. Tenha voz: tenha opiniões formadas e saiba defendê-las.
A apresentadora encerra dizendo que os pensadores enxergam grandes possibilidades: os possibilitadores constroem pontes para que elas aconteçam e os executores colocam essas ideias em prática. Para que ocorram inovações, é preciso que todas essas pessoas estejam conectadas.
Para saber mais, não deixe de acompanhar nossa cobertura sobre as palestras do ATD 2019. E compartilhe todo o nosso conteúdo com sua equipe de trabalho.