Se você leu os nossos últimos blog posts, já deve estar familiarizado com alguns recursos narrativos – metáfora, direto ao ponto, surpresa e suspense.
Se você leu os nossos últimos blog posts, já deve estar familiarizado com alguns recursos narrativos – metáfora, direto ao ponto, surpresa e suspense. Mostramos como cada um deles pode ajudá-lo a atrair a atenção da audiência em diferentes situações nas suas apresentações. A metáfora, por exemplo, é uma boa opção quando o objetivo é facilitar a compreensão de um conteúdo complexo. Já quando você tem uma notícia ruim para dar ou o seu tempo de fala é curto, o melhor é ir direto ao ponto. Por outro lado, as técnicas do suspense ou da surpresa são alternativas para dar notícias boas – uma equipe que bateu suas metas, por exemplo.
Agora, vamos explicar em quais situações é indicado usar o humor e o questionamento em suas apresentações profissionais.
A sensação de bem-estar provocada pelo riso pode ser explorada pelo apresentador. Uma interação leve e bem-humorada com a audiência cria um envolvimento emocional que estimula o interesse pelo assunto.
À primeira vista, pode parecer estranho e inadequado utilizar o humor em uma reunião formal. Porém, a técnica pode ser muito eficiente se usada com parcimônia e de maneira que não incomode os participantes. Humor não significa contar uma piada “suja” ou preconceituosa, que ofenda grupos sociais ou a própria audiência, mas, sim, ser divertido e simpático nos trechos em que isso for conveniente.
Um exemplo é a palestra Why you will fail to have a great career*, de Larry Smith, professor de Economia na Universidade de Waterloo, no Canadá. De forma ousada e bem-humorada, o palestrante conta as principais desculpas usadas pelas pessoas que têm medo de seguir os seus sonhos na vida profissional.
É importante, no entanto, que os momentos mais descontraídos aconteçam de forma espontânea. Se você não é uma pessoa naturalmente engraçada e não quer correr o risco de falar tolices, pode se aproveitar de materiais cômicos – como vídeos, fotos ou frases relacionadas à mensagem que você quer transmitir. Na palestra Anatomy of a New Yorker cartoon*, de Bob Mankoff, cartunista americano do jornal The New Yorker, esta estratégia é bem presente. Em uma apresentação perspicaz, o apresentador traz alguns rascunhos de suas ideias para cartoons – além de mostrar vídeos e fotos engraçadas. O resultado é uma plateia entretida.
A abordagem por meio do questionamento tende a deixar a apresentação mais dinâmica e a estimular as pessoas a refletirem sobre as questões propostas. A tendência, portanto, é que prestem atenção ao que está sendo dito. Muitas vezes, até aquele momento, o problema apresentado não era totalmente visível para a audiência – ou até mesmo nunca havia passado por suas cabeças. Quando o apresentador o expõe, cria uma familiaridade dos demais com o tema. Em seguida, traz uma ideia ou solução para o conflito. Nesse momento, já inteirado do assunto, é mais provável que o público se interesse em conhecer as soluções apresentadas.
A palestra Why you should define your fears intead of your goals* é um exemplo. Nela, o escritor, empresário e palestrante americano Tim Ferris mostra como identificar nossos medos facilita alcançar nossos objetivos. Após desenvolver seu raciocínio, ao final, ele traz uma questão para a audiência: “Em qual aspecto da sua vida, atualmente, definir os seus medos é mais importante do que definir os seus objetivos?”. Questões impactantes como estas podem trazer resultados positivos para as suas reuniões corporativas.
Na hora de elaborar o roteiro de suas próximas apresentações, não deixe de refletir sobre qual dos recursos apresentados é o melhor para a situação. Assim, você terá uma audiência muito mais atenta e interessada!
*Para quem ficou curioso, todas estas palestras estão disponíveis no site do TED.