Para nós, meros mortais que enfrentamos anos de aulas de português, gramática e redação, nunca entendemos a necessidade de ler muitas histórias e de escrever contos, crônicas e poemas.
Para nós, meros mortais que enfrentamos anos de aulas de português, gramática e redação, nunca entendemos a necessidade de ler muitas histórias e de escrever contos, crônicas e poemas. Por muito tempo, e sem dúvida até hoje, alguns de nós ainda pensamos vinte vezes antes de ler um livro, ou de escrever algo que não seja um relatório. Mas, por mais que quisermos evitar, o mundo vem abrindo milhares de espaços para escrevermos cada vez mais.
Não há dúvida que chegamos num momento onde se diz, “Nossa! Você não tem um blog? Como assim? Ah, mas precisa ter. Todo mundo tem!” E é a mais pura verdade: hoje, quase todo mundo tem um blog e escrevem cada vez mais sobre seus interesses, relacionados ou não com suas carreiras, sejam eles filmes, fofocas, política, perda de tempo e por aí vai.
De acordo com Isaac Asimov, um dos melhores escritores de ficção científica, não há “sugestões” para se contar histórias, mas há três dicas essenciais para ajudar um jovem escritor na construção da sua história:
1. Vocabulário: para Asimov, é importante saber usar suas ferramentas e a de um escritor nada mais é que sua língua. Ou seja, é necessário desenvolver um bom vocabulário, garantindo uma gramática e ortografia acirrada.
2. Entrelaçamento da trama: de nada adianta dominar o vocabulário se você não sabe como entrelaçar sua história. Cada personagem tem um propósito e cada momento da trama leva a compreensão da conclusão. Para conseguir isso, nada melhor que ler os grandes mestres da prosa, como Charles Dickens e Mark Twain. Mas não é apenas observar o que fazem e sim o porquê que o fazem.
3. Conhecimento: não se trata de conhecimentos gerais e sim de um conhecimento sobre contexto, do que se trata a sua história. De quê adianta escrever sobre um jogo de baseball se tudo o que sabe são as regras? É importante saber a pressão que o jogador sente ao encarar o arremessador, e sentir a emoção de assistir ao jogo de perto, curtindo um sol e comendo hot-dog. É necessário saber o conteúdo a ser abordado na sua história.
4. Mesclar ambiente com trama: ao escrever, é comum se esquecer do ambiente em que seus personagens estão e focar apenas nas ações. Não se deixe levar pelos diálogos e ações: descrever o ambiente da sala ou da cidade ajuda na imaginação de quem lê ou ouve sua história. As dicas são incríveis e extremamente valiosas.
E além dos blogs, hoje você encontra uma nova forma de contar histórias: na sua apresentação. O storytelling está cada vez mais popular, pois essas histórias engajam o público até mesmo quando o assunto aparenta ser cansativo. Seguindo as dicas de Isaac Asimov podemos adaptá-las para uma apresentação:
1. Com um vocabulário bom, o direcionamos para o seu público. Não adianta jogar um termo como “por obséquio” para um grupo de adolescentes. Vale lembrar: essa dica vale para apresentações com e sem storytelling!
2. Quando incluir uma história na apresentação, não se esqueça de dominar os diálogos e as ações de cada personagem ao decorrer da apresentação. Todas as personagens e falas têm um propósito trazendo uma coerência para sua história. Cabe a você saber que propósito é esse.
3. Ao apresentar, você tem que saber o conteúdo que está sendo abordado! Como falar sobre um sistema tecnológico se os termos para você, que é o apresentador, parecem estar em grego? Pesquise, aprenda e domine o assunto que está sendo abordado em sua apresentação.
4. É normal se empolgar com a história e esquecer sobre o que se trata sua apresentação. Embora esteja jogando uma história em uma apresentação, você está ali para apresentar ou, até mesmo, vender algo.
Portanto, não se esqueça de entreter seu público e falar sobre seu produto. Mescle os assuntos, dando a cada ação dos personagens algum contexto do seu produto. Depois dessa experiência, é você quem falará para seu colega de trabalho: “Como assim você não usou storytelling na sua apresentação?”.
Fica a dica!