Como fazer um bom storytelling para redes sociais?

O storytelling deixou de ser apenas uma técnica de marketing e passou a ser uma ferramenta estratégica de conexão e influência

Treinamento SOAP
14/08/2025
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Em um mundo digital onde conteúdos surgem e desaparecem na velocidade de um clique, o maior desafio para marcas e profissionais não é apenas aparecer, é capturar e manter a atenção.  

Entre um scroll e outro, como criar algo que provoque conexão, desperte curiosidade e permaneça na mente do público? A resposta está no storytelling para redes sociais ou, em outras palavras, no contar boas histórias. 

Conversamos com Gabriel Mattos, sócio da agência Two Comunicação e produtor de conteúdo da SOAP, para entender como o storytelling deixou de ser apenas uma técnica de marketing e passou a ser uma ferramenta estratégica de conexão e influência.  

Neste artigo, reunimos os principais insights e algumas provocações extras para você criar conteúdo com mais intenção, impacto e autenticidade. 

Por que o storytelling funciona tão bem nas redes sociais? 

Nas redes sociais, o que emociona engaja. A maioria dos conteúdos é esquecida em minutos. Mas uma boa história permanece, pois ela cria vínculo, desperta empatia e ativa gatilhos emocionais que tornam a mensagem mais humana, memorável e compartilhável. 

O storytelling para redes sociais permite uma virada importante na forma de se comunicar: em vez de falar sobre si, você fala com o outro. É nessa mudança de foco que mora a verdadeira conexão. 

Elementos de um bom storytelling para redes sociais 

Para Gabriel Mattos, existe uma estrutura prática para adaptar a narrativa ao ritmo acelerado das redes. Veja os principais elementos a seguir: 

#1 Comece com o que reverbera 

Nas redes, você tem poucos segundos para prender a atenção. Por isso, em vez de começar com o contexto, comece com uma frase ou cena que cause identificação ou desperte curiosidade. Algo que faz o leitor pensar: “isso já aconteceu comigo” ou “quero saber onde isso vai dar”. 

Esse início é o “gancho emocional”. Ele é crucial para que a história tenha fôlego até o fim. 

#2 Contextualize rápido (e com intenção) 

Depois de capturar a atenção, vá direto ao ponto: quem está falando, onde isso acontece e por que essa história importa. O contexto deve trazer clareza, sem se perder em detalhes irrelevantes. 

#3 Mostre a sua jornada 

Toda boa história tem um ponto de virada. Mostre a evolução da situação, com obstáculos reais, dilemas, aprendizados. Use a vulnerabilidade com sabedoria.  
 
Mostrar bastidores, dúvidas ou falhas gera mais confiança do que fingir perfeição. 

#4 Entregue a transformação 

A jornada precisa levar a algum lugar: o insight, o alívio, a conquista, o “estalo”. Essa transformação é o coração da sua história. Pode ser algo simples, como uma nova forma de olhar para um problema, ou algo mais impactante, como uma grande virada de vida. 

#5 Finalize com um CTA natural 

Evite interromper a história com um chamado forçado. O CTA (call to action, em português, chamada para ação) deve soar como consequência, não como interrupção.  

Pode ser um convite para refletir, comentar, compartilhar ou conhecer algo mais profundo, como um curso, produto ou outro conteúdo. 

Emoção: o motor do storytelling para redes sociais 

Um bom storytelling não é construído apenas com fatos, cronologia ou frases de efeito. O que realmente dá vida a uma história é a emoção que ela carrega

Escolha uma emoção principal 

Gabriel Mattos reforça a importância de definir uma emoção central para cada conteúdo. Isso ajuda a manter a consistência e dá clareza ao tom da narrativa. Veja algumas possibilidades: 

  • Empatia: histórias que mostram dilemas, vulnerabilidades ou aprendizados; 
  • Surpresa: revelações inesperadas, viradas de roteiro, conclusões não óbvias; 
  • Alívio: mostrar que há solução para um problema comum; 
  • Inspiração: jornadas de superação, conquistas, mudanças reais; 
  • Humor: situações cotidianas narradas com leveza e autenticidade. 

Emoção também se comunica no visual 

No storytelling para redes sociais, forma e conteúdo andam juntos. Quando você define o que quer que o público sinta, todo o restante acompanha: a linguagem, ritmo do vídeo, música de fundo, cores e cortes. 
 
Por isso, o mais importante é que a emoção escolhida seja genuína.  

Mulher com um tablet na mão vendo as ferramentas de IA mais usadas pelo Marketing
O que dá vida a um storytelling para redes sociais é a emoção que ele carrega

Exemplo prático: storytelling aplicado a um post 

Vamos imaginar que você precisa promover um curso de apresentações. Aqui está como usar storytelling em vez de uma comunicação direta tradicional. 

Comunicação direta (sem storytelling) 

“Aprenda a fazer apresentações mais eficazes com nosso treinamento. Inscreva-se agora.” 

Informativo, mas impessoal. Não cria nenhum vínculo emocional. 

Comunicação com storytelling para redes sociais 

“Na minha primeira apresentação, minha voz tremia tanto que mal consegui terminar. Não era falta de preparo. Era medo de não me fazer entender. 

Só depois percebi: apresentar não é decorar slides. É transformar a maneira como sua mensagem chega ao outro. Se você também sente que pode se comunicar melhor, esse curso pode ser o seu ponto de virada.” 

Neste exemplo, há uma jornada, e a jornada embala a oferta. 

O que essa versão faz de diferente? 

Elemento Como aparece no texto 
Gancho emocional “Minha voz tremia tanto…” 
Vulnerabilidade Compartilha o nervosismo e a falha 
Transformação Reconhece o aprendizado: “entendi o que é apresentar” 
Conexão com o leitor “Se você também sente que…” 
CTA natural Surge como consequência da história, não imposição 

Desenvolva o poder do storytelling com a SOAP 

Nas redes sociais, a informação sozinha não prende a atenção de ninguém. Por isso, aplicar storytelling para redes sociais é virar a chave: sair do conteúdo genérico e entrar na comunicação que toca, engaja e transforma. 

Com o treinamento corporativo SOAP Storytelling, você e seu time podem aprender o poder de contar boas histórias e construir narrativas que se conectam de verdade com o seu público.  

Durante o treinamento, são apresentados temas como: 

  • Histórico do storytelling no mundo e sua importância para a vida social; 
  • Aplicabilidade e UX no universo das histórias; 
  • Panorama: do objetivo à moral da história; 
  • Conquistando a audiência pelas emoções, com base na neurociência; 
  • Métodos diferentes = Objetivos e audiências diferentes: Atos, Jornada do Herói, Jornada da Heroína e Kishotenketsu; 
  • Semiótica das histórias: aprofundamento nas diferenças e no impacto que cada canal de comunicação tem sobre a mensagem; 
  • Estruturação de narrativa em diversos contextos de trabalho. 

Ficou interessado? Fale com um de nossos especialistas.  



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