Na SOAP, são corriqueiros os casos de histórias complexas.
Na SOAP, são corriqueiros os casos de histórias complexas. Especialistas em storytelling, nossos clientes nos contratam exatamente para ajudá-los a contar essas histórias. Mas como as histórias são absorvidas? Como se tornam inesquecíveis? Em muitos casos, usamos personagens em nossas apresentações para criar e dar vida às histórias corporativas. Criar personagens é um dos fatores-chave para elaboração de um bom roteiro.
Mas qual o principal motivo para criar um personagem? Ao fazer isso, estabelecemos identificação com nossa audiência. Em geral, o público se vê na pele dele e passa a acompanhar sua evolução no decorrer da história. Um bom personagem apresenta características reais: possui medos, manias, amores, preferências, qualidades e, principalmente, falhas e defeitos. Um personagem mal construído não provoca interesse, muito menos prende a atenção. Já os bem construídos, se tornam eternos. Quer exemplos? Peter Pan, Macunaíma, Capitu, Emília, Narizinho e Pedrinho, Dona-Flor, Papai-Noel e… a bola Jabulani. Como assim a Jabulani? O que ela tem a ver com este post?
Bolando o personagem Bem, contamos todas essa história para chegar aqui, na BOLA um exemplo perfeito de criação de personagem. A Jabulani foi uma grande atriz da Copa da África do Sul, em 2010, alvo de críticas e elogios por toda a parte. De 1930 a 1966, as bolas das Copas do Mundo de futebol eram protagonistas, mas não eram de fato personagens. Em 1970, a ADIDAS teve uma grande sacada: lançou a TELSTAR, a primeira bola com NOME PRÓPRIO. Ela rapidamente se tornou um ícone mundial, em razão também das suas inovações tecnológicas (32 gomos hexagonais, material etc.) Mas a grande ideia não foi simplesmente revolucionar a construção e cores das bolas dos mundiais. De 70 em diante, TODAS as bolas passaram a ter uma, digamos, PERSONALIDADE: design e traços culturais alinhados ao país-sede (para dar uma olhada na evolução das bolas da copa, basta clicar AQUI) O simples gesto de batizá-las é, justamente, o ponto que as torna um personagem central das copas.
Debate garantido antes dos jogos O nome escolhido gera debates acalorados a cada quatro anos. Ele é bom? Desagrada? Tem a ver com o país-sede? Está correta sua grafia? Por causa do nome e características físicas, as bolas imediatamente criam identificação com as milhões de pessoas que gostam do esporte e, claro, geraram infinitas possibilidades para o marketing da ADIDAS. A nossa BRAZUCA mal foi lançada, e já gerou uma grande discussão por causa da sua grafia, do desenho e das cores escolhidas. Tudo isso culmina, em último caso, em VISIBILIDADE para a marca. A partir de hoje, repare: quando alguém for à loja comprar uma bola da copa, vai pedir pelo NOME! Jabulani, Teamgeist e, agora, a Brazuca viraram praticamente um segundo mascote da Copa do Mundo, e, como consequência dessa exposição, a ADIDAS virou uma das maiores vendedoras de bolas de futebol do mundo.