No último blog post, falamos sobre os recursos narrativos direto ao ponto e metáfora.
No último blog post, falamos sobre os recursos narrativos direto ao ponto e metáfora. Relembrando: dissemos que, muitas vezes, os profissionais presentes em uma reunião corporativa estão com tantas preocupações na cabeça que não conseguem se concentrar totalmente no “aqui e agora”.
Em vez de prestar atenção ao que o apresentador está dizendo, eles se deixam levar por pensamentos como “o que vou fazer com aquele projeto que não terminei?”, ou “o que vou dizer para aquele cliente?”. Nessa hora, o apresentador pode ter o poder de trazer a audiência de volta.
Por exemplo, escolhendo a maneira mais adequada de estruturar seu discurso para que aquele público seja atraído pelo assunto, compreenda e retenha a mensagem.
Desta vez, mostraremos em quais situações os recursos narrativos suspense e surpresa são alternativas indicadas.
Pense no melhor filme de suspense a que você já assistiu. Aquele que você não conseguiu descolar os olhos da tela até que fosse revelada a informação que fechava o quebra-cabeça da história. Você também pode utilizar este recurso em suas apresentações para manter atenta a sua audiência.
Quando bem conduzido, este modelo narrativo dificulta que o público deixe de prestar atenção no que você está falando. No entanto, essa estratégia só é válida na hora de dar notícias positivas, como “no início do ano, a crise nos afetou drasticamente e dificultou alguns de nossos projetos. Porém, conseguimos passar por cima e superamos a meta em 50%”.
Quando a notícia é negativa, recomendamos que você vá direto ao ponto – para que sua apresentação não soe sádica e cruel para a audiência, deixando para o final a pior parte. Tome cuidado para não estender muito o seu relato: suspenses costumam durar entre 30 segundos e um minuto. Mais que isso, fica over!
Utilizamos o recurso surpresa quando o objetivo é realmente impactar a audiência. Ou seja, você apresenta algo inesperado – como uma foto, um vídeo ou qualquer outra imagem ou informação – para tornar seus argumentos seguintes mais convincentes. Esta é outra boa maneira de cativar os interlocutores.
Se as pessoas percebem que o apresentador é capaz de surpreendê-las, elas tendem a focar no discurso na expectativa de que outras surpresas virão – mesmo que esse movimento da audiência seja inconsciente.
Para ilustrar melhor, temos um exemplo: um de nossos clientes, diretor de uma indústria americana no Brasil, faria uma apresentação para a matriz.
O objetivo era receber recursos para investir em segurança na fábrica nacional. Como o interlocutor era um executivo já conhecido dentro da companhia, sugerimos uma abordagem mais ousada: no primeiro slide, ele colocaria a imagem de uma fábrica brasileira explodindo.
Com esta simulação, o apresentador conseguiu dar força ao seu discurso. O resultado foi a aprovação do americano em investir na segurança da fábrica no Brasil.
Já falamos sobre metáfora, direto ao ponto, suspense e surpresa. No próximo blog post, falaremos sobre os recursos narrativos humor e questionamento.
Não deixe de acompanhar e melhorar suas apresentações profissionais!