Energia está em pauta no momento.
Energia está em pauta no momento. Com crise econômica, intempéries climáticas e apreensões quanto a um possível racionamento, vivemos o dilema de ter energia para acelerar nosso crescimento ou de desacelerar o crescimento para não ficar sem energia.
Não é à toa que a ExpoGestão, principal encontro de negócios do Sul do Brasil, abre sua programação hoje com o futuro da Energia Elétrica na pauta. Um momento decisivo para os executivos que vão debater esse assunto e apontar soluções para o País.
A SOAP ajudou um desses executivos do setor de Energia Elétrica a se preparar para esse momento decisivo, ajudando-o na geração de um outro tipo de energia por meio de técnicas de storytelling: a energia da história que ele irá compartilhar dentro desse importante debate.
Uma inspiração para esse trabalho vem de uma outra história, do qual o tema é também a Energia: a comentada palestra de Elon Musk, CEO da Tesla Motors, que teve até o momento mais de 2,3 milhões de visualizações no YouTube. Vamos analisar como foi gerada a energia para manter as pessoas conectadas a essa história do início ao fim.
Carga positiva X carga negativa
De largada, podemos perceber como o princípio da energia de uma história é, de certa forma, análogo ao princípio da carga elétrica. De acordo com a Wikipédia, “convenciona-se a existência de dois tipos de carga, a positiva e a negativa, que, em equilíbrio, são imperceptíveis. (…) Um corpo está carregado eletricamente quando possui uma pequena quantidade de carga desequilibrada ou carga líquida.”
Pois o que move uma história para a frente, da mesma forma que a carga gerada em uma corrente elétrica, é justamente essa dinâmica entre a carga positiva e negativa das mensagens que são comunicadas pelo apresentador. Uma história será sempre sobre um mundo que está em desequilíbrio, com forças atuando nesses dois sentidos até o fim da história, quando a carga positiva ou a negativa poderá predominar.
As idas e vindas entre os dois pólos dessa carga gera o que chamamos de Viradas, que geram toda a energia da história. Vamos ver as principais viradas entre mensagens positivas (+) e negativas (-) da história contada por Elon Musk?
ATO 1
Musk inicia a palestra indo de forma direta a esse ponto: nosso mundo está em desequilíbrio, pois hoje a maior parte da energia elétrica é gerada a partir da queima de combustíveis fósseis.
Negativo (-) 1:00
A consequência é a elevação da emissão de carbono que pode tornar a vida no planeta inviável.
Positivo (+) 2:00
Mas há solução: o sol, um grande emissor de energia que já trabalha de forma incansável todos os dias
(-) 2:30
Só que essa energia precisa ser captada por painéis que podem ocupar uma área enorme.
(+) 3:15
Mas já está demonstrado que não: basta uma área menor que o estado do Texas – simbolizada por um pequeno quadrado azul– para fornecer energia a todos os Norte-americanos.
(-) 4:00
Só que o sol não brilha à noite, portanto é necessário o armazenamento de energia elétrica por meio de baterias – “pixel” vermelho dentro do quadrado azul -, conhecidamente caras, não confiáveis, com baixa durabilidade, eficiência e escalabilidade.
Chegamos ao conflito principal da história: como armazenar energia de forma sustentável para todo o mundo a partir da geração solar? É isso que Musk chama de “Missing Piece”: o elo perdido entre a capacidade disponível de se converter luz solar em energia elétrica e o transporte dessa energia, o que já é o principal negócio de sua empresa, que fabrica carros elétricos.
ATO 2
(+) 6:30
Nesse momento é apresentado o Tesla Powerwall, por meio de um rápido videoclipe que resume os benefícios dessa bateria, de belo design, fácil instalação e pouca ocupação de espaço, contrapondo o que se conhece sobre baterias hoje. Musk coloca uma cereja nesse bolo, revelando que isso é possível a um custo acessível.
(-)
Mas e quem nem tem acesso a energia elétrica como é hoje, como fica? Musk endereça um atributo importante do Powerwall e que gera um impacto global: por eliminar a necessidade de linhas de transmissão de energia, é uma solução que pode ser aplicada em locais remotos, de difícil acesso e levar luz, conectividade e infraestrutura a muitas localidades carentes.
Nesse ponto vale uma crítica à Musk, que não resistiu à vaidade de muitos executivos que, depois de apresentarem sua solução, não conseguem parar de falar só coisas boas a respeito dela. Musk chega a mencionar um pouco desse impacto, mas de forma muito superficial, pois preferiu destacar os atributos do Powerwall. Perdeu, assim, uma oportunidade de valorizar bastante o impacto global que seu invento pode gerar.
(+) 12:00
E assim ele continuou, destacando outra derivação dessa solução para aplicação em escalas maiores, o Powerpack. Aqui, ele poderia trazer exemplos de onde essa tecnologia foi aplicada. Mas ao invés disso, foi além, e demonstrou que todo o auditório em que estava sendo realizado o evento já tinha energia gerada a partir de suas baterias.
(-) 13:00
Mas o quanto demandaria levar isso a uma cidade inteira, um Estado, um País, o mundo?
(+) 14:00
A partir daí, Musk vai aumentando a escala do desafio e respondendo com sua solução, até chegar ao numero de 2 bilhões de Powepacks para suprir toda a energia elétrica do mundo para qualquer finalidade.
(-)
Mas isso é viável? Um número dessa magnitude?
(+)
Musk demonstra que os veículos na estrada hoje já são 2 bilhões, portanto a humanidade tem possibilidade de produzir essa quantidade de produtos em escala. E é o que a Tesla está fazendo com a criação de uma espécie de fábrica geradora e armazenadora de energia elétrica, a Gigafactory.
(-)
E com isso, sua empresa basicamente vai dominar o mundo?
(+)
Musk fala então sobre a filosofia de inovação aberta da empresa, afirmando que muitas outras empresas vão poder atuar nesse segmento, criando suas próprias Gigafactories.
ATO 3
(+)
E então, a história chega a uma mensagem climática: mais do que um novo mercado que se abre, é um novo futuro para toda a humanidade. Musk retoma o gráfico que mostrava no início a enorme escalada das emissões de carbono e mostra como a humanidade hoje tem na mão a possibilidade de reescrever o futuro, reduzindo enormemente essas mesmas emissões.
18 minutos e 15 viradas depois, a frase final de Musk foi: “We can do and we will do.”
Uma história, por menor que seja, vai ter ao menos 2 viradas, de uma situação que se complica (-) e que depois se transforma (+). O desafio é qualificar essas viradas para potencializar a energia que move a história.
Você acredita que pode e vai fazer sua próxima história gerar energia com boas viradas?
Com experiência em gerar energia para mais de 12 mil histórias desde 2003, a SOAP tem um time de roteiristas à sua disposição para ajudar a energizar seus próximos momentos decisivos.
Conte com a gente!