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Comunicação estratégica é, basicamente, a forma como uma empresa se relaciona com seu público — seja ele interno ou externo — nos pontos de contato e como define os aspectos relacionados a essa comunicação:
Isso é o que vai fazer, de fato, a comunicação ser assertiva.
4 pilares para uma comunicação estratégica:
A comunicação existe para alguém que, geralmente, será uma parte interessada no negócio. Mas quem é esse público?
Ou seja: qual é sua faixa etária? Quais são os papéis que desempenha (sejam clientes, funcionários, fornecedores, parceiros etc)? Por qual (ou quais) motivos a sua mensagem interessa a essas pessoas?
Informações sobre o perfil da audiência serão a base para desenvolver toda a estratégia de comunicação depois: escolher os canais certos para falar, antecipar dificuldades, definir o tom da mensagem.
Sem um objetivo, não pensamos estrategicamente, deixamos os resultados à sorte. Além disso, se você não sabe por qual motivo vai transmitir a mensagem, por que transmiti-la então?
A verdade é que, muitas vezes, o objetivo da comunicação existe no consciente da pessoa que a realiza. Mas saber colocá-lo com clareza sobre a mesa é fundamental para não o perder de vista.
Exemplo: ao realizar uma reunião de feedback com funcionários, sabemos que o objetivo é que eles melhorem. Mas essa ainda é uma informação muito vaga para a redação de um roteiro, de fato, estratégico.
Você precisa saber:
Isso é apenas um exemplo, mas se aplica a qualquer troca de mensagens estratégicas: saber exatamente o que se quer para que seja possível traçar o mapa até essa meta.
Os comunicadores precisam ter um método que possibilite a criação de um plano sempre que necessário. Isso porque não podemos depender de momentos particularmente inspirados para sermos efetivos nessa área.
Esse pilar da comunicação estratégica diz respeito ao cerne de tudo isso: traçar o mapa, a estratégica, o plano de ação.
Com as informações sobre o público e a mensagem bem alinhadas, é hora de definir os canais, o tom, os argumentos, os CTAs. Colocar toda a ação no papel. E isso não pode ser feito de forma desorganizada, é necessário ser bem estabelecido na rotina produtiva, com método.
No planejamento, a mensagem que pretendemos transmitir e a linguagem visual são pontos-chave. Ambas devem fazer sentido em relação ao objetivo proposto e serão como os tijolos que compõem a sua estratégia de comunicação.
Neste pilar, estamos falando de criar aquilo que foi planejado e, se necessário, fazer ajustes para que todos os meios de linguagem (visual, escrito ou qualquer outro) estejam alinhados e transmitindo a mensagem de forma adequada.
Quando se fala em comunicação estratégica, muitas pessoas tendem a pensar apenas no panorama externo da organização. Mas esse também é um aspecto importante internamente.
Estratégia fará com que todas as mensagens sejam mais assertivas, refletindo no sucesso e na sustentabilidade do ambiente corporativo.
Isso também ajuda a garantir que todos na organização compartilhem uma compreensão comum dos objetivos, valores e estratégias da empresa. Cria um senso de propósito compartilhado que é muito importante para a motivação dos funcionários por vários motivos:
Por tudo isso, ela pode ser um poderoso instrumento para o desenvolvimento profissional e pessoal dos colaboradores. Ao promover a comunicação aberta e oferecer canais para feedback e diálogo, as empresas podem criar oportunidades para aprendizado contínuo.
O mais recente Latin American Communication Monitor (LCM), o estudo sobre comunicação estratégica e relações públicas na América Latina, destaca os aspectos principais que moldarão essa área em 2024:
O Brasil é um dos países da região onde esse debate é mais proeminente na área de comunicação, junto com Porto Rico e Chile.
Mais de 80% dos profissionais disseram que as ações relacionadas ao DE&I e a coerência entre o que se faz e o que se diz é crucial para manter a confiança dos stakeholders, internos e externos.
Embora os departamentos de comunicação não sejam os principais responsáveis diretos por desenvolver ações desse tipo, mais da metade (62%) trabalham em conjunto com outros departamentos (como o de RH) nesta questão.
O estudo destaca características como: atenção e escuta, preocupação com o bem-estar das outras pessoas e demonstração de sensibilidade e compreensão, e identificação dos pontos fortes e limitações daqueles que compõem a equipe, partindo especialmente das lideranças.
Os resultados sugerem que a liderança empática melhora o comprometimento e a saúde mental na gestão da comunicação, o que pode ter um impacto positivo em diversas áreas.
A maioria dos entrevistados acredita que essa parceria vai mudar totalmente o trabalho de comunicação estratégica, mas o relatório também identifica que ainda é um tema pouco debatido, então merece mais atenção.
Apenas 11% dos departamentos e agências de comunicação adotaram totalmente a CommTech. Há vários desafios identificados, mas em geral dizem respeito a deficiências organizacionais, como barreiras estruturais e tarefas/processos de comunicação não preparados para a digitalização.
Em relação a edições anteriores da pesquisa, agora parece haver uma percepção mais difundida sobre a importância da comunicação e do seu papel consultivo.
Agora, as empresas e profissionais estão recorrendo mais à comunicação para apoiar as decisões da gestão e sentem maior necessidade de conectar as estratégias da organização com a área de comunicação.
Homens ainda ganham mais que mulheres na área de comunicação na América Latina. Embora isso não diga respeito às práticas da comunicação estratégica em si, é relevante que as empresas estejam atentas a mudar esse cenário.
O Latin American Communication Monitor 2022/2023 identificou que apenas dois a cada dez departamentos de comunicação nas empresas são excelentes. Quase 80% deles não atingiram os níveis de excelência estabelecidos pelo estudo.
Por isso, aqueles que conseguem desempenhar suas funções consultivas e executivos da maneira ideal se destacam. Ideal seria: enfatizar iniciativas de diversidade, ter comunicação mais empática, adotar tecnologias precocemente para aprender a lidar com seus desafios mais cedo.
A maioria dos profissionais de comunicação na América Latina percebe um aumento na necessidade de consultoria externa para a comunicação com as partes interessadas (73%) e para estruturar a comunicação nas organizações (70%).
Além de ser uma tarefa complexa e que, muitas vezes, não cabe na rotina produtiva do negócio, terceirizar a estratégia de comunicação ou buscar apoio externo para desenvolvê-la internamente pode influenciar na qualidade da mensagem.
A SOAP é uma consultoria de comunicação com mais de 20 anos de experiência no mercado, ajudando empresas e profissionais a transmitirem suas mensagens da melhor maneira possível em momentos decisivos.
Dentre os diversos treinamentos oferecidos, temos um focado especificamente em planejamento de comunicação.
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