Qual a essência da natureza humana?Walter Fisher, professor americano, pai do Narrative Paradigm, respondeu, em 1984, essa questão dizendo que as pessoas são animais contadores de histórias ou storytelling animals.
Qual a essência da natureza humana?
Walter Fisher, professor americano, pai do Narrative Paradigm, respondeu, em 1984, essa questão dizendo que as pessoas são animais contadores de histórias ou storytelling animals.
Fisher acredita sermos seres narrativos, que experimentamos e compreendemos a vida por meio de uma série de narrativas contínuas.
Ele argumenta que todas as formas de comunicação entre humanos deveriam ser em formato de história. Fisher distingue a chamada Rational-World Paradigm (aquilo que nos ensinaram desde sempre) do Narrative Paradigm, que ele acredita ser o verdadeiro espelho do mundo humano. Abaixo, estão cinco diferenciações entre Rational-World Paradigm e Narrative Paradigm:
1) As pessoas são essencialmente racionais.
2) Tomamos decisões com base em argumentos lógicos.
3) O tipo de situação (estudo científico, tribunal, escola) determina os argumentos que utilizamos.
4) A racionalidade é determinada pelo que sabemos e conhecemos e pela forma como argumentamos.
5) O mundo e a vida são um conjunto de puzzles lógicos que podem ser resolvidos por meio da análise racional.
1) As pessoas são essencialmente contadores de histórias.
2) Tomamos decisões com base em boas razões.
3) A nossa história, família, cultura e personalidade determinam o que consideramos ser uma boa razão.
4) A racionalidade narrativa é determinada pela coerência e fidelidade das nossas histórias.
5) O mundo e a vida são um conjunto de histórias com base nas quais tomamos decisões e constantemente recriamos a nós e às nossas vidas.
No comparativo, nota-se, estão à direita os argumentos que sustentam a opinião Fisher: sempre fizemos parte de uma história, mesmo antes de termos nascido, e que todos, naturalmente, gostamos de histórias; fazemos parte de uma cultura que influencia quem somos e a forma como julgamos se uma história é boa ou não; temos de considerar o mundo como um conjunto de histórias do qual participamos ativamente e passivamente. Contudo, apesar de estarmos totalmente rodeados de histórias, não significa que saibamos contar uma boa história.
Mas problemas para contar uma boa história não são aceitáveis quando o assunto é apresentação. Fisher ensina que uma boa história precisa passar o duplo teste da coerência narrativa e da fidelidade narrativa.
Quando estiver escrevendo a história no roteiro da sua apresentação, você precisa fazer as seguintes perguntas: As personagens e os eventos fazem parte do mesmo todo? Todas as personagens atuam de forma consistente ao longo da história? A história parece provável? Deixei de fora algum detalhe importante? Tenho tudo na minha história para que a audiência possa acreditar nela?
O outro teste é o de fidelidade ou, em outras palavras, o teste de qualidade. Se a sua história for de qualidade e soar como verdadeira, as suas palavras despertarão uma resposta na sua audiência, conseguirá modificar de maneira substancial quem a ouvir (o que é sempre o objetivo de qualquer história). Mas, lembre-se, sua história só passará pelo teste da fidelidade se conseguir fazer sentido para a audiência, dando às pessoas razões suficientes para impactar suas formas de pensar e de agir.
As pessoas precisam se relacionar com sua história.
Você conhece e compreende agora a nossa natureza de contadores de histórias. Comece sua próxima apresentação escrevendo uma história que tenha coesão narrativa e que soe como verdadeira para a audiência. O impacto será tremendo!
[ Para aprender mais, baixe os e-book gratuitos da SOAP aqui. Siga a gente nas redes sociais para ter dicas de hora em hora sobre comunicação corporativa. FACEBOOK | LINKEDIN ]