Como a ONG Adote Um Gatinho atrai pessoas contando histórias

Há muitos animais abandonados no Brasil.

Treinamento SOAP
23/11/2017
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Há muitos animais abandonados no Brasil. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número chega a 30 milhões – cerca de 10 milhões são gatos. É justamente para reduzir esse índice que existem as ONGs de resgate e proteção dos bichinhos em situação de abandono. Uma delas é a Adote Um Gatinho (AUG), fundada em 2003 pelas jornalistas Susan Yamamoto e Juliana Bussab. Em dez anos de atuação, mais de 10.500 animais foram tirados das ruas e doados. Hoje, a AUG é considerada a maior ONG brasileira de resgate e doação de gatos.

Fomos conversar com Denise Granja, responsável pelas mídias sociais da ONG, para ela nos explicar se o sucesso da ONG está ligado à forma como eles se comunicam e a resposta foi sim. Ela conta que desde o início da AUG as doações são feitas exclusivamente pelo site. Quando criaram uma conta no Instagram, perceberam o potencial da rede social para atrair ainda mais pessoas. “Basta entrar na hashtag do gatinho e elas conseguem ver todos os posts que fizemos sobre ele. Algumas vezes, do resgate até a adoção”.

O perfil da página possui mais de 89 mil seguidores e as fotos chegam a ter até 6.000 curtidas. Os focinhos fofos ajudam, claro, mas não são o único motivo pelos quais o perfil tem tanto acesso. O grande atrativo é a forma criativa como são contadas as histórias de cada animal, em primeira pessoa, como se eles próprios estivessem falando com o leitor. Foi uma sacada incrível, que cria conexão emocional com as pessoas. Quando elas se emocionam, tendem a ficar ainda mais engajadas em uma causa.

Olhe só:

post no instagram com gatinho preto e branco em uma caixa e legenda ao lada

Denise conta que o storytelling (a técnica de contar histórias) ajuda a aproximar as pessoas dos gatinhos e deixa assuntos trágicos mais leves. “É muito mais agradável o próprio gatinho falando que não tem uma patinha do que nós contando que ela foi amputada. Também podemos usar o texto para mostrar como é a personalidade e a idade deles: os filhotes falam de forma mais infantil, e os fofinhos são mais meigos, por exemplo.”

Quando um personagem toma o lugar do porta-voz, a probabilidade de que a mensagem seja retida é muito maior. Por isso sempre batemos na tecla de que contar uma boa história  é muito mais eficiente para se atingir os resultados do que apenas apresentar dados. Isso se reflete nesse case (e também vale para as apresentações e reuniões profissionais)!

Por mais que as pessoas saibam que não é o animal falando, elas tendem a ficar comovidas com a sua história com mais facilidade, criar uma empatia com o bichinho. Não é difícil que o leitor se imagine (ou imagine os seus pets) no lugar de um animal que sofreu maus tratos, sobreviveu e hoje está saudável e disponível para adoção. Sua história de vida acaba sendo mais emocionante em primeira pessoa.

É provável, também, que a página tenha seguidores que só estão lá para ver as fotos e ler as histórias, que apesar de não terem disponibilidade para adotá-los, acabam divulgando um caso que gostaram entre seu círculo de amigos, o que aumenta ainda mais a chance de encontrar um novo lar.

Esse é apenas mais um case que mostra como boas histórias cativam as pessoas e aumentam as chances de sucesso em qualquer negócio!

Funcionou com uma ONG de adoção de gatinhos e pode funcionar com você também!

fundo preto com os personagens "Wood e Garfinho" de Toy Story ao fundo e o seguinte texto: "Afinal o que é Storytelling"

Tags: apresentações corporativas, apresentações profissionais, contar histórias, narrativa, storytelling

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