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No mundo corporativo, saber contar uma boa história pode ser a diferença entre uma apresentação qualquer e uma experiência memorável que gera resultados. O cérebro humano é programado para responder a histórias. Quando expostos a uma narrativa bem construída, nosso cérebro libera oxitocina, o hormônio responsável pela empatia e conexão.  

É por isso que 55% das pessoas afirmam que uma boa história é essencial para se manterem engajadas e prestando atenção, e uma apresentação construída como uma história é 22 vezes mais memorável que apenas fatos isolados. 

Dominar os elementos da narrativa é essencial para criar histórias que engajam, persuadem e transformam seu público. A seguir, saiba como explorar esses elementos e como aplicá-los estrategicamente em seu storytelling corporativo. 

Como os elementos da narrativa nos ajudam a contar uma história 

Existem seis elementos da narrativa: 

• Enredo; 

• Personagens; 

• Narrador; 

• Tempo; 

• Espaço;  

• Ação.  

Ao usar esses elementos, você transforma dados frios em experiências que tocam pessoas reais. Esses componentes funcionam como um GPS para sua história, guiando tanto você quanto sua audiência por um caminho claro e envolvente.  

Não é preciso ser Shakespeare para usá-los — com prática e conhecimento, qualquer profissional pode incorporar esses elementos em suas apresentações e criar conexões mais fortes e duradouras.  

Vamos explorar cada um deles e descobrir como aplicá-los de forma prática no seu próximo projeto ou apresentação. 

1. Enredo: a estrutura que sustenta sua história 

O enredo é a sequência de eventos que compõem sua história, conectados por relações de causa e efeito. No storytelling, um enredo bem construído segue uma estrutura clara: 

• Situação inicial: apresenta o contexto, os personagens e o cenário; 

• Conflito: introduz um problema ou desafio que precisa ser resolvido; 

• Desenvolvimento: mostra as tentativas de solução e os obstáculos encontrados; 

• Clímax: o ponto de maior tensão ou revelação na história; 

• Desfecho: a resolução do conflito e as lições aprendidas. 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Em uma apresentação sobre um novo produto, você pode estruturar seu enredo mostrando primeiro o problema que os clientes enfrentavam (situação inicial), as limitações das soluções existentes (conflito), o processo de desenvolvimento do seu produto (desenvolvimento), o momento da virada ou descoberta (clímax) e os resultados transformadores alcançados (desfecho). 

2. Personagens: humanizando sua mensagem 

Os personagens são os agentes da narrativa, aqueles que vivenciam os acontecimentos. No mundo corporativo, os personagens podem ser: 

• Protagonistas: clientes, sua empresa, fundadores, colaboradores; 

• Antagonistas: concorrentes, problemas de mercado, limitações tecnológicas; 

• Secundários: parceiros, fornecedores, outros stakeholders. 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Ao apresentar um case de sucesso, transforme seu cliente em protagonista, enfrentando desafios reais (antagonistas) com o apoio da sua solução. Humanize os dados demonstrando como pessoas reais foram afetadas. Por exemplo, em vez de dizer “Reduzimos custos em 30%”, conte como “A equipe X conseguiu reinvestir 30% do orçamento em inovação, permitindo o lançamento de dois novos produtos”. 

3. Narrador: definindo a perspectiva da história 

O narrador é quem conta a história, definindo a perspectiva e o tom. Existem três tipos principais: 

• Narrador-personagem: conta a história em primeira pessoa, participando dos eventos; 

• Narrador-observador: relata os acontecimentos em terceira pessoa, sem participar; 

• Narrador-onisciente: conhece todos os fatos, pensamentos e sentimentos dos personagens. 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Em uma apresentação para clientes, você pode alternar entre ser um narrador-personagem (“Quando desenvolvemos este produto, enfrentamos vários desafios…”) e um narrador-observador (“Empresas do setor financeiro enfrentam três desafios principais…”). A escolha do narrador impacta diretamente na conexão com a audiência. 

4. Tempo: controlando o ritmo e a cronologia 

O tempo na narrativa se refere tanto à duração dos eventos quanto à ordem em que são apresentados. Pode ser: 

• Cronológico: segue uma sequência linear de eventos; 

• Psicológico: flui conforme as percepções e memórias dos personagens. 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Em uma apresentação sobre a jornada de transformação digital da empresa você pode usar o tempo cronológico para mostrar o passo a passo do processo, ou alternar entre presente e passado para comparar o antes e depois. O importante é manter o controle do ritmo, sabendo quando acelerar em pontos menos relevantes e quando desacelerar nos momentos cruciais. 

No storytelling com dados, por exemplo, comparar métricas atuais com históricas cria um contexto temporal que torna a informação mais significativa e acionável. 

5. Espaço: criando o contexto ambiental 

O espaço é o cenário onde a história acontece. Pode ser físico (localização geográfica, ambiente de trabalho) ou psicológico (ambiente emocional, cultural ou econômico). 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Ao apresentar um case de implementação bem-sucedida, descreva o ambiente da empresa cliente antes da solução (caótico, ineficiente) e depois (organizado, produtivo). O espaço também pode ser usado para criar contraste: “Enquanto o mercado enfrentava turbulência, nossa empresa navegava com segurança”. 

O espaço ajuda a criar imersão e torna a história mais tangível. Em treinamentos corporativos, por exemplo, contextualizar situações em ambientes familiares aos participantes aumenta a retenção e aplicabilidade do conteúdo. 

6. Ação: movimentando sua narrativa 

A ação engloba tudo o que os personagens fazem, falam e pensam ao longo da narrativa. É o que mantém a história em movimento e gera engajamento. 

Como aplicar no ambiente corporativo: 

Em uma apresentação sobre processo de inovação, descreva as ações concretas tomadas pela equipe: reuniões de brainstorming, pesquisas com usuários, desenvolvimento de protótipos, testes e ajustes. Ações bem descritas permitem que a audiência visualize o processo e compreenda o esforço por trás dos resultados. 

Integrando os elementos da narrativa em seu storytelling corporativo 

O verdadeiro poder do storytelling corporativo está na integração harmoniosa desses seis elementos da narrativa. Veja como fazer isso de forma eficaz: 

• Comece pelo objetivo: defina claramente o que deseja comunicar e qual resposta emocional ou ação espera do público; 

• Conheça sua audiência: adapte os elementos da narrativa ao perfil, necessidades e expectativas do seu público; 

• Crie um mapa da história: estruture seu enredo com início, meio e fim claros, identificando pontos de virada e momentos de tensão; 

• Humanize seus dados: transforme números e estatísticas em histórias de pessoas reais, com desafios e conquistas; 

• Seja autêntico: use exemplos verdadeiros e emoções genuínas – a autenticidade é fundamental para criar conexão; 

• Pratique e refine: o storytelling é uma habilidade que melhora com a prática. Teste diferentes abordagens e aprenda com os resultados. 

Desenvolva o poder de contar histórias com a SOAP 

Dominar os elementos da narrativa é fundamental para criar histórias corporativas que informam, engajam, inspiram e motivam à ação. Em um mercado cada vez mais voltado para experiências e conexões humanas, o storytelling eficaz tornou-se uma competência essencial para profissionais de todos os níveis. 

Ao integrar esses elementos em suas apresentações, relatórios, pitches ou treinamentos, você transforma informações em narrativas memoráveis que geram impacto e resultados. 

Quer aprimorar as habilidades de storytelling do seu time e aplicar esses elementos de forma estratégica em seu contexto profissional?  

No workshop SOAP Storytelling, você e seu time terão contato com técnicas avançadas para atrair a atenção do seu público, despertar emoções positivas e conduzi-lo aos seus objetivos através de histórias cativantes.  

O que sua equipe irá aprender com os conteúdos do workshop? 

• Histórico do storytelling no mundo e sua importância para a vida social; 

• Aplicabilidade e UX no universo das histórias; 

• Panorama: do objetivo à moral da história; 

• Conquistando a audiência pelas emoções, com base na neurociência; 

• Métodos diferentes: Atos, Jornada do Herói, Jornada da Heroína e Kishotenketsu; 

• Semiótica das histórias – aprofundamento nas diferenças e no impacto que cada canal de comunicação tem sobre a mensagem; 

• Estruturação de narrativa em diversos contextos de trabalho. 

Ficou interessado? Entre em contato e descubra como as técnicas de storytelling podem potencializar as entregas e os projetos do seu time!