Que tal dominar a arte da comunicação concisa? Aprenda a falar de forma objetiva e persuasiva com 7 passos práticos de oratória
“Falou, falou e não disse nada”. Já ouviu essa expressão alguma vez na vida? É comum escutar esse tipo de comentário quando se está sendo prolixo.
Se você está aqui, certamente desconfia que tem essa característica. Pessoas prolixas têm o hábito de falar demais, muitas vezes utilizando palavras desnecessárias e repetindo informações.
É algo bem comum em quem não sabe sintetizar seus pensamentos ou se sente inseguro em relação a ser incompreendido.
Outras características de um discurso prolixo incluem:
O problema de falar dessa forma é que isso dificulta a compreensão do que está sendo dito, tende a fazer com que a pessoa que recebe a mensagem se disperse, além de ser um desperdício de tempo.
Em situações importantes, como em apresentações profissionais, a prolixidade pode ser a receita do desastre.
Por exemplo: até chegar aqui, quantas vezes você procurou dicas práticas para deixar de ser prolixo e se deparou com introduções maçantes em outros artigos, repetindo e falando um monte de coisas iguais?
Pois é, isso é prolixidade. Então aqui na SOAP vamos direto ao ponto: entender o que você pode fazer a partir de agora para deixar de ser prolixo. Depois a gente discute outros pontos importantes.
Qualquer pessoa pode desenvolver sua oratória para deixar de ser prolixo e ter uma comunicação mais assertiva. Siga estes passos:
É um exercício. Seja numa situação cotidiana ou preparando o roteiro de uma apresentação, por exemplo, tente delimitar com clareza a mensagem que você quer transmitir.
Pessoas ansiosas podem ter mais dificuldade com isso, mas é possível. Lembre-se que a prática leva à perfeição, então você dominará a objetividade em pouco tempo se treinar todos os dias.
Antes de uma apresentação, treinamento ou reunião, faça um esboço organizando suas ideias em uma estrutura lógica. Inclua os principais pontos que deseja abordar e deixe de fora tudo que não é essencial para a mensagem.
Isso ajudará a manter seu discurso mais conciso. Um roteiro bem estruturado é o melhor amigo de qualquer pessoa que tem dificuldades com oratória.
Depois de pensar sobre a mensagem que deseja transmitir e escrevê-la, revise. Eu sei, parece que estamos sendo óbvios. Mas muitas pessoas subestimam a importância desses primeiros passos básicos e, por isso, acabam sendo prolixas.
Então, após escrever seu roteiro, revise-o cuidadosamente em busca de partes que possam ser reduzidas ou simplificadas. Elimine palavras e frases com ideias repetidas, bem como informações que não são essenciais.
A primeira pessoa a escutar e processar o que você fala tem que ser você. Muitas pessoas acabam sendo prolixas porque ao falar não prestam atenção em si mesmas, apenas saem descarregando todas as palavras que surgem na ponta da língua sem filtrá-las.
Ao falar, esteja atento ao seu ritmo, à quantidade de palavras que está usando e ao conteúdo da sua mensagem. Então ajuste-se. Isso se chama autoconsciência.
Práticas de mindfulness também podem ajudar. Isso consiste em se concentrar completamente no presente. Em atenção plena, as preocupações do passado e futuro dão lugar à uma consciência do agora, o que inclui percepção de sentimentos e sensações.
Deixe para abrir a torneirinha dos pensamentos desenfreados quando estiver desabafando sobre sua vida pessoal com um amigo próximo ou na terapia. Em situações profissionais, sem medo de ser incompreendido: fale o necessário.
Use frases curtas e diretas, porque são mais fáceis de entender. Poucas palavras, na maioria das vezes, já são o suficiente para transmitir uma mensagem completa de forma mais eficaz graças à maravilha que é a Língua Portuguesa.
Desafie-se a resumir ideias complexas em poucas palavras. Tente explicar conceitos complicados de forma simples e sucinta.
Você pode fazer isso resumindo artigos, livros ou sintetizando outros roteiros de apresentações e textos que você mesmo já criou. Isso ajudará a desenvolver suas habilidades de concisão.
Vai dar um treinamento profissional e precisa transmitir uma ideia complexa em pouco tempo sem ser prolixo? Nesse tipo de situação, recursos além do discurso linear podem ajudar: ilustrações, exemplos práticos, storytelling.
Algumas mensagens realmente não podem ser transmitidas em poucas palavras. Nesses casos, está liberado usar esses artifícios para simplificar o roteiro.
Assertividade é o exato oposto da prolixidade. Portanto, estudar técnicas de comunicação assertiva será de grande ajuda para tornar seus discursos mais objetivos e claros.
Aqui na SOAP, temos vários artigos com dicas de comunicação assertiva, além de nossos treinamentos como o SOAP Apresentador, que aborda como falar em público e situações profissionais sem ser prolixo.
O treinamento SOAP Apresentador ensina técnicas de comunicação e oratória para se apresentar com assertividade. Afinal, falar em público e se apresentar de forma segura e com credibilidade são habilidades fundamentais para o sucesso profissional.
Diferente de um simples curso de oratória, esse treinamento vai além, focando no autoconhecimento como base para o desenvolvimento de uma consciência verbal e não verbal durante as apresentações.
O objetivo é reduzir a discrepância entre a imagem que o apresentador deseja transmitir e a percepção que os ouvintes têm dele.
No treinamento SOAP Apresentador, você e sua equipe vão aprender a:
Uma comunicação assertiva pode fazer toda a diferença e determinar o sucesso de uma apresentação, especialmente em contextos profissionais. Por outro lado, a prolixidade pode causar uma série de problemas, como:
É interessante destacar como a prolixidade pode prejudicar a construção de credibilidade, porque muitas pessoas são prolixas justamente devido à insegurança de não serem bem-vistas. Elas falam demais e se repetem, com medo de que não estejam transmitindo a mensagem da melhor forma.
Mas essa insegurança causa justamente o efeito inverso.
Em uma publicação no LinkedIn, a bibliotecária e mestre em Ciência da Informação Paulla Pereira critica como tantas publicações ainda usam tamanho como critério de credibilidade. Ela exemplifica os primeiros artigos que escreveu e, para conseguir publicá-los, já teve até mesmo que “encher linguiça”.
“Eu sou bibliotecária e durante muito tempo trabalhei com assistência a busca em bases de dados. E sabe o que eu reparei? Que as principais e mais famosas revistas científicas, aquelas que tornam seu nome grande ao publicar nelas, como a Nature e (especialmente) a Science, publicam artigos de duas páginas, três páginas. E são artigos que muitas vezes expõem a vanguarda das pesquisas científicas, as últimas descobertas, ‘inovações inovadoras’ — e eles não exigem que essa inovação toda seja descrita em, no mínimo, 10 páginas, sem contar as figuras.”
Os artigos científicos são apenas um exemplo, mas a prolixidade está em todo lugar: discursos políticos maçantes e cansativos, aulas em que o professor repete as mesmas informações várias vezes, treinamentos e apresentações profissionais com partes impertinentes.
Além disso, nos últimos anos, diversas pesquisas e estudos científicos têm demonstrado que a capacidade de concentração das pessoas tem diminuído. Isso pode se dever a vários fatores, mas um deles é o dinamismo das redes sociais que coloca nosso cérebro em um ritmo mais rápido.
Se antes já era difícil reter a atenção de alguém, no mundo atual, em que há cada vez mais distrações, isso se torna ainda mais desafiador. Por essa razão, é tão importante adotar técnicas para reter mais atenção e também evitar coisas que a dispersam, como a prolixidade.
Praticar as dicas acima para deixar de ser prolixo pode mudar esse tipo de situação, mesmo que você esteja abordando assuntos complexos ou extensos.