Confira seis dicas para deixar na ponta da língua para a sua próxima apresentação
O uso de diminutivos e gerúndios em apresentações profissionais pode enfraquecer a comunicação. Diminutivos podem transmitir informalidade excessiva e falta de assertividade. Já o gerúndio tende a diluir a força da ação, criando frases menos impactantes e diretas.
Em contextos profissionais, a clareza, objetividade e precisão são essenciais para transmitir autoridade e confiança, e evitar esses recursos linguísticos contribui para uma comunicação mais eficaz e assertiva.
Na prática, deixar isso de lado pode ser bastante desafiador. Isso porque estamos falando de vícios de linguagem que muitas vezes passam despercebidos.
Esses vícios de linguagem são incorporados ao nosso modo de falar no dia a dia e, por isso, eliminá-los exige esforço consciente e prática constante. Para superar esse desafio, é importante treinar a oratória. Com o tempo, essas mudanças tornam-se naturais, elevando a qualidade das apresentações.
Neste artigo, temos algumas dicas importantes para o momento da sua apresentação. Mas antes, vamos esclarecer algo que ainda é motivo de dúvidas para muitos!
Na norma culta da língua portuguesa, o gerúndio é uma forma verbal que indica uma ação em andamento ou um processo contínuo. Ele é formado pelo acréscimo do sufixo “-ndo” ao radical do verbo, como em “falando”, “correndo” ou “escrevendo”.
O gerúndio é utilizado corretamente para expressar uma ação que ocorre simultaneamente a outra ou uma ação que se desenvolve de forma contínua.
Uso correto do gerúndio:
Uso incorreto do gerúndio:
O gerúndio é muitas vezes utilizado de forma inadequada em construções conhecidas como “gerundismo”.
Esse uso indevido ocorre principalmente em contextos em que uma ação futura ou resultado poderia ser expresso de maneira mais direta e assertiva. Exemplos de uso incorreto incluem:
Nesses exemplos, o gerúndio dilui a força da ação e torna a frase menos objetiva. Por isso, é importante utilizá-lo apenas quando há uma real necessidade de expressar a continuidade ou simultaneidade de ações.
O diminutivo, na língua portuguesa, é uma forma de derivação que indica que algo é menor em tamanho, quantidade ou intensidade. Não há uma regra explícita que determine quando é incorreto usá-lo, mas ele pode ter diferentes implicações dependendo do contexto e da intenção do falante.
Em alguns casos, pode transmitir carinho, gentileza ou informalidade, enquanto em outros pode passar uma impressão de desdém, ironia, ou mesmo diminuir a seriedade de um assunto. Por exemplo:
Portanto, embora o uso do diminutivo seja gramaticalmente correto, é importante estar atento ao contexto e à conotação que ele pode trazer. Em ambientes formais ou profissionais, o uso excessivo pode ser inadequado.
Quando se sentir tentado a usar um diminutivo, substitua-o por um sinônimo que transmita a mensagem de forma mais precisa e profissional. Por exemplo, ao invés de “projetinho”, use “projeto inicial” ou “projeto piloto”.
Essa prática evita a conotação de inferioridade ou falta de importância que os diminutivos podem sugerir, reforçando a seriedade do que está sendo discutido. Para aplicar essa dica, é útil expandir o vocabulário e se familiarizar com termos alternativos que agreguem valor ao discurso.
Os gerúndios frequentemente criam um efeito de continuidade desnecessária, enfraquecendo a força da ação. Para evitar isso, reestruture frases para utilizar verbos no presente ou no infinitivo.
Por exemplo, ao invés de dizer “estaremos analisando os dados”, prefira “vamos analisar os dados” ou “analisaremos os dados”. Essa mudança torna as ações mais diretas e impactantes. Pratique reformular frases no cotidiano, escrevendo e falando de forma mais assertiva.
Antes de uma apresentação, revise cuidadosamente o texto do seu discurso em busca de diminutivos e gerúndios. Identifique esses termos e substitua-os por alternativas mais apropriadas.
Ler o discurso em voz alta pode ajudar a identificar pontos onde esses vícios de linguagem aparecem. Com o tempo, essa prática de revisão se torna um hábito, permitindo que você identifique e corrija esses aspectos de forma mais natural.
Gravar suas apresentações é uma excelente forma de identificar o uso excessivo de diminutivos e gerúndios. Ao ouvir a gravação, você pode perceber com maior clareza como esses termos afetam a fluidez e a autoridade do seu discurso.
Reflita sobre cada uso e pense em como poderia ter expressado a mesma ideia de maneira mais direta e eficaz. Esse tipo de autocrítica é fundamental para melhorar a oratória ao longo do tempo.
Pratique suas apresentações com colegas ou mentores e peça feedback específico sobre o uso de diminutivos e gerúndios. Ouvir as percepções de outras pessoas pode revelar padrões que você não notaria sozinho.
Com base no feedback, faça ajustes no seu discurso, trabalhando para eliminar esses vícios de linguagem. Esse treino em um ambiente controlado ajuda a desenvolver uma maior consciência e controle sobre sua fala em situações reais.
Um discurso claro e objetivo naturalmente reduz o uso de gerúndios e diminutivos. Sempre que estiver preparando uma apresentação, priorize a clareza das ideias e a objetividade na forma de expressá-las.
Isso vai orientar sua escolha de palavras, levando você a optar por termos que agregam valor e reforçam a mensagem principal, em vez de suavizar ou prolongar desnecessariamente as informações.
Evite sobrecarregar sua apresentação com jargões ou termos técnicos que podem não ser compreendidos por todos os presentes. Isso pode criar uma barreira de entendimento e alienar parte do público.
Por exemplo, em uma reunião com clientes que não são especialistas em tecnologia, usar termos como “arquitetura de microserviços” sem explicação pode gerar confusão. Em vez disso, traduza esses conceitos para uma linguagem mais acessível, dizendo algo como “um sistema modular que facilita a atualização e manutenção”.
Manter um tom de voz monótono durante uma apresentação pode tornar seu discurso cansativo e dificultar a retenção de informações pelo público. Varie o tom de acordo com a importância do conteúdo, enfatizando pontos-chave e usando pausas estratégicas para criar impacto. Por exemplo, ao introduzir uma nova ideia, aumente a energia na voz para captar a atenção da audiência.
Falar muito rápido pode fazer com que o público não acompanhe o raciocínio, enquanto falar muito devagar pode parecer desinteressante. Encontre um ritmo equilibrado, ajustando a velocidade conforme o público e o conteúdo. Por exemplo, ao explicar um conceito complexo, diminua a velocidade para garantir que todos compreendam.
Muletas verbais como “ééé”, “tipo”, “né” e “então” podem enfraquecer a mensagem e passar uma imagem de insegurança ou despreparo. Concentre-se em eliminar essas expressões, substituindo-as por pausas estratégicas que ajudam a organizar o pensamento e dão tempo para o público assimilar o conteúdo.
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