O storytelling deixou de ser apenas uma técnica de marketing e passou a ser uma ferramenta estratégica de conexão e influência
Em um mundo digital onde conteúdos surgem e desaparecem na velocidade de um clique, o maior desafio para marcas e profissionais não é apenas aparecer, é capturar e manter a atenção.
Entre um scroll e outro, como criar algo que provoque conexão, desperte curiosidade e permaneça na mente do público? A resposta está no storytelling para redes sociais ou, em outras palavras, no contar boas histórias.
Conversamos com Gabriel Mattos, sócio da agência Two Comunicação e produtor de conteúdo da SOAP, para entender como o storytelling deixou de ser apenas uma técnica de marketing e passou a ser uma ferramenta estratégica de conexão e influência.
Neste artigo, reunimos os principais insights e algumas provocações extras para você criar conteúdo com mais intenção, impacto e autenticidade.
Nas redes sociais, o que emociona engaja. A maioria dos conteúdos é esquecida em minutos. Mas uma boa história permanece, pois ela cria vínculo, desperta empatia e ativa gatilhos emocionais que tornam a mensagem mais humana, memorável e compartilhável.
O storytelling para redes sociais permite uma virada importante na forma de se comunicar: em vez de falar sobre si, você fala com o outro. É nessa mudança de foco que mora a verdadeira conexão.
Para Gabriel Mattos, existe uma estrutura prática para adaptar a narrativa ao ritmo acelerado das redes. Veja os principais elementos a seguir:
Nas redes, você tem poucos segundos para prender a atenção. Por isso, em vez de começar com o contexto, comece com uma frase ou cena que cause identificação ou desperte curiosidade. Algo que faz o leitor pensar: “isso já aconteceu comigo” ou “quero saber onde isso vai dar”.
Esse início é o “gancho emocional”. Ele é crucial para que a história tenha fôlego até o fim.
Depois de capturar a atenção, vá direto ao ponto: quem está falando, onde isso acontece e por que essa história importa. O contexto deve trazer clareza, sem se perder em detalhes irrelevantes.
Toda boa história tem um ponto de virada. Mostre a evolução da situação, com obstáculos reais, dilemas, aprendizados. Use a vulnerabilidade com sabedoria.
Mostrar bastidores, dúvidas ou falhas gera mais confiança do que fingir perfeição.
A jornada precisa levar a algum lugar: o insight, o alívio, a conquista, o “estalo”. Essa transformação é o coração da sua história. Pode ser algo simples, como uma nova forma de olhar para um problema, ou algo mais impactante, como uma grande virada de vida.
Evite interromper a história com um chamado forçado. O CTA (call to action, em português, chamada para ação) deve soar como consequência, não como interrupção.
Pode ser um convite para refletir, comentar, compartilhar ou conhecer algo mais profundo, como um curso, produto ou outro conteúdo.
Um bom storytelling não é construído apenas com fatos, cronologia ou frases de efeito. O que realmente dá vida a uma história é a emoção que ela carrega.
Gabriel Mattos reforça a importância de definir uma emoção central para cada conteúdo. Isso ajuda a manter a consistência e dá clareza ao tom da narrativa. Veja algumas possibilidades:
No storytelling para redes sociais, forma e conteúdo andam juntos. Quando você define o que quer que o público sinta, todo o restante acompanha: a linguagem, ritmo do vídeo, música de fundo, cores e cortes.
Por isso, o mais importante é que a emoção escolhida seja genuína.
Vamos imaginar que você precisa promover um curso de apresentações. Aqui está como usar storytelling em vez de uma comunicação direta tradicional.
“Aprenda a fazer apresentações mais eficazes com nosso treinamento. Inscreva-se agora.”
Informativo, mas impessoal. Não cria nenhum vínculo emocional.
“Na minha primeira apresentação, minha voz tremia tanto que mal consegui terminar. Não era falta de preparo. Era medo de não me fazer entender.
Só depois percebi: apresentar não é decorar slides. É transformar a maneira como sua mensagem chega ao outro. Se você também sente que pode se comunicar melhor, esse curso pode ser o seu ponto de virada.”
Neste exemplo, há uma jornada, e a jornada embala a oferta.
Elemento | Como aparece no texto |
Gancho emocional | “Minha voz tremia tanto…” |
Vulnerabilidade | Compartilha o nervosismo e a falha |
Transformação | Reconhece o aprendizado: “entendi o que é apresentar” |
Conexão com o leitor | “Se você também sente que…” |
CTA natural | Surge como consequência da história, não imposição |
Nas redes sociais, a informação sozinha não prende a atenção de ninguém. Por isso, aplicar storytelling para redes sociais é virar a chave: sair do conteúdo genérico e entrar na comunicação que toca, engaja e transforma.
Com o treinamento corporativo SOAP Storytelling, você e seu time podem aprender o poder de contar boas histórias e construir narrativas que se conectam de verdade com o seu público.
Durante o treinamento, são apresentados temas como:
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